22 de julho de 2007

PRIMEIRAS IMPRESSÕES


E a bola voltou a rolar no Estádio do Dragão. Após o estágio em terras holandesas, o FC Porto regressou ao convívio com os seus adeptos e ganhou aos franceses do Mónaco por 2 - 1, em jogo de apresentação da sua equipa para a temporada que agora se inicia. Fui um dos 36.911 espectadores presentes, naquela que significou a minha primeira oportunidade de ver em acção os jogadores contratados, dado que não tinha acompanhado nenhum dos anteriores encontros desta pré-época. O jogo não foi brilhante mas deu para entreter - como diria Quinito - e uma vitória depois de uma derrota é sempre importante.
Jesualdo Ferreira apresentou o seu 4-3-3 habitual e manteve-o durante toda a partida. Com a permanência de Quaresma no clube, fica claro que este será o sistema primordial, embora o vasto leque de soluções permita derivações para o 4-4-2. Os 'dragões' foram melhores que o Mónaco, dominaram durante mais tempo, jogaram quase sempre mais perto da baliza monegasca do que o inverso e o resultado acaba por ser normal e justo, face ao decorrido dentro das quatro linhas.
No primeiro tempo, em que o guardião Nuno foi o único dos reforços em campo, o futebol portista foi naturalmente mais ligado, mais entrosado, com maior número de combinações atacantes e um envolvimento colectivo mais apurado. Os extremos Lisandro e Quaresma foram os homens mais em foco, tendo sido solicitados imensas vezes, resultado de um carrilamento do jogo azul e branco invariavelmente sobre as faixas laterais. Bosingwa também esteve muitíssimo bem em todo o corredor direito, o que já não é grande novidade. Mas as oportunidades não foram muitas e o golo acabou por resultar de um lance de bola parada: cruzamento de Quaresma, cabeça de Lisandro e o guarda-redes Roma batido pela primeira vez. Primeira explosão de alegria no Dragão, já que mesmo sendo a feijões, todos gostam de ganhar.
Com a segunda parte, surgiram as novidades, aqueles jogadores que toda a gente queria vislumbrar e começar a ter uma ideia a seu respeito, para além obviamente dos golos de Postiga (de grande penalidade) e do monegasco Pino. Edgar foi o único disponível que não chegou a ser utilizado. De resto, foi possível ver Bolatti, Kazmierczak, Lino, Luís Aguiar e Fernando, em estreia absoluta no Dragão. Como primeiras impressões poderei dizer, acerca de cada um, o seguinte:

- Bolatti: gostei do que vi, foi o melhor de todos os novos recrutas. Imponente fisicamente, o argentino é daqueles que assume o princípio das jogadas de ataque, com um futebol simples, preciso e de poucos toques. Não inventa um milímetro e é rápido a desfazer-se da bola. Efectuou um remate de fora da área (à figura de Roma) e ganhou uma bola de cabeça num lance de bola parada (por cima da trave). Sendo certo que só caberá um no onze, lutará com Paulo Assunção por uma vaga, podendo a escolha depender do adversário e do tipo de jogo que se pretende. O brasileiro, mais técnico, utiliza mais a condução de bola, ao passo que Bolatti toca mais de primeira. Ambos são tacticamente adultos. Prevejo uma concorrência apertada e uma alternância na titularidade, assim Jesualdo Ferreira proceda a uma gestão inteligente destas duas peças. Talvez Bolatti nos jogos fora de casa teoricamente mais complicados, talvez Assunção nos desafios em casa à partida mais acessíveis.


- Kazmierczak: não há volta a dar, sou um apreciador assumido do gigante polaco. É um executante de futebol rectilíneo, que raramente progride com a bola nos pés, prefere jogar ao primeiro/segundo toque e fá-lo quase sempre de forma correcta. Pode até alegar-se que é lento, mas a sua impressionante compleição física poderá ser importante em vários jogos, na disputa de bola a meio-campo, nos lances aéreos na sua e na área adversária, nos remates de longa distância, na simplificação dos processos de jogo, etc. O que disse em relação a Bolatti e Assunção, aplica-se também a Kazmierczak e Raúl Meireles.


