25 de agosto de 2006

A sorte dos portugueses

Realizou-se ontem o sorteio da fase de grupos da Liga dos Campeões. Pela primeira vez na competição, Portugal estará representado por três equipas na maior competição europeia a nível de clubes. FC Porto, Benfica e Sporting, irão com certeza honrar e elevar o nome de Portugal, por essa Europa fora. O FC Porto na qualidade de Campeão Nacional, tentará fazer esquecer a má prestação da época passada, que culminou numa humilhante eliminação logo na fase de grupos. O Benfica tentará provar que a excelente campanha do ano passado não foi obra do acaso, enquanto que o Sporting far-se-á valer da sua juventude e irreverência, para fazer esquecer a Taça UEFA perdida à duas temporadas atrás e a má prestação europeia do ano passado: Depois de cair aos pés da Udinese na 3ª pré-eliminatória da Liga dos Campeões e transitar para a Taça UEFA, seria arredado da fase de grupos da competição pelo Halmstads, da Suécia.
As três equipas nacionais tiveram sortes diferentes. Enquanto que ao FC Porto o sorteio foi mais lisonjeiro, Benfica e Sporting têm ossos duros de roer. Mas será o Sporting que terá a tarefa mais dificultada, depois de cair num grupo com dois colossos do futebol europeu. Mas vejamos o que calhou em sorte aos nossos representantes:

FC Porto

Os azuis e brancos integram o Grupo G, juntamente com Arsenal, CSKA de Moscovo e Hamburgo. O clube alemão é o menos cotado do grupo, mas nem por isso será pêra doce, embora seja acessível para os dragões. O Hamburgo chega a fase de grupos depois de ultrapassar o Osasuna de Espanha, com 0-0 na Alemanha e 1-1 em Espanha. Esta equipa classificou-se na 3ª posição da passada Bundesliga, o que diz bem do seu valor. No plantel, despontam jogadores como o poderoso extremo esquerdo, Rafael Van Der Vaart, o central Kompany, e o iraniano Mahdavikia, que são jogadores de grande valor e que podem decidir uma partida. Recentemente o Hamburgo esteve em foco ao transferir para o Chelsea de Mourinho o lateral Boulahrouz, que ganhou a alcunha de “canibal” depois da entrada duríssima sobre Cristiano Ronaldo, no jogo Portugal-Holanda dos Quartos de final do Campeonato do Mundo.
Outro adversário dos dragões será o CSKA de Moscovo. Os russos voltam a encontrar o FC Porto, depois de terem calhado em sorte em 2004 nesta mesma competição, os russos acabariam por conquistar a Taça UEFA em Alvalade, frente ao Sporting, depois de também eliminado Benfica. Tradicionalmente difícil, o FC Porto acabaria por empatar no Dragão a zero, mas venceria em Moscovo por 0-1. O portentoso lateral/extremo esquerdo Daniel Carvalho e os rapidíssimos avançados Vagner Love e Olic, continuam a integrar o plantel, assim como o guarda-redes de grande futuro Akinfeev e o centro campista Aldonin.
Por último, o FC Porto terá que defrontar o vice-campeão europeu, Arsenal. A equipa de Arsene Wenger está cada vez mais a afastar-se do típico modelo de jogo inglês, adoptando um estilo de jogo mais latino. Este plantel dos “gunners”, que mais parece uma sociedade das nações, integra na sua maioria jogadores franceses (8) e espanhóis (3). Como referencias, temos o central suíço Senderos, o guarda-redes alemão Lehmann e como não poderia deixar de ser o portentoso avançado francês Henry. Mas existem também novos valores a despontar nesta equipa, como o extremo espanhol Reyes ou o centro campista Fabregas, Robie Van Persie, Gilberto Silva ou ainda Rosicky, recentemente contratado ao Borussia Dortmund. Como podemos ver, é um plantel recheado de qualidade, o que faz com que seja o principal candidato a ocupar uma vaga na fase seguinte da Champions League.
Apesar de favorito, a par do Arsenal, o FC Porto terá que ter bastante cuidado, pois qualquer deslize poderá ser fatal. Essencial será vencer os jogos todos em casa, ou pelo menos dois, e tentar amealhar o máximo de pontos possíveis fora, principalmente em Hamburgo e Moscovo. Penso que os Dragões têm todas as condições para seguir em frente, faltando definir apenas a posição que ocuparão no grupo.

