Apesar da derrota, Crestuma consegue a manutenção

Mário Henrique não fecha a porta a mais uma época no Crestuma

O Crestuma precisava de apenas um ponto, na deslocação ao terreno do Leões Citânia, para não depender de ninguém, nas contas da permanência. No entanto, a equipa gaiense foi derrotada pelos pacenses por três bolas a zero, o que deixou os comandados de Mário Henrique dependentes do resultado do Paradela, que nestas condições não podia ganhar, visto que em igualdade pontual teriam vantagem. Mas assim que soou o apito final e se soube que os trofenses tinham empatado a uma bola com o Ermesinde e em casa, estalou a festa, uma vez que com esse resultado o Crestuma mantinha-se na 1ª Distrital pelo segundo ano consecutivo.

O 'A Bola é Redonda' falou com Mário Henrique, técnico dos gaienses, que em duas épocas conseguiu manter a equipa nesta divisão, mesmo à tangente. Tão à tangente, que na época anterior a manutenção foi obtida na secretaria, num imbróglio da AF Porto, devido a três pontos retirados à equipa referente a uma vitória sobre o Gens no final da primeira volta, mas devolvidos já depois do campeonato terminar e após um recurso interposto pelo Crestuma. O técnico mostrou-se satisfeito pelo dever cumprido, numa das épocas mais complicadas, segundo palavras do próprio: "Esta época foi atribulada. O plantel foi feito com o campeonato já a decorrer e não foi fácil. Esta manutenção foi como um título. Foi com certeza, o ano mais difícil que tive como treinador, mas que no fim me deu um gozo tremendo, por ter atingido os objectivos mediante as condições que tinha", atirou o técnico.

Fazendo um balanço da época, Mário Henrique elogia alguns jogadores e critica outros: "No geral, foi uma época com muitas dificuldades. Acabei com 16/17 jogadores, mas também com 16 ou 17 homens com 'H' grande", disse, afirmando também ainda desconhecer o seu futuro, mas não rejeita a possibilidade de ficar mais uma temporada: "Esta época foi muito difícil e desgastante, por isso ainda não sei. Se não ficar, terei muita pena porque o presidente deu-nos sempre muito apoio", deixando algumas condições para continuar: "Se continuar, tudo terá que ser diferente, ou seja, teremos que começar a estruturar a equipa mais cedo", finalizou o treinador.