Nestes últimos anos temos tido por parte de alguns jogadores oriundos nomeadamente do Brasil, a verdadeira faceta, daquilo que um profissional não deve ser....
O ano passado, Liedson, esteve ausente durante as ferias natalicias, mais tempo do que aquele que foi autorizado. No retomar do Campeonato, o Sporting recebia o Benfica, e muito se especulou acerca desta ausencia, inclusivé, que o jogador estava já comprometido com o Benfica.
Ao regressar atrasado, esperava-se que José Peseiro, tomasse uma medida, que passaria pelo afastamento do jogador deste jogo importante. Só que Liedson era importante de mais, e então além de chegar atrasado, quase em cima do jogo, teve apenas direito a respectiva multa, e teve entrada directa no onze leonino que subiu ao relvado, com a agravante, ou não, de ter sido ele a resolver o jogo, com dois golos. Peseiro, viu-se perante uma ambiguidade muito grande, e que tera sido o principio do fim, do treinador no clube. Que faria ele? encostava Liedson, e sujeitava-se a perder o jogo? Ou seria melhor ter uma conversa com ele, fazê-lo ver que esteve mal, e dar-lhe o seu lugar no onze? Ou seria melhor convoca-lo e deixa-lo no banco?
Nesta situação, Peseiro, optou por aquela opção que era a mais facil: Dar-lhe o lugar no onze, ganhar o jogo, mas perder o balneario, a favor dos jogadores brasileiros.
É certo que o Sporting ganhou o jogo, ainda por cima, como já disse, com dois golos do Levezinho, mas acabou por ceder a uma pressão que nenhum treinador deve nunca ceder: A dependencia de um ou mais jogadores.
Esta época, nova rabula com dois brasileiros. Polga e Deivid, viajam para o Brasil, e voltam atrasados. Paulo Bento que já mostrara ser inflexivel em situações em que a sua liderança esta em causa, dá mostras mais uma vez de ter pulso forte no balneario leonino, e afasta os jogadores do jogo.
Paulo Bento, foi uma solução que o Sporting encontrou dentro do proprio clube. Seria sempre bastante mais barato, que qualquer outra contratação para o lugar. Como jogador, foi exemplar e pelos clubes que passou deixou saudades. Era treinador dos juniores na altura, daí conhecer alguns dos jovens que hoje figuram no plantel leonino.
Paulo Bento é um disciplinador. É um requisito necessário de quem treina as camadas jovens, devido a irreverencia de muitos, ter que ser moldada e controlada. Qualquer que seja o futuro do Nani, Paulo Bento será sempre o treinador que o promoveu e o lançou no onze, e hoje, ve-se que foi uma aposta de sucesso. Assim como será concerteza Tomané e David Caiado.
Estes jogadores surgem na sequencia do afastamento dos dois outros acima referidos. Com esta opção Paulo Bento viu-se obrigado a usar uma dupla de centrais inedita e sem entrosamento: Tonel-Caneira. E ficou debilitado no ataque, pois com Sá Pinto castigado, só dispunha de Liedson e Douala, e o Tomané jovem de 18 anos, mas ainda sem rotinagem no futebol profissional.
Paulo Bento demonstrou que não será por perder o balneario que será eventualmente afastado, pois como já demonstrou não se deixa levar pela importancia ou peso de alguns jogadores no plantel.
A atitude de Polga e Deivid, comprometeu com toda a certeza a época do Sporting, em relação à corrida ao titulo, pois com esta derrota o Sporting fica a dez pontos do primeiro lugar ocupado pelo FC Porto.
O problema está na opinião dos sócios em relação a estas opções. É que todos devem ter presente a opção de Peseiro na época passada, umaopção que pôs o treinador e alguns valores em causa, mas uma aposta ganha, e poucos perdoaram ao treinador o facto de este ter abdicado de dois jogadores de indubitavel valor, em prol de uma politica de disciplina, que quanto a mim é a mais correcta. Só que os jogadores, assim como o publico em geral, sabem que o que conta no futebol são os resultados, e nesse campo, Paulo Bento perdeu claramente para os faltosos. Até podia ser que com Polga e Deivid, o Sporting perde-se na mesma, mas isso é uma hipotese que nunca vamos conseguir provar. E para a história ficará o facto de Paulo Bento olhar para o banco quando se vê a perder por 2-0, e o jogador mais experiente que lá tinha era Carlos Martins, com.... 24 anos.
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