O Progresso empatou a uma bola na partida do passado domingo, frente ao Ramaldense, perdendo assim a oportunidade de conseguir chegar ao primeiro lugar da Série 2, que era um dos objectivos dos portuenses para esta temporada. Este foi de resto o segundo empate consecutivo dos progressistas, pois já haviam empatado no passado domingo, em casa do Torrão, também a uma bola.
Milton Ribeiro, técnico do Progresso, é que não gostou nada do trabalho de Pedro Paula, árbitro que esteve neste jogo, principalmente por ter dado seis minutos de tempo de compensação, mas por ter deixado jogar o dobro, altura em que o Ramaldense apontou o tento da igualdade: "Pouco há a dizer sobre um jogo sem grande história, um jogo que foi controlado de inicio a fim por uma equipa de arbitragem de baixo nível e que não eleva o futebol distrital da A. F. Porto", começou por referir o treinador, analisando de seguida a partida: "É muito complicado falarmos de arbitragens quando temos um resultado negativo, quem lê pensará que me estou a desculpar, contudo basta ler analises anteriores feitas por mim. Porém ontem foi demais. Já fomos prejudicados em outros jogos, algumas vezes propositadamente, outras por manifesta falta de qualidade e conhecimento das equipas de arbitragens, assim como já tivemos excelentes árbitros, mas aquilo que aconteceu ontem foi mau de mais para ser verdade e se eu não tivesse visto, dificilmente acreditaria", disse.
Milton Ribeiro mostra-se desagradado com as arbitragens dos jogos do Progresso |
Milton Ribeiro, explicando de seguida a sua visão dos acontecimentos: "Foi uma arbitragem muito ao nível daquilo que aconteceu quando jogamos com o Gens em nossa casa, mas desta vez foram marcadas faltas sem que houvesse contacto físico, o arbitro empurrou-nos completamente para cima da nossa área, não nos deixando jogar, marcando sempre faltas quando estávamos no ataque e qualquer disputa de bola era sempre contra nós que o braço se levantava. Marcamos um golo na primeira parte que foi anulado porque o árbitro achou que o embate do guarda-redes do Ramaldense contra o seu jogador era falta contra nós e invalidou o golo", contou, continuando: "Marcamos o golo no inicio da segunda parte e depois assisti a algo que nunca tinha visto no futebol. Muita coisa esquisita, um arbitro a fazer e a comandar o jogo como queria e o cumulo veio com o tempo de descontos que deu. Vejamos, o jogo na segunda parte esteve parado para assistências a jogadores e substituições, mais o nosso golo cerca de 4 minutos, o arbitro achou por bem dar 6 minutos de desconto, logo o jogo teria de acabar aos 96 minutos, mas o certo é que o arbitro deixou o jogo andar até aos 102 minutos! Altura em que a equipa do Ramaldense marcou o golo em mais um livre inventado pelo arbitro, depois de marcarem o golo, o arbitro deixou a bola ir ao centro e terminou. Uma vergonha", desabafou.
Milton Ribeiro apresenta alguns dados que suportam a sua ideia de que o Progresso foi prejudicado: "Para ter uma ideia, a equipa do Ramaldense tem menos 35 pontos do que nós, tem menos 43 golos marcados, tem mais 10 golos sofridos do que nós, mas conseguiu ter um domínio neste jogo avassalador, bastando olhar para os lances de bola parada que conquistou, sendo que foram 17 livres laterais e 14 frontais, tiveram 8 cantos, contra dois livres laterais nossos e quatro cantos. Alguém no seu perfeito juízo e sendo isento na analise acredita que em condições normais isto aconteceria? É a questão que deixo aos leitores deste blog", concluiu o treinador.
Esta não foi a primeira vez que Milton Ribeiro criticou o trabalho de uma equipa arbitragem, já em partidas anteriores, nomeadamente nos jogos com o Gens, o técnico mostrou o seu desagrado com o trabalho dos juizes de campo.
O Próximo jogo da equipa é no domingo, em Valadares, onde o Progresso terá forçosamente que vencer, por forma a não ver o Gens ultrapassa-los na classificação.
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