Campeonato Nacional de Juniores A
Disputaram-se duas jornadas do Campeonato Nacional de Juniores (dia 28 de Outubro e dia 1 de Novembro)
Zona Norte
Na zona Norte não ha novidades no topo da tabela classificativa.
O FC Porto deslocou-se no passado sábado ao Complexo Desportivo Rei Ramiro, tendo vencido o até então 2º classificado por 2-1, num jogo sem brilho, onde se destaca apenas mais uma boa exibição de Rui Pedro. Já na 4ª feira passada, num resultado surpreendente o Braga conseguiu um empate na deslocação ao Centro de Estágio de Crestuma/Lever a 1 bola, contra um FC Porto que continua no topo da tabela classificativa, mas teima em não demonstrar qualidade suficiente para sonhar com o título nacional.
Destaca-se ainda a boa forma de Academica e Boavista, 2º e 3º classificados, que estão numa maré de resultados positivos. O Boavista afigura-se mesmo como o segundo grande candidato a uma qualificação para a fase final.
Rio Ave e Feirense continuam a desiludir e estão já em disputa directa por um lugar que lhes permita a permanência.
Resultados mais importantes:
Leixões 1-4 Academica
FC Porto 1-1 Braga
Boavista 4-0 Infesta
Penafiel 1-0 Rio Ave
Zona Sul
Na zona Sul, o Sporting continua imparável, registando 8 vitórias e 1 empate.
Contudo, a grande surpresa, o Estrela de Amadora, não descola e continua somente a dois pontos do líder, conseguindo na passada 4ª feira uma excelente vitória no campo do União da Madeira por 2-1.
Belenenses e Benfica disputaram o jogo grande da dupla jornada, registando-se um empate a 1 bola, com o Benfica a cair para o 5º posto, pagando a factura por ter uma equipa quase toda ela composta por elementos sub18. Vida difícil para os encarnados, sobre os quais recai o fantasma de poder ser o 2º ano consecutivo fora da fase final.
No fundo da tabela Alverca e sobretudo o Setubal, continuam a desiludir.
Resultados mais importantes:
U. Madeira 1-2 Estrela Amadora
Belenenses 1-1 Benfica
Alverca 1-4 Real
Sporting 3-0 Oeiras
Campeonato Nacional de Juniores B
Não se disputou qualquer jornada.
Seleccões Nacionais
A selecção Nacional de sub17 terminou a sua participação no Torneio Internacional da Belgica, prestação essa pouco honrosa.
Depois de um empate frente á Belgica e outro frente á Inglaterra, a selecção lusa despediu-se do território belga com uma derrota contra os rivais espanhois por 3-1.
Aqui fica o onze portugues que actuou frente á Espanha:
PORTUGAL: Rui Nunes, Pedro Eugénio, Pedro Mendes, Vítor Borges, Michael Santos, Leandro Pimenta (Vítor Pacheco, 59’), Gelson Santos, Diogo Rosado, Wilson Eduardo, Evandro Brandão (Rui Fonte, 68’) e José Alves.
Relembramos que nesta equipa actuam alguns atletas que já militam em grandes clubes europeus: Rui Fonte no Arsenal, Evandro Brandão que se transferiu do Walsall para o Man Utd, e José Alves (Coelho) que actua no Inter de Milão.
Por sua vez, a selecção nacional portuguesa de sub16, orientada por Paulo Sousa, perdeu na estreia do Torneio de Vale Marne por 3-1 contra a Suiça.
Aqui fica a forma como Portugal actuou:
PORTUGAL: João Guerra (SL Marinha); Tiago Gomes (SC Braga), Fábio Costa (Boavista FC), Nuno Reis – CAP (Sporting CP), Mário Rui (Sporting CP); Nelson Oliveira (SL Benfica), depois [52’] Rui Caetano (Padroense FC), Diogo Ribeiro (Sporting CP), Nuno Soares (Boavista FC), Alexandre Freitas (FC Porto), Baptista (ADR Pasteleira), depois [52’] Ricardo Dias (Padroense FC) e Filipe Espincho (Padroense FC), depois [52’] Pedro Branco (Padroense FC).
Análise da semana
O Boavista apresenta-se num 4-4-2 clássico, bastante versátil.
Numa defesa de quatro elementos, salienta-se a veia ofensiva do lateral direito Ivan e a qualidade do capitão de equipa, capaz de subir no terreno como forma de criar superioridades numéricas.
No meio campo, a polivalência é o adjectivo que marca os axadrezados, pois se na 1ª parte Pedro Carneiro actuou como elemento mais recuado, com Pedro Moreira mais á direita Nóbrega mais á esquerda e Couto como organizador, na 2ª parte tudo mudou, passando Pedro Moreira a actuar numa posição mais central lado a lado com Couto e com Pedro Carneiro (que na época passada actuou como central pelo Candal) mais á direita.
As transições ofensivas da equipa axadrezada são pausadas e bastante elaboradas, optando-se pela segurança na posse de bola e pelo passe curto. Na lado direito quer Moreira quer posteriormente Carneiro nunca procuraram explorar a ala, optando por posições e movimentações interiores arrastando a marcação para permitir as subidas do lateral Ivan que procurou inumeras vezes o cruzamento para o possante ponta de lança Julien.
No lado esquerdo, Nóbrega foi sempre um elemento capaz de criar rupturas quer através de lances de 1 para 1, quer através de cruzamentos tirados na linha, denotando bom entendimento com o avançado Magalhães
Na frente, uma parelha que se complementa. Julien ,ponta de lança bastanta alto e possante, capaz de fazer a diferença dentro de área mas com pouca mobilidade, e o outro avançado - Magalhães muito rápido e bastante móvel aproveitando o arrastar de marcações provocadas por Julien, para aparecer nos espaços e nas costas da defensiva.
A equipa do Boavista é bastante baixa (á excepção do ponta de lança) e abdica claramente da velocidade e fantasia dos seus alas: Benvindo (uma autentica flecha), Djibril e o puto maravilha Ivan.
Sóbrios, pautam o seu jogo com tranquilidade e sem riscos, procurando progredir no terreno sempre com uma posse de bola segura e sempre com transições equilibradas mas lentas.
Em termos defensivos re-organizam-se com facilidade e rapidez, fechando sobretudo os espaços no miolo do terreno..dando assim alguma liberdade e espaço nas alas. (explorar as alas, é extremamente importante contra esta equipa)
Pressionam um pouco á frente do meio campo e á zona.
A explorar ,claramente, a baixa estatura de toda a equipa, e as fragilidades em bolas paradas defensivas.
Nas bolas paradas ofensivas, os cantos e livres indirectos têm sempre o Julien como destinatário, embora o Moreira saiba aparecer bem no espaço.
Couto fica nas imediações da área á procura de uma 2ª bola para bater de meia distância, algo que faz com alguma qualidade.
Conclusão: São uma equipa equilibrada, com uma vertente colectiva notória, mas uma equipa não muito perigosa e algo previsível. Anulando os 2 atletas de meio campo mais activos, anula-se também a pouca imprevisibilidade que ainda resta á equipa.(importantíssimo anular Moreira e Couto)
Em termos individuais destacam-se Pedro Moreira, pela capacidade de leitura de jogo e capacidade de passe, o Couto pela polivalencia, resistencia física e inteligencia e a capacidade de desiquilibrios de Nóbrega.
Muita atenção também ao jogo aéreo de Julien.
Até para a semana!
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