Os sócios do Gil Vicente estão descontentes. Estão descontentes com o desempenho pobre da equipa em 4 jogos já disputados da II Liga, onde apenas conseguiram amealhar 2pts, fruto de 2 empates e duas derrotas. Agora, dizem os sócios, Paulo Alves, não tem autoridade sobre os jogadores. Mas será que é assim?
António Fiúza já veio a terreiro defender o seu treinador. Só lhe fica bem, depois do imbróglio juridico em que envolveu a sua equipa, e que apesar de toda a luta que manteve durante alguns meses, acabou mesmo por disputar a Liga de Honra. Será legitimo os sócios questionarem a autoridade do treinador, neste momento difícil, quando o aplaudiram no fim da última época, quando o treinador conseguiu segurar a manutenção nos últimos jogos? Não me parece.
Assim como não me parece justo que apupem o treinador. A equipa é talhada para a I Liga, segundo declarações do presidente, por isso é normal que alguns jogadores se sintam frustrados por ter que disputar a II Liga.
Mas também não me parece justo que se culpe o treinador agora, pois os sócios tiveram na mão a possibilidade de dar ao Gil Vicente a hipotese de competir mais cedo, mas em assembleia geral, decidiram dar ao presidente plenos poderes para fazer o que bem entendê-se em relação ao "Caso Mateus". É que durante o tempo de indefinição, o Gil não sabia onde ia jogar, se na I Liga se na de Honra, ou em último caso, se iria mesmo disputar qualquer campeonato esta época, logo, o ritmo de treino não era o mesmo que deveria ser. Muitos foram os dias em que os atletas não tiveram mais que um treino ligeiro, assim como houve dias em que não tiveram treino nenhum, pois passavam o tempo no Sindicato dos Jogadores, a implorarem para jogar, enquanto o Sr. Presidente gilista regozijava-se com a sua postura de D. Sebastião contra os Mouros da FPF e da FIFA. E para quê? Para acabar por jogar onde estava destinado jogar, com quase dois meses de atraso....
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