- Lino: este brasileiro foi uma autêntica desilusão. Muito nervoso, acusou claramente a pressão de actuar perante cenário tão iluminado. Acumulou erros sucessivos, entre perdas de bola e deficiente cobertura defensiva. Não me agradou a sua contratação e neste jogo reforcei essa ideia. Para o posto de lateral-esquerdo, adivinha-se uma luta a dois entre... Cech e Fucile!


- Luís Aguiar: Teve períodos de bastante intervenção na manobra ofensiva e mostrou bons pormenores. Viu-se que é possuidor de boa capacidade técnica, algo essencial para quem joga como armador de jogo. É um jovem com talento e deve continuar a ser seguido com atenção. Pela amostra, gostei.


- Fernando: entrou para o centro da defesa substituindo Pedro Emanuel. Parece ter bom toque de bola e ser um jogador rápido, mas no pouco tempo que teve para se mostrar, não deu para ver grande coisa. E eu confesso que ainda não sei qual a sua posição de raíz. Deverá ser emprestado a um clube com menores ambições.


Para a história fica a constituição do FC Porto e respectivas substituições: Nuno (Paulo Ribeiro 46'); Bosingwa (Tarik 83'), João Paulo, Pedro Emanuel (Fernando 69'), Cech (Lino 46'); Paulo Assunção (Bolatti 46'), Raúl Meireles (Kazmierczak 46'), Jorginho (Luís Aguiar 46'); Lisandro (Rentería 83'), Adriano (Postiga 46'), Quaresma.

16 de julho de 2007

BRASIL À EUROPEIA


BRASIL - ARGENTINA 3 - 0
Final da Copa América 2007
15 de Julho de 2007
Estádio Pachencho Romero (Maracaibo)
Árbitro: Carlos Amarilla (Paraguai)
Brasil: Doni; Maicon, Alex, Juan, Gilberto; Mineiro, Elano (Daniel Alves 33'), Josué, Júlio Baptista; Robinho (Diego 89'), Vágner Love (Fernando 88'). Tr: Dunga
Argentina: Abbondanzieri; Javier Zanetti, Ayala, Gabriel Milito, Heinze; Mascherano, Verón (Lucho González 65'), Cambiasso (Aimar 58'), Riqueleme; Tévez, Messi. Tr: Alfio Basile
Ao intervalo: 2 - 0
Marcadores: 1 - 0 Júlio Baptista 4', 2 - 0 Ayala 40' pb, 3 - 0 Daniel Alves 68'
CA: Alex 36', Mascherano 41', Doni 50', Gilberto 54', Júlio Baptista 66', Tévez 75', Josué 81'



