Acabou o sonho… Mais uma vez, caímos aos pés da França numa meia-final.
O jogo começou com as duas equipas expectantes. Estudaram-se mutuamente, o que acabou por tornar o jogo um pouco enfadonho. Scolari fez alinhar o melhor onze português, com Ricardo na baliza, a defesa foi constituída por Miguel na direita, Nuno Valente na esquerda, Meira e Ricardo Carvalho no centro. O meio campo foi constituído por Costinha, Maniche e Deco no vértice. A frente de ataque ficou a cargo de Cristiano Ronaldo, Figo e Pauleta.
Por seu turno Domenech fez alinhar Barthez na baliza, Sagnol na esquerda, Abidal na direita, Gallas e Thuram no centro. O meio campo foi constituído por Vieira e Makelelé com Zidane mais adiantado, na frente Ribery, Malouda e Henry.
O jogo começou com as duas equipas expectantes. Estudaram-se mutuamente, o que acabou por tornar o jogo um pouco enfadonho. Scolari fez alinhar o melhor onze português, com Ricardo na baliza, a defesa foi constituída por Miguel na direita, Nuno Valente na esquerda, Meira e Ricardo Carvalho no centro. O meio campo foi constituído por Costinha, Maniche e Deco no vértice. A frente de ataque ficou a cargo de Cristiano Ronaldo, Figo e Pauleta.
Por seu turno Domenech fez alinhar Barthez na baliza, Sagnol na esquerda, Abidal na direita, Gallas e Thuram no centro. O meio campo foi constituído por Vieira e Makelelé com Zidane mais adiantado, na frente Ribery, Malouda e Henry.
O jogo, como já disse, teve alturas em que foi enfadonho, o que fez com que não tivesse sido um grande jogo. A atesta-lo, a ausência de grandes oportunidades de golo de ambos os lados. A França acabou por começar um pouco mais perigosa, com um remate cruzado logo nos primeiros minutos, por parte de Malouda. Portugal respondeu, com Deco a rematar de zona frontal, obrigando a uma estirada do guardião francês. Pauleta acabou por chegar atrasado à recarga. As equipas acabaram por explorar o contra-ataque, situação que surge do grande rigor táctico a que assistimos das duas partes. Foi numa dessas situações que Henry ganhou posição, depois de ser desmarcado por Zidane, e conseguiu “sentar” Ricardo Carvalho, que acabaria por tocar o jogador francês na sequência da queda. Jorge Larrionda não teve dúvidas e assinalou para a marca da grande penalidade. Zidane não se inibiu perante a presença de Ricardo e bateu forte para o golo. Portugal reagiu de uma forma pouco ambiciosa, não imprimindo muita velocidade no ataque. Já perto do intervalo uma situação duvidosa na área de Barthez. Centro de Figo do lado direito, Cristiano Ronaldo divide o lance com Sagnol que põe a mão nas costas do português. O arbitro nada assinalou, mas o certo é que houve contacto entre os jogadores, ficando por decidir a velha questão da intensidade. O intervalo chegava, com a sensação de que se poderia ter jogado mais.
No reatamento nada de novo. Portugal entrou na mesma toada, um jogo lento, cansado, mesmo aquilo que interessava aos franceses. O meio campo continuava sem ideias, Deco quase não apareceu, Maniche também passou despercebido, o que fez com que o jogo não fluísse. Os franceses abdicaram por completo de atacar, preferindo ficar na contenção do ataque português. Se a imprensa francesa estava preocupada com as trapaças e o teatro dos portugueses, devem agora estar sumamente preocupados com o anti-jogo praticado pelos “bleus”. A oportunidade mais flagrante dos franceses pertenceu a Henry, que conseguiu ganhar a Meira, rematando com força. Ricardo opôs-se bem, mas deixou passar a bola por baixo do corpo. Ainda bem que estava desenquadrado com a baliza. Depois deste lance o perigo não voltou a rondar a baliza lusa.
