Local: Estádio Manuel Marques Gomes (Canidelo)
Hora: 16h
Árbitro: António Nogueira auxiliado por José Luzia e Nelson Sousa
Canidelo: João Gomes, Fábio, Carlos, Nuno Miguel e Valente (Pedro Fanisca 73'), Adriano (Camarinha 58'), Rui Pedro e Ricardinho (Raposo 80'), Oliveira, Hugo e Miguel Neves.
Suplentes não utilizados: Filipe, Miguel, Leonardo e Zé Tó.
Treinador: Berto Machado
Dragões Sandinenses: Xavier, Preto, Rui Sousa, Barreiros e Kilberg, Miguel, Pedro Abel, Tozé (Agostinho 85') e Wilson, Pedrito (Joel 90+4') e Bruno Rocha (Quinzinho 61').
Suplentes não utilizados: Paredes, Luís, Machadinho e André.
Treinador: Ricardo Jorge
Resultado ao intervalo: 1-1
Resultado final: 1-3
Marcadores: Miguel Neves (14') para o Canidelo e Rui Sousa (28'), Pedrito (72') e Quinzinho (90+3') para o Dragões Sandinenses
Disciplina: Cartão amarelo a Rui Pedro (8'), João Gomes (54'), Nuno Miguel (70'), Carlos (72' e 89') e Oliveira (76') do Canidelo e Wilson (20'), Tozé (22'), Pedro Abel (40' e 55'), Barreiros (42'), Preto (65') e Xavier (87') do Dragões Sandinenses. Cartão vermelho a Pedro Abel (55') do Dragões Sandinenses e Carlos (89') e Camarinha (90') do Canidelo.
Crónica
Canidelo não conseguiu aproveitar a superioridade numérica |
Jogo eficaz da equipa de Sandim que só precisa de um empate para se sagrar campeã |
Foi um jogo de nervos aquele que se disputou na tarde deste domingo entre o Canidelo e os Dragões Sandinenses, a contar para o apuramento de Campeão da 1ª Distrital. Apesar de disso, foi uma boa partida de futebol e que não defraudou os espectadores que se deslocaram ao estádio para verem as suas equipas.
O Canidelo, a jogar em casa, chamou a si as despesas do jogo nos minutos iniciais, criando mais perigo junto da área de Xavier, sem no entanto ter uma clara situação de golo. Do lado o contrário, a equipa de Ricardo Jorge tentava surpreender a defesa da casa, apostando nos extremos e na velocidade de Pedrito, algo que foi sendo controlado pela experiente defesa do Canidelo. Sem muito fazer por isso, o Canidelo chegou ao golo aos 14' depois de uma jogada em que Fábio é desmarcado na direita e o centro foi direitinho para a cabeça de Miguel Neves, que não falhou e fez o primeiro. A equipa forasteira começou então a imprimir o seu futebol, mais trabalhado e mais apoiado, e foi chegando mais vezes perto da baliza de João Gomes. Ainda assim, pertenceu ao Canidelo nova oportunidade para marcar, aos 25 minutos, com Carlos a aproveitar um desentendimento entre Xavier e Miguel, mas o remate de cabeça do central acabou por bater na trave e sair. Pouco depois, o Dragões Sandinenses vai chegar ao golo. Estavam decorridos 28 minutos e na marcação de um canto, do lado esquerdo do ataque, Tozé atirou ao primeiro poste, com a bola a embater no ferro e Rui Sousa à boca da baliza a fazer a igualdade. No entanto o golo é muito contestado pelos adeptos locais e também pelo banco do Canidelo, que pedia falta de Miguel sobre o João Gomes, contudo, não parece ter havido lugar a qualquer falta.
A partir deste momento, os forasteiros cresceram no jogo, assim como as picardias entre os jogadores e os constantes pedidos de falta para cada lado, com o árbitro a perder-se um pouco no controlo do jogo e com alguma desigualdade de critérios para os dois lados, foi amarelando a equipa visitante. Até ao intervalo, nova oportunidade para os sandinenses, com Tozé e Pedrito a combinarem bom na esquerda, o 20 dos Sandinenses a conseguir ganhar a linha, mas o centro atrasado não encontrou ninguém e a bola acabou por passar à frente da baliza de João Gomes.