Jogos

FC Porto-CSKA Moscovo 13 Setembro
Arsenal-FC Porto 26 Setembro
FC Porto-Hamburgo 17 Outubro
Hamburgo-FC Porto 1 Novembro
CSKA Moscovo-FC Porto 21 Novembro
FC Porto-Arsenal 6 Dezembro

Sporting CP

Dos três grandes, a fava calhou ao Sporting. Se o Grupo A era indesejável, pois teria que defrontar Barcelona e Chelsea no mesmo grupo, o Grupo B não lhe fica atrás. Inter de Milão, Bayern de Munique e Spartak de Moscovo, são os adversários dos Leões nesta fase de grupos. Embora tenha ocupado o Pote 3 no sorteio, julgo que o conjunto de Alvalade será o outsider do grupo. As minhas razões para essa consideração prendem-se com o facto desta equipa ser muito jovem e ainda sem experiência internacional, a nível de clubes. Os jogadores por ventura mais rotinados nesta competição serão Ricardo e Farnerud.
O Inter de Milão é claramente o favorito ao 1º lugar do grupo. Recentemente esteve em Alvalade para a apresentação do Sporting aos seus associados, e deixou excelentes indicações, principalmente das novas vedetas que constituem o plantel às ordens de Mancini. Jogadores como Toldo, Maicon, Vieira, Figo, Grosso, Adriano, Martins ou Ibrahimovic, fazem desta equipa interista um adversário difícil de roer, tanto mais que nos últimos anos tem-se cruzado sempre no caminho dos três grandes, e tem levado sempre a melhor.
O Bayern de Munique é o outro candidato a ocupar uma vaga na fase seguinte. Com um plantel sem grandes alterações, a única contratação mais sonante foi a da estrela emergente do futebol germânico, Lucas Podolski. Tentou também contratar Van Nistelrooy, de saída do Man. United, mas perdeu a corrida para o Real Madrid. Kahn deverá continuar na baliza, Lúcio continuará a ser o patrão da defesa, e Podolsky junta-se a Makaay, Pizarro e Santa Cruz na frente de ataque. Outros destaques dos Bávaros, são Schweinsteiger, jogador de má memória para Portugal, no Mundial 06, Hargreaves, que depois da perda de Ballack para o Chelsea, deverá assumir-se como patrão do meio campo. No entanto este jogador parece querer abandonar também o clube, para rumar ao Man United, mas a direcção dos bávaros mantém-se irredutível na intenção de manter o jogador.
O Spartak de Moscovo, que já defrontou os leões nesta mesma competição, em 00/01, com dias vitórias, uma por 3-0, outra por 3-1, será sempre um adversário difícil, principalmente no jogo na Rússia. O defesa central Rodriguez é uma das principais estrelas, mas também Shiskin, seu companheiro no eixo defensivo, Kalynychenko ou o portentoso avançado argentino Cavenaghi, serão obstáculos de peso para os leões. Esta equipa do Spartak deverá rivalizar com o Sporting por uma vaga na Taça UEFA.

Jogos

Sporting-Inter Milão 12 Setembro
Spartak Moscovo-Sporting 27 Setembro
Sporting-Bayern Munique 18 Outubro
Bayern Munique-Sporting 31 Outubro
Inter Milão-Sporting 22 Novembro
Sporting-Spartak Moscovo 5 Dezembro