A partir deste momento a equipa portuguesa tomou conta do jogo, mas não foi eficaz na construção de jogo. Pauleta continua a ser uma unidade a menos no ataque, e apenas se viu perto da meia hora, quando conseguiu, numa nesga de espaço dada por Thuram, alvejar a baliza de Barthez. Muito pouco para que é o melhor marcador de todos os tempos da nossa selecção. Scolari começou então as substituições, embora a primeira tenha sido forçada, devido à lesão de Miguel. Para o seu lugar entrou Paulo Ferreira. Depois foi mesmo o ponta de lança a sair, para dar lugar a Simão. Uma substituição habitual, mas que nada de novo trouxe ao ataque português. Mais tarde entrou Postiga, mas desta vez para o lugar de Costinha, aqui sim, uma aposta mais atacante do treinador português. No entanto pouco resultou, pois Postiga também não esta no melhor momento.
A equipa continuou a pressionar a defesa francesa, mas o certo é que Thuram e Gallas são intransponíveis pelo jogo aéreo, o mais utilizado pelos portugueses, e Abidal e Sagnol mostraram-se acertados. Domenech entretanto também mexeu na equipa, e tirou Henry, Malouda e Ribery, para fazer entrar Gouvou, Wiltord e Saha.
À semelhança do jogo com a Inglaterra, Portugal não efectuou praticamente nenhum remate de fora da área, nem procurou criar situações que levassem a marcação de livres directos, tendo bons executantes em campo. Cristiano Ronaldo, o mais inconformado dos portugueses, cavou a única falta perigosa perto da área francesa, que ele próprio marcou, obrigando Barthez a uma defesa difícil, tendo mesmo largado a bola, o que proporcionou a melhor oportunidade de golo português, tendo Figo falhado a recarga final. Até ao fim os portugueses dominaram territorialmente, mas sem assustar a impávida defesa francesa.
Mais uma vez o sonho ficou-se por isso mesmo, perante uma equipa francesa que fez valer a experiência dos seus elementos para chegar a final. Sendo assim só resta aos portugueses conseguir atingir o terceiro lugar, no sábado em Estugarda, frente à Alemanha.
O Melhor do jogo
É difícil escolher o melhor jogador do encontro, pois a mediocridade reinou nos 22 jogadores. Ainda assim destaco Zidane, pois foi ele que fez o passe para Henry cavar o penalti, marcou o golo e tem trazido a França às costas, principalmente nesta segunda fase da prova.
O Pior do jogo
Aqui tenho que destacar o colectivo de ambas as equipas. Foi um jogo muito táctico, enfadonho, que acabou por favorecer os franceses, principalmente depois do golo marcado. Não houve velocidade de nenhuma das equipas, para isso também devera ter contado o desgaste já existente, mas nem a motivação de jogar uma meia-final alterou essa situação.
O Árbitro
O árbitro esteve bem. Embora em algumas situações tenha favorecido os franceses, principalmente em pequenas faltas a meio campo, o certo é que as grandes decisões do encontro, na minha opinião, foram bem ajuizadas. O penalti sobre Henry, parece justo. O toque de Ricardo Carvalho é suficiente para derrubar o atacante francês, pois os movimentos são contrários. No lance de Ronaldo, talvez o mais duvidoso, parece-me que também ajuizou bem, pois apesar de haver contacto, parece-me que o Cristiano também se aproveitou do facto. Ricardo Carvalho viu um amarelo que o deixa de fora do jogo de Estugarda, mas aqui o juiz também esteve bem, pois a falta é merecedora do cartão. Errou apenas ao não mostrar o cartão a Vieira, ainda no primeiro tempo, quando este impediu um contra-ataque perigosíssimo dos portugueses. Não foi por aqui que Portugal não venceu o jogo.
As substituições
Não fosse a lesão de Miguel a obrigar à entrada de Paulo Ferreira e os jogadores a entrar em campo teriam sido os mesmos. Talvez aqui esteja o único ponto negativo desta caminhada. Pauleta foi desde o jogo com Angola, claramente uma unidade a menos no ataque português. Fica a impressão que este jogador não é talhado para as grandes competições. Foi assim em 2002 na Coreia, embora tenha marcado 3 golos à Polónia, o certo é que não existiu nos outros 2 jogos, foi assim no Euro 2004, competição em que não marcou nenhum golo e tem vindo a ser assim neste mundial. O seu substituto, Hélder Postiga, também não tem justificado a chamada ao onze, ficando então Nuno Gomes como terceira opção, tendo apenas actuado 15 minutos contra o México. Talvez se justifica uma oportunidade ao jogador no jogo do 3º e 4º lugar.