O Brasil venceu a pobre Copa América pela quinta vez nos últimos dez anos, acentuando ainda mais o seu domínio no panorama do futebol sul-americano. Na final, a selecção canarinha deu uma imagem bem diferente da que patenteou durante toda a competição e, contra todos os prognósticos, derrotou a poderosa Argentina por claros 3 - 0.
Dunga e Basile apresentaram para o jogo decisivo dois sistemas semelhantes, assentes num 4-4-2 em losango no meio-campo. Ambos os losangos constituídos por um médio-defensivo (Mineiro e Mascherano), dois interiores, dos quais um (Josué e Cambiasso) mais conservador que o outro (Elano e Verón) e um médio-ofensivo (Júlio Baptista e Riquelme). Com os dois esquemas perfeitamente encaixados no sector médio, tornava-se evidente que, para além da dinâmica colectiva e da própria inspiração individual dos jogadores, quem conseguisse catapultar os seus laterais com mais intensidade para o ataque, poderia levar vantagem sobre o rival. Ora Maicon e Gilberto fizeram exibições de grande nível, o mesmo já não se poderá dizer de Zanetti e Heinze...
Apesar de o 'escrete' ter estado melhor e ter justificado inteiramente a vitória, a verdade é que a sorte esteve do seu lado, pois começou o desafio praticamente a ganhar e pode agradecer a Deus não ter consentido o empate logo a seguir. Aos 4 minutos, Maicon lança longo para Júlio Baptista que se desembaraça de Ayala e atira cruzado para as redes de Doni. Um grande golo que poderia ter sido imediatamente anulado, mas Riquelme atirou ao poste, após bela iniciativa de Messi e assistência de cabeça de Verón. Dizem que Deus é brasileiro e pela amostra começo a acreditar seriamente nessa possibilidade (não esquecer a meia-final frente ao Uruguai através das grandes penalidades).
A Argentina tem então um período em que se instala no meio terreno contrário, embora sem nunca conseguir ser perigosa nem mostrar um futebol ligado e fluído. Vivia apenas de algumas arrancadas de Messi, que também cedo mostrou não estar nos seus melhores dias. Mas mesmo este domínio territorial foi sol de pouca dura. A partir do quarto de hora, o Brasil começa positivamente a mandar no jogo. Revelando grande maturidade táctica, controlo emocional, superior solidariedade colectiva e maior entrega ao jogo e vontade de vencer, talvez espicaçados pela crítica feroz de que foram alvo, os comandados de Dunga arrancaram para uma exibição inteligente e pragmática, bem ao estilo do que hoje exige o futebol moderno, bem à imagem do futebol europeu virado para o resultado. Mineiro secava Riquelme, Elano e Josué exibiam grande disponibilidade para percorrer quilómetros no meio-campo e os laterais Maicon e Gilberto aproveitavam as autênticas avenidas abertas pela passividade adversária. Os argentinos denotavam lentidão, não pressionavam convenientemente o portador da bola, pelo contrário, eram eles os próprios a serem envolvidos pelos brasileiros, levando ao desaparecimento progressivo de homens como Riquelme, Messi ou Tévez. E quando o conjunto não funciona, não há ligação entre os diferentes sectores, parece que existe um espaço enorme entre cada elemento, cada um votado à sua sorte, sem apoio nem alternativa, por mais que a sua vontade seja a de ajudar a equipa.