SL Benfica

Os encarnados ficaram agrupados no Grupo F, juntamente com Manchester United, Celtic e FC Copenhaga.
De todos os adversários, o mais acessível deverá ser mesmo a formação escandinava, no entanto este adversário deverá ser respeitado, pois na 3ª pré-eliminatória, acabou por elimina o Ajax. Depois de perder em casa por 1-2, a deslocação à Holanda revelou-se bastante gratificante, e depois de uma concludente vitória por 0-2, estará presente pela primeira vez na fase de grupos desta competição. Silberbauer, tornou-se herói em Copenhaga, devido ao golo marcado ao Ajax, uma vez que o segundo golo dos dinamarqueses foi da autoria de Vermeer, na própria baliza. O centro campista Linderoth e o dianteiro Allback, são os jogadores mais conhecidos deste estreante na fase de grupos.
O Celtic está ao alcance do Benfica. Já sem Larsson na frente de ataque, um dos crónicos candidatos ao título escocês, perde força neste sector, embora tenha recentemente contratado Venegoor Of Hesselink, ao PSV Eindhoven. De referir que este jogador andou durante algum tempo nas cogitações do FC Porto, podendo estar na origem da demissão de Adriaanse. Com uma equipa praticamente diferente daquela que foi derrotada pelos dragões em 02/03 na final da Taça UEFA, em Sevilha, apenas o centro campista Lennon figura no onze tipo, os escoceses têm uma equipa forte, com o extremo japonês Nakamura, como expoente máximo, onde também despontam Jarosik, ex-Chelsea e os já citados Lennon e Hesselink. Será uma boa oportunidade para o Benfica vingar o jogo dos oitavos de final da Taça dos Clubes Campeões Europeus de 69/70, onde os encarnados acabariam por ser eliminados da prova, imagine-se, por moeda ao ar, depois de terem sido derrotados por 3-0 no jogo da primeira mão e terem vencido por 3-0 na segunda mão dessa eliminatória.
O Manchester United volta a estar no caminho dos encarnados. Desta vez deverão abordar os jogos com o Benfica com mais respeito pelo clube português, depois de terem sido eliminados das competições europeias na última temporada em pleno Estádio da Luz, com uma derrota por 2-1. Com poucas mexidas no plantel, acaba por ser o sector atacante que está com um índice de perigo mais reduzido, depois da saída de Van Nistelrooy para o Real Madrid. A contratação mais sonante dos Red Devils foi o centro campista Michael Carrick. Neste momento o United tenta reforçar o meio campo com Hargreaves, mas o negócio não se afigura nada fácil, muito por culpa da transferência do avançado holandês para Espanha, quando estava praticamente tudo certo para o jogador rumar a Munique. Cristiano Ronaldo continua a brilhar, assim como Rooney. Na defesa Rio Ferdinand continua a ser o patrão, e a baliza continua bem entregue a Van der Sar.

Jogos

FC Copenhaga-Benfica 13 Setembro
Benfica-Manchester United 26 Setembro
Celtic-Benfica 17 Outubro
Benfica-Celtic 1 Novembro
Benfica-FC Copenhaga 21 Novembro
Manchester United-Benfica 6 Dezembro

Em jeito de conclusão, arrisco a dizer que apenas o FC Porto terá a passagem aos oitavos de final praticamente certa. O Benfica, se mostrar os índices que demonstrou na última edição da prova, também pode estar presente na fase seguinte. O Sporting terá que esperar uma má prestação de algum dos grandes que ocupa o grupo, para aspirar a estar na fase seguinte. No entanto tudo é possível e por vezes o futebol tem o condão de surpreender pela positiva. Resta-me só desejar boa sorte aos três representantes portugueses e que consigam fazer o melhor possível, tanto por Portugal, como pela imagem do futebol português.

Os restantes grupos

Nos restantes grupos, há emparelhamentos curiosos, como no Grupo A, onde estão integrados, Barcelona e Chelsea. Este era certamente um grupo a evitar, não só pelas equipas portuguesas, mas também pelas restantes. No entanto a fava caiu ao Werder Bremen da Alemanha e ao Levski de Sófia da Bulgária. Obviamente que os favoritos são os dois primeiros, tanto mais que o Barcelona é o detentor do troféu e o Chelsea um crónico candidato a vence-lo. Mourinho criticou a UEFA, por esta não ter dado o estatuto de cabeça de série, ao campeão inglês, pois assim evitaria defrontar um clube forte. Ainda assim, os vice campeões alemães têm um excelente plantel, e podem intrometer-se na luta pela passagem a fase seguinte.

De todos os grupos, o que me parece mais equilibrado é o Grupo C, que engloba o Liverpool, o PSV Eindhoven, o Bordéus e o Galatasaray. Se não houver surpresas os candidatos à passagem a fase seguinte são precisamente ingleses e holandeses, mas o vice campeão francês, também tem uma equipa bastante forte, assim como o Galatasaray, que costuma intrometer-se entre os favoritos, já para não falar no infernal ambiente que os adversários encontram na Turquia. Koeman irá estar presente pela segunda vez na competição, desta vez como treinador do PSV.

No Grupo D coabitam Valência, Roma, Olimpiacos e Shakhtar Donetsk. Dos ucranianos, já vimos um bocadinho e sabe-se que são um adversário difícil, principalmente em casa. O Valência será favorito á passagem a fase seguinte, juntamente com a Roma, que beneficiou do Calciocaos, para estar presente nesta competição. No entanto o Olimpiacos tem demonstrado ao longo dos anos que é uma equipa dificílima de bater, principalmente em casa.