O substituto habitual, Simão, sempre que entrou imprimiu mais velocidade ao ataque. No entanto esta substituição de Pauleta por Simão acaba por se tornar ineficaz, pois se a vantagem de ter Simão é baseada no facto de ganhar mais velocidade nas alas, surgindo mais cruzamentos para a área, pois Simão ganha muito bem as linhas para depois centrar, ela acaba por ser perdida, pois não há ninguém na área para corresponder aos cruzamentos efectuados, ficando a impressão que o consequente movimento de Cristiano Ronaldo para a posição de Pauleta se torna ineficaz perdendo-se uma referencia de área, pois embora Ronaldo tenha boa impulsão e bom jogo aéreo, não tem o poder de choque que um ponta de lança tem. A substituição de Costinha por Postiga denotou mais ambição, pois retirou um médio mais defensivo para reforçar a frente de ataque, passando a jogar em 4x2x4, com Simão e Figo nas alas e Postiga e Ronaldo na frente. Só que Postiga também não esta num bom momento, pois tem passado sempre ao lado dos jogos que tem feito. A entrada de Paulo Ferreira foi forçada, uma vez que Miguel saiu lesionado.
Aqui tenho que destacar o colectivo de ambas as equipas. Foi um jogo muito táctico, enfadonho, que acabou por favorecer os franceses, principalmente depois do golo marcado. Não houve velocidade de nenhuma das equipas, para isso também devera ter contado o desgaste já existente, mas nem a motivação de jogar uma meia-final alterou essa situação.
O Árbitro
O árbitro esteve bem. Embora em algumas situações tenha favorecido os franceses, principalmente em pequenas faltas a meio campo, o certo é que as grandes decisões do encontro, na minha opinião, foram bem ajuizadas. O penalti sobre Henry, parece justo. O toque de Ricardo Carvalho é suficiente para derrubar o atacante francês, pois os movimentos são contrários. No lance de Ronaldo, talvez o mais duvidoso, parece-me que também ajuizou bem, pois apesar de haver contacto, parece-me que o Cristiano também se aproveitou do facto. Ricardo Carvalho viu um amarelo que o deixa de fora do jogo de Estugarda, mas aqui o juiz também esteve bem, pois a falta é merecedora do cartão. Errou apenas ao não mostrar o cartão a Vieira, ainda no primeiro tempo, quando este impediu um contra-ataque perigosíssimo dos portugueses. Não foi por aqui que Portugal não venceu o jogo.
As substituições
Não fosse a lesão de Miguel a obrigar à entrada de Paulo Ferreira e os jogadores a entrar em campo teriam sido os mesmos. Talvez aqui esteja o único ponto negativo desta caminhada. Pauleta foi desde o jogo com Angola, claramente uma unidade a menos no ataque português. Fica a impressão que este jogador não é talhado para as grandes competições. Foi assim em 2002 na Coreia, embora tenha marcado 3 golos à Polónia, o certo é que não existiu nos outros 2 jogos, foi assim no Euro 2004, competição em que não marcou nenhum golo e tem vindo a ser assim neste mundial. O seu substituto, Hélder Postiga, também não tem justificado a chamada ao onze, ficando então Nuno Gomes como terceira opção, tendo apenas actuado 15 minutos contra o México. Talvez se justifica uma oportunidade ao jogador no jogo do 3º e 4º lugar.
O substituto habitual, Simão, sempre que entrou imprimiu mais velocidade ao ataque. No entanto esta substituição de Pauleta por Simão acaba por se tornar ineficaz, pois se a vantagem de ter Simão é baseada no facto de ganhar mais velocidade nas alas, surgindo mais cruzamentos para a área, pois Simão ganha muito bem as linhas para depois centrar, ela acaba por ser perdida, pois não há ninguém na área para corresponder aos cruzamentos efectuados, ficando a impressão que o consequente movimento de Cristiano Ronaldo para a posição de Pauleta se torna ineficaz perdendo-se uma referencia de área, pois embora Ronaldo tenha boa impulsão e bom jogo aéreo, não tem o poder de choque que um ponta de lança tem. A substituição de Costinha por Postiga denotou mais ambição, pois retirou um médio mais defensivo para reforçar a frente de ataque, passando a jogar em 4x2x4, com Simão e Figo nas alas e Postiga e Ronaldo na frente. Só que Postiga também não esta num bom momento, pois tem passado sempre ao lado dos jogos que tem feito. A entrada de Paulo Ferreira foi forçada, uma vez que Miguel saiu lesionado.
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