Quando o jogo estava morno, sem grandes oportunidades de golo e com poucos motivos de interesse, Riquelme resolve dar um pontapé na monotonia e lá conseguiu criar um momento de aperto junto da baliza canarinha, com um belo remate à entrada da área, tendo valido a apurada elasticidade de Doni. Todavia, pouco depois, com a eficácia de que já falei, o Brasil aumenta para 2 - 0 e dá mais uma machadada na confiança alvi-celeste. E foi logo com um autogolo de Ayala para a depressão ser ainda maior. Mérito para o cruzamento de Daniel Alves, entretanto entrado para o lugar de Elano, e que se revelou uma aposta ganha do técnico brasileiro.
Chegou o intervalo e reclamei para mim a entrada de Crespo, na tentativa de abrir a frente de ataque argentina. A perder por duas bolas, era hora de Basile arriscar tudo para os derradeiros 45 minutos e alterar o sistema para uma matriz mais arrojada. Mas tal não aconteceu e o onze argentino manteve-se o mesmo para a segunda metade! Primeiros dez minutos e nada de novo aconteceu: Argentina perdida e desligada, Brasil motivado, dono e senhor do jogo. Cambiasso e Verón eram incapazes de assegurar a transição ofensiva, Riquelme jogava completamente parado e era engolido pelos incansáveis brasileiros. Aliás, abro aqui um parênteses para dizer que está justificado o facto de o melhor jogador a actuar na América do Sul não ter vingado numa equipa de topo europeu como o Barcelona e ter tido necessidade de descer para o Villarreal. O homem está desfasado daquilo que é o futebol actual, brilha no continente americano pois lá joga-se um futebol sem velocidade, onde importa a capacidade técnica e nunca a dinâmica e velocidade de jogo.
Aos 58 minutos, o seleccionador argentino, que nunca antes havia perdido um encontro da Copa América, lá se decidiu por lançar sangue novo na sua equipa: troca Cambiasso por Aimar e, mais tarde, Verón por Lucho). Apesar de ter conferido um cariz ligeiramente mais ofensivo ao seu conjunto, o certo é que Basile trocou jogadores de posições idênticas e não alterou o sistema, mantendo o 4-4-2, quando a meu ver se impunha um 4-3-3 com Tévez, Crespo e Messi na frente, ou mesmo um 3-3-4 com o acrescento de Diego Milito pela saída de um defesa (possivelmente o desastrado Gabriel Milito, já que Heinze fecha bem ao meio). Não foi o que aconteceu e a Argentina nunca se encontrou, tendo realizado uma péssima exibição durante todo o segundo tempo. O Brasil apostava agora em contra-ataques rápidos e sempre venenosos. Num deles, o mal-amado Vágner Love isola Daniel Alves com uma assistência soberba, tendo o (ainda) sevilhano desferido um certeiro remate ao poste mais distante. 3 - 0!
Pouco depois, o apito final do paraguaio Carlos Amarilla. A inteligência quase científica da selecção de Dunga, o pragmatismo, a eficácia e a mentalidade vencedora imposta aos jogadores canarinhos (qual equipa europeia), acabavam de arrasar a melhor selecção da Copa América, quer em futebol jogado até aí, quer em quantidade de estrelas por metro quadrado. A forma como o Brasil se exibiu fez-me lembrar o FC Porto campeão europeu de José Mourinho e não foi em vão. O Brasil fez a festa justamente. O portista Helton, mesmo sem ter actuado, e o prodígio Anderson são campeões sul-americanos. Um título de importância relativa quando comparado com o título europeu ou mundial, mas com certeza muito saboroso para a selecção brasileira, mais a mais olhando aos incessantes ataques de que foi vítima pelos seus próprios compatriotas dos mais diversos quadrantes. A Argentina foi a melhor equipa presente na Venezuela, mas o Brasil é o campeão, com Robinho a ser o melhor jogador e o melhor goleador com 6 tentos apontados. E o que é que fica para a história?

