Há dez árbitros entre os 24 pronunciados no processo originário do Apito Dourado. Volvidos quase 3 anos sobre as primeiras detenções, o que é feito deles? Foi isso que Record foi saber. Uma conclusão salta logo: o Apito Dourado fez estragos imediatos na carreira desses árbitros. Suspensos da actividade, caíram no final da época de 2004/2005 para da 2.ª para a 3.ª categoria e nem todos conseguiram encaixar esta despromoção. Por exemplo, enquanto António Eustáquio abandonou a actividade por ter atingido o limite de idade, Licínio Santos (na foto) ainda se aguentou um ano na 3.ª categoria mas depois desceu para os “regionais” e aí atingiu o limite de idade.
Castigos:
Não foi fácil, para todos estes árbitros (12 inicialmente) gerir não só psicologicamente tudo o que resultou das acusações de que foram alvo. Para além da exposição pública, viram o Conselho de Arbitragem da FPF, então dirigido interinamente por Carlos Esteves, o seu actual presidente, “tirar o tapete” (a expressão é de um deles) a quem surgiu envolvido nesta história.Suspensos pelo tribunal durante largos meses, os árbitros que foram acusados regressaram à actividade na época de 2005/2006 mas já ela ia alta e acabaram por não ser classificados. Situação de que reclamaram, como aconteceu, por exemplo, com o árbitro José Manuel Rodrigues. Que alegou ser ilegal um árbitro ser despromovido sem ter sido classificado. O Conselho de Arbitragem da FPF, porém, considerou “extemporâneo” o recurso feito pelo advogado do árbitro. “Havia a clara intenção de castigar os árbitros que tinham sido acusados sem se ter em conta que ninguém pode ser culpado antes de ser julgado”, disse a Record uma fonte próxima desses árbitros. Com um total de 25 crimes, dos árbitros pronunciados só um conseguiu inverter a tendência de queda: o árbitro assistente João Macedo, que subiu na época de 2005/2006, desceu na seguinte e hoje está na 1.ª categoria, fazendo equipa normalmente com Carlos Duarte, advogado no...Apito Dourado.
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