(em parceria com jogodirecto)
Rogério Gonçalves reservou para a sua estreia um Braga surpreendente! Aparentemente, o 11 inicial não reservava grandes inovações ao nível do esquema: 4 defesas (Luis Filipe, Carlos Fernandes, Irineu e Paulo Jorge), 3 médios (Madrid - Pivot defensivo, Ricardo Chaves – médio de transição, João Pinto – a jogar no espaço entrelinhas), 2 extremos (Maciel e Cecinha) e um ponta de lança (Zé Carlos). Pura Ilusão. Rogério Gonçalves destinou a Cecinha a função essencial de bloquear a habitual profundidade que Nelson concede ao seu flanco. Assim, sem ter de fechar na lateral, Carlos Fernandes ficou livre para se juntar aos centrais criando superioridade na zona onde apareciam Miccoli e Nuno Gomes. No corredor central a disposição era geométrica, com um quadrado desenhado por Madrid, Ricardo Chaves (vértices defensivos), João Pinto e Zé Carlos (vértices ofensivos). Finalmente, no flanco direito Maciel tinha, à imagem de Cecinha, uma função rigorosa no acompanhamento a Miguelito. Simplesmente, as características do extremo ex-Leiria e de Luis Filipe davam aquele flanco uma profundidade superior à do flanco oposto.
Com o esqueleto encaixado no esquema encarnado, restava definir a estratégia de jogo, nomeadamente a forma como o Braga poderia superar a habitual agressividade do ‘pressing’ encarnado. É dos livros, no momento da recuperação da bola a preocupação deve ser tirá-la da zona mais povoada e uma das melhores formas de o fazer é circular lateralmente e não imediatamente em progressão. Como referi, é dos livros. A verdade porém é que poucas são as equipas do futebol português que se mostram esclarecidas neste aspecto. O Braga conseguiu fazer estes movimentos com uma grande frequência no primeiro tempo e é em grande parte nessa execução que se justifica a vantagem conseguida nesse período.
Do lado do Benfica não houve inovações, Fernando Santos montou o esquema que, recentemente, melhores resultados tem dado. Há nesta estrutura e na minha opinião um equívoco fundamental... a utilização de Simão a 10. Não se pode pedir a um jogador cujas características apontam para a criação de desequilíbrios através da execução em velocidade para actuar no espaço entrelinhas (que é ,como o nome indicia, um espaço curto). Simão pode partir dessa posição mas deverá sempre ter contacto com a bola no espaço junto às laterais – onde, de resto, foi a peça fundamental do Benfica nas últimas 5 épocas. O sucesso ofensivo do Benfica passa, aliás, pelo fornecimento de jogo útil – ou seja, no espaço – ao seu trio da frente.
Foi evidente para todos – em Braga o Benfica não conseguiu ligar o seu jogo, trazendo à memória o já longínquo jogo do Bessa. O tridente ofensivo apresentou pouca mobilidade (cabia, na minha opinião, a Miccoli e Nuno Gomes criar mais linhas de passe) e a equipa ficou, com a acção de Cecinha, sem flanco direito durante quase 75 minutos (Nelson fez o primeiro cruzamento quase à hora de jogo). A Fernando Santos pedia-se igualmente uma melhor leitura do jogo – com um adversário a jogar tão encaixado cabia ao treinador reagir colocando alguém a descair mais claramente sobre a direita.
Lance Capital – o contra-ataque como ele deve ser...
Com o esqueleto encaixado no esquema encarnado, restava definir a estratégia de jogo, nomeadamente a forma como o Braga poderia superar a habitual agressividade do ‘pressing’ encarnado. É dos livros, no momento da recuperação da bola a preocupação deve ser tirá-la da zona mais povoada e uma das melhores formas de o fazer é circular lateralmente e não imediatamente em progressão. Como referi, é dos livros. A verdade porém é que poucas são as equipas do futebol português que se mostram esclarecidas neste aspecto. O Braga conseguiu fazer estes movimentos com uma grande frequência no primeiro tempo e é em grande parte nessa execução que se justifica a vantagem conseguida nesse período.
Do lado do Benfica não houve inovações, Fernando Santos montou o esquema que, recentemente, melhores resultados tem dado. Há nesta estrutura e na minha opinião um equívoco fundamental... a utilização de Simão a 10. Não se pode pedir a um jogador cujas características apontam para a criação de desequilíbrios através da execução em velocidade para actuar no espaço entrelinhas (que é ,como o nome indicia, um espaço curto). Simão pode partir dessa posição mas deverá sempre ter contacto com a bola no espaço junto às laterais – onde, de resto, foi a peça fundamental do Benfica nas últimas 5 épocas. O sucesso ofensivo do Benfica passa, aliás, pelo fornecimento de jogo útil – ou seja, no espaço – ao seu trio da frente.
Foi evidente para todos – em Braga o Benfica não conseguiu ligar o seu jogo, trazendo à memória o já longínquo jogo do Bessa. O tridente ofensivo apresentou pouca mobilidade (cabia, na minha opinião, a Miccoli e Nuno Gomes criar mais linhas de passe) e a equipa ficou, com a acção de Cecinha, sem flanco direito durante quase 75 minutos (Nelson fez o primeiro cruzamento quase à hora de jogo). A Fernando Santos pedia-se igualmente uma melhor leitura do jogo – com um adversário a jogar tão encaixado cabia ao treinador reagir colocando alguém a descair mais claramente sobre a direita.
Lance Capital – o contra-ataque como ele deve ser...
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