9 de julho de 2007

Real Madrid anuncia Schuster!

Bernd Schuster foi esta manhã anunciado como novo treinador do Real Madrid, ocupando o lugar deixado em aberto com a saída de Fabio Capello, que conduziu a equipa da capital espanhola ao título na época passada.
O treinador alemão, de 47 anos, pagou 480 mil euros para se desvincular do Getafe, tendo assinado de imediato contrato com os «merengues», válido por três temporadas.A apresentação oficial de Bernd Schuster no Santiago Bernabéu, onde já actuou com as cores da equipa da casa, está marcada para as 13.15 horas em Madrid, menos uma em Portugal.

2 de julho de 2007

A "guerra" do defeso...

A palavra guerra pode até ser um pouco forte, mas não deixa de ser uma verdadeira "guerra" entre os clubes para garantir a presença no plantel dos melhores jogadores, para assim, ser mais fácil atingir os objectivos.

Este defeso, tem sido animado desde o início. Anderson e Nani protagoizaram as transferencias de maior valor monetário até ao momento, mas tem sido no mercado nacional, que as coisas têm estado relativamente quentes.

O Benfica, diziam os jornais, garantiram junto do Pogon e da Inverfutbol, as contratações de Kazmierckzak e Edgar, respectivamente. Entretanto, dias depois é anúnciado que estes dois atletas vão parar aos lados so Dragão. Foi logo veiculada a informação de que o FC Porto "roubou" dois alvos ao arqui-rival, mas do lado encarnado apenas foi dito que não havia interesse nesses atletas, sendo quase de pronto, anúnciadas as contratações de Cardozo, também na órbita portista, e Bergessio, num raide negocial de José Veiga na Argentina. Os encarnados inicíam hoje os trabalhos da pre-temporada, uma vez que têm que preparar com afinco a participação na terceira pré-eliminatória da Champions League. Neste início de trabalhos, estarão presentes quase todos os jogadores que fazem parte do plantel, com excepção de Cardozo, ainda na Copa América, representando o Paraguai e a dúvida Léo, que pediu mais algum tempo, devido a problemas familiares. No seio dos encarnados, subsistem ainda algumas dúvidas no que a activos diz respeito, uma vez que Anderson disse que preferia sair a jogar na direita do eixo defensívo, Karagounis também manifestou vontade de regressar a Itália, Nuno Gomes está a estudar propostas da Lazio e do West Ham, enquanto que subsiste a eterna dúvida Miccoli, uma vez que José Veiga está em Turim para tentar garantir mais um ano de emprestimo do atleta, que também é fortemente desejado no Dragão. Assim sendo, é prioritário contratar mais um médio e um central, pois Luisão, David Luiz e Zoro, que também pode jogar à direita, não são suficientes.