A segunda parte começou com a expulsão de Pedro Abel por acumulação de amarelos, aos 55', e pensou-se que o Canidelo poderia aproveitar o facto de passar a jogar com mais um jogador para avançar no terreno e tentar a vitória, mas não foi isso que se verificou. Apesar de mais compacta, a equipa visitante foi sempre mantendo os avançados da casa longe da baliza de Xavier e partindo em contra-ataques rápidos foi chegando mais vezes à baliza de João Gomes. Aos 73' surge o segundo golo dos Dragões Sandinenses, com Pedrito a surgir isolado frente ao guardião do Canidelo, conseguiu passar por ele e atirou para a baliza deserta, com Carlos ainda a tentar evitar o golo mas o árbitro auxiliar, José Luzia, confirmou o tento para desespero de Carlos e de alguns jogadores da casa, que questionaram a entrada da bola na baliza. Do local onde me encontrava era impossível avaliar correctamente o lance. Este golo partiu por completo a equipa do Canidelo, que viu ainda Carlos (89') e Camarinha (90') serem expulsos, o primeiro por acumulação de amarelos e o segundo com vermelho directo após uma falta duríssima sobre Pedrito. Na sequência dessa falta de Camarinha, os Dragões Sandinenses chegariam ao terceiro golo, com a bola a ser endossada a Quinzinho, que isolado não teve dificuldades para bater João Gomes.
Este resultado acaba por se ajustar, uma vez que os Dragões Sandinenses acabaram por aproveitar as ocasiões que criaram. Quanto ao trabalho do árbitro, não agradou a gregos nem a troianos. Fez um trabalho que se pode considerar insuficiente, deixando jogar duro de mais em alguns lances e com um critério na amostragem de cartões, claramente desigual. Terá o benefício da dúvida no lance do segundo golo dos sandinenses.
Declarações
Berto Machado: "Nós entramos bem. Acho que o lance decisivo é o golo do empate, pois ficamos atordoados e perdemos a concentração, sendo o lance precedido de falta. A partir daí perdemos a concentração, não fomos equipa, perdemos muito tempo com picardias, pois sabíamos que eles jogam assim. Agora é levantar a cabeça e faltam dois jogos, pois vamos ganhar em Sandim. Acho que fomos campeões cedo de mais. A equipa relaxou. O Sandinenses esteve a lutar até ao fim pelo primeiro lugar e isso acabou por dar vantagem. Concentração não foi a mesma e isso reflectiu-se".
Ricardo Jorge: "Para quem trabalha com jogadores como estes, é uma alegria enorme e satisfação muito grande vir aqui fazer um jogo como fizemos. Jogamos a segunda parte com 10 homens e fizemos um jogo fantástico, tenho que dar os meus parabéns aos meus jogadores. Espero trabalhar bem durante a semana, porque o Canidelo tem uma boa equipa e vamos ter que estar concentrados para vencer".
O 'Melhor em Campo'
Barreiros esteve intransponível e por isso foi o 'Melhor em Campo' para o A Bola é Redonda |
"Acho que entramos bem no jogo. O golo do Canidelo foi um pouco contra a corrente. Tacticamente estávamos bem, sabíamos o valor da equipa que íamos defrontar e tacticamente tínhamos que estar juntos, compactos e acreditávamos que poderíamos ganhar o jogo com paciência e calma. Depois do Pedro Abel ter sido expulso, baixamos as linhas, mas continuamos compactos e eles não criaram situações de golo, a não ser em bolas bombeadas para área pois eles têm bons jogadores no futebol aéreo, mas nos também temos. Vai ser um jogo difícil, pois eles estão com o orgulho ferido, mas será outro jogo e acredito que vamos jogar com a mesma humildade e determinação".
3 comentários:
É no que dá despedirem um treinador campeão antes da final. Muito bem feito para esta direcção incompetente. Pena os sócios e jogadores que não têm culpa e são os mais prejudicados. Vergonha...
como assim????
Pelo que sei, o treinador, um diretor e preeparador físico foram despedidos semana passada, antes da final. Não vi o treinador no banco, por isso deve ser verdade. e se aconteseu, é estranho
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