10 de fevereiro de 2010

Ex-treinador e ex-dirigente do Coimbrões, acusados de tentar comprar o árbitro do jogo de Serzedelo.


O caso remonta a última jornada da primeira fase do Campeonato da 3ª Divisão Nacional, onde o Coimbrões tinha uma difícil deslocação ao terreno do Serzedelo. Para a equipa gaiense, este jogo era vital e era necessário não perder e esperar que no jogo entre o Leça e o Vila Meã houvesse empate, para a formação gaiense garantir o sexto lugar e a manutenção no escalão. O jogo terminou empatado a uma bola, assim como em Leça, e o Coimbrões garantiu o sexto lugar.
Pouco depois estourou a bomba. O árbitro do jogo, João Paulo Cabral, da AF Braga, acusa responsáveis do Coimbrões de o terem tentado subornar e no dia anterior ao jogo, é montada uma cilada, em conjunto com a Polícia Judiciaria e com o irmão do árbitro, para apanhar os infractores em flagrante delito. É apanhado um intermediario de dirigentes do clube a entregar a mala ao irmão do árbitro. A FPF suspendeu o início da segunda fase da prova enquanto duravam as investigações, sendo o processo encerrado por não se ter identificado ninguém.
Agora, noticiou o JN esta semana, o DIAP do Ministério Público do Porto identificou, para além do dito intermediario, mais duas pessoas que estavam envolvidas no esquema: o ex-dirigente José Rocha Ribeiro e o ex-treinador António Remelgado, agora a treinar a AD Oliveirense, que segundo a mesma acusação, são os "presumíveis autores de um crime de corrupção desportiva activa", sendo que o clube, enquanto clube que seria beneficiado, também foi acusado. Diz o JN, que neste processo "está já a ser aplicada a nova lei que pune corrupção no desporto, em vigor desde 2007, na sequência do Apito Dourado".
Assim, os intervenientes neste caso incorrem "em pena de prisão, agravada até ao máximo de cinco anos, no caso de dirigentes desportivos, árbitros ou empresários, sendo que estão também previstas penas acessórias como a suspensão da participação em competição desportiva e a perda do direito a subsidios até um máximo de cinco anos", refere também o JN na peça.
A direcção do Coimbrões emitiu hoje um comunicado no site do clube, onde refere que não irá "prestar quaisquer declarações públicas sobre o assunto em causa enquanto o processo judicial estiver em curso".

Pode ler o comunicado na integra aqui

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