Leões apostam no mercado de leste
O Sporting tem estado um pouco à margem desta guerrilha entre encarnados e azuis e brancos, reforçando-se cirurgicamente. Nani saiu, e deixou uma vaga por preencher, o que poderá acontecer ainda durante esta semana com a chegada de Izmailov, extremo cedido a título de empréstimo pelo Lokomotiv de Moscovo. Outro reforço leonino para o miolo é Simon Vukcevic, que provém do Saturn. O jogador chega a Alvalade depois de uma maratona negocial mais difícil do que era esperado, mas ainda assim o Sporting consegue garantir 50% do passe do atleta por cinco épocas por 2 milhões de euros, com a opção de compra dos restantes 50% pelo mesmo valor, no fim dessas cinco épocas. Gladstone já tinha sido anúnciado há algum tempo, mas poderá haver necessidade de reforçar o sector defensivo, uma vez que o Valência conta com Marco Caneira para a próxima temporada, pondo de parte o cenário do empréstimo, tendo sido veiculada a informação do avanço do Sporting para a compra do passe do atleta. Soares Franco anúnciou que até 4ª Feira será anúnciado um outro reforço para o ataque leonino, mesmo depois de já ter sido garantido o concurso de Derlei, avançado que jogou no Benfica na época finda.
Dragões com pré-temporada conturbada
O mundo azul e branco não está a ser nada pacífico. A suspeição continua na órbita do Dragão, e depois de Pinto da Costa ser formalmente acusado de corrupção em dois jogos, o FC Porto-Beira-Mar e o Nacional-Benfica, para além da suspeição que reina sobre a classificação dos árbitos da época de 2004, a preparação do plantel também não tem sido fácil. Anderson saiu prematuramente do plantel, assim como Vitor Baía, que abandonou o futebol e Ricardo Costa de partida para a Alemanha. Mas há alguns jogadores insatisfeitos no seio do clube. Baía deixou no ar, a ideia de ter sido forçado a abandonar a carreira, Ricardo Costa diz que se estão a perder referencias no balneario portista, e já anteriormente, os pais de Ibson e Bruno Moraes, atacaram a gestão do plantel feita por Jesualdo Ferreira. Se o primeiro não gostou daquilo que o pai disse, já o segundo corroborou tudo aquilo que foi dito, deixando no ar algum mau estar. Em termos de entradas, depois dos já supracitados Edgar e Kazmierckzac, também chegam ao FC Porto, Luís Aguiar, chegando por empréstimo do Liverpool de Montevideu, clube de onde também chegou na época anterior Jorge Fucile. Também chega para o meio campo, mas apenas depois do fim do mundial de sub-20, o talentoso médio Leandro Lima, proveniente do São Caetano. As dúvidas dos azuis e brancos, prendem-se no ataque, onde não se sabe se Miccoli chegará, e onde parece que Helder Postiga poderá sair, pois há interesse do Hertha de Berlim no atleta. Dúvidas também são as permanências de Pepe e Quaresma. O extremo continua a ser assediado pelo Atletico de Madrid, enquanto que o central é cobiçado pela Juventus, podendo aí estar o trunfo para entrada de Miccoli no universo azul e branco, uma vez que Ranieri é confesso admirador das qualidades do central portista. A defesa portista já tinha sido reforçada com a contratação de Lino á Académica, não estando posta de parte a chegada de outro jogador para este sector, no caso de Pepe abandonar o Dragão. As dúvidas portistas, que arrancam com os trabalhos de pré-temporada amanhã, é com os jogadores a colocar. São nada mais nada menos, do que 17 os atletas a emprestar ou dispensar, sendo que vários já têm clube.
A guerra dos pequenos.
Paços de Ferreira e U. Leiria protagonizaram a guerra dos pequenos, neste caso pelo avançado Jessuí. Depois do presidente pacense, acompanhado por José Mota, terem falado com o jogador e garantido que este estaría de corpo e alma no Paços de Ferreira, o jogador acabou por ser contratado pela União de Leiría, que também apresenta o seu plantel hoje. Entre os reforços leirienses, estão os regressados Maciel e Éder. O primeiro por empréstimo do FC Porto, o segundo proveniente do Gama do Brasil. Recorde-se que o central já tinha representado a União, antes de sair para o Boavista.
O Boavista sofreu uma razia no seu plantel, tendo neste momento algumas dificuldades para reconstrui-lo, dificuldades essas que advém de problemas financeiros. As notícias de ordenados em atraso não ajudam em nada, mas ainda assim conseguiu trazer de volta o guardião Carlos, depois de passagem algo aziaga pela Romenia, o extremo ex-Malaga, Edgar, e entre outros, a promessa do Real Massamá, Kifuta.
O Belenenses, depois da época sensacional que devolveu o clube à Europa, também se reforçou, e depois de algumas noticias que davam como certas as transferencias de Rodrigo Alvim e Rubén Amorim, o certo é que ninguém apresentou propostas concretas pelos dois atletas. No entanto, o presidente Azul e o seu treinador, Jorge Jesus, trouxeram mais alguma qualidade ao plantel, com as inclusões, de entr outros ateltas, de Hugo Leal, Devic, que actuou no Beira-Mar e chegou a falar-se de um possível interesse do FC Porto nos seus préstimos e Mendonça, portentoso atacante contratado ao Varzim.
Os regressados Vitória de Guimarães e Leixões, também reformularam os seus plantéis, com vista a uma temporada tranquila. Assim, o conjunto do Mar, optou na maioría, pelo empréstimo de atletas. Aí, o destaque vai para os atletas cedidos pelo FC Porto: Diogo Valente, Ezequias e Paulo Machado estão confirmados, Vierinha, Zequinha e Claudio Pitbull estão próximos. Jorge Baptista, guarda-redes, ex-Gil Vicente também reforça o Leixões, assim como Nuno Diogo (Penafiel) e Tales Schutz (South China)
O Vitória, apostou no mercado brasieliro, com as chegadas de Tiago Ronaldo, Luciano Amaral, Andrezinho e Felipe Tigrão. Mas também se reforçou junto de clubes nacionais, com as chegadas de Fajardo (Naval) e Carlitos (Belenenses). Mrdakovic chega para a frente de ataque, proveniente do Maccabi Telavive, e em termos de empréstimos, João Alves chega do Sporting e Raviola, jogador vendido ao FC Porto há alguns dias, ficará no plantel vitoriano.
O Sp. Braga também se reforçou convenientemente, incluindo nos seus quadros, de entre outros elementos, João Tomás, Cesar Peixoto e Zé Manuel, que abandonou o Boavista a custo zero.