No Grupo E, Real Madrid, Lyon, Steua de Bucareste e Dínamo de Kiev, vão medir forças pela passagem aos oitavos de final. Espanhóis e franceses já se defrontaram na passada edição da competição, com vantagem para o Lyon. Esta equipa francesas esta em crescendo, e é uma equipa bastante forte, o que faz dela incomoda, até para um clube como o Real Madrid. Tiago, Juninho Pernambucano, ou Wiltord, serão dores de cabeça para os restantes adversários. Os romenos do Steaua regressam a Liga dos Campeões, competição que já venceram. O guardião Carlos, que se transferiu em Dezembro ultimo, terá uma oportunidade de se mostrar na maior montra do futebol internacional a nível de clubes. O Dínamo de Kiev será também um adversário difícil, pelas mesmas razões dos restantes clubes oriundos desta zona do globo. Os principais candidatos à passagem aos oitavos, são, naturalmente, Lyon e Real Madrid, no entanto o Dínamo de Kiev terá uma palavra a dizer. Os romenos deverão ser o outsider do grupo.

Por último, o Grupo H. Este grupo inclui o AC Milan, outro dos clubes beneficiados pelo Calciocaos, Lille, AEK de Atenas e Anderlecht. Os italianos deverão ter presença garantida na fase seguinte, deixando a outra vaga à disposição de qualquer um dos restantes integrantes do grupo, tendo no entanto vantagem o Lille. Os franceses defrontaram o Benfica na última edição da competição, e deixaram boas indicações. AEK e Anderlecht serão outsiders, tanto mais que os belgas têm um fraco pecúlio na competição. Quanto aos gregos, demonstraram excelentes recursos frente ao Benfica, ainda na pré-temporada, e poderão discutir com o Lille a passagem aos oitavos de final.

24 de agosto de 2006

O balanço da pré-época dos três grandes (3)

Sporting CP

Dos três grandes, o Sporting foi aquele que iniciou os preparativos para a nova época mais tarde. No dia 14 de Julho, toda a comitiva leonina reunia-se em Alvalade, para os habituais testes médicos de início de temporada. O estágio dos leões decorreu calmamente na Academia, e o primeiro jogo de preparação, contra o Real SC, saldou-se numa vitória por 6-1, a primeira e única goleada da pré temporada leonina.
Em termos de reforços, o plantel do Sporting sofreu muito poucas entrada, e aqueles que têm o privilégio de fazer parte do plantel, foram cirurgicamente contratados. Paredes, Farnerud e Carlos Bueno, são caras novas no plantel, oriundos de outros clubes. Até agora, Paredes, é o único destas três contratações que tem lugar garantido no onze de Paulo Bento, acrescentando experiência e qualidade a um meio campo jovem e talentoso como é o meio campo leonino. Farnerud será uma boa opção para o decorrer das partidas e Bueno também será uma boa opção para o ataque, no entanto, não deverá ser o titular, ficando o seu lugar ao lado de Liedson, ocupado por Yannick Djaló, uma das revelações desta pré temporada. E é mesmo em termos de formação que o Sporting apostou esta temporada. Submetidos a um rigoroso valor orçamental, já a algumas temporadas, o Sporting tem feito do viveiro de Alvalade, a sua principal fonte de abastecimento de jogadores. Só nesta temporada irão estar dois jogadores provenientes dos juniores leoninos, são eles o guarda-redes Rui Patrício e o lateral esquerdo Ronny, aos quais se juntam alguns jogadores que estavam a rodar noutros clubes, casos de Yannick Djaló e Miguel Veloso. No total, o plantel do Sporting terá incluído dez atletas formados nas escolas leoninas: Rui Patrício, Marco Caneira, Miguel Garcia Miguel Veloso e Ronny, Custódio, Carlos Martins, João Moutinho e Nani, e por ultimo, Yannick Djaló. Com estes números os dirigentes leoninos podem-se congratular com a excelente escola de formação que possuem e ainda com os excelentes jogadores que já produziram, casos de Luís Figo, Cristiano Ronaldo, Simão ou Quaresma, que agora espalham o seu perfume noutras paragens.

Quanto a pré temporada propriamente dita, terá sido a melhor pré-época leonina dos últimos tempos e sem duvida a melhor dos três grandes. O Sporting realizou 7 jogos de preparação e alcançou 5 vitórias e dois empates, tendo totalizado em golos 18 marcados e apenas 4 sofridos. Este score, torna-se mais evidente depois de vermos os adversários do Sporting: Benfica, Dep. Corunha, Sevilha, que é o detentor da Taça UEFA, e o Inter de Milão na apresentação. Mais acessíveis foram o Real SC e o Rec. Huelva.
O Sporting baseou a sua pré-época em dois torneios que venceu com clareza. Foram eles o Internacional do Guadiana, onde defrontou e venceu o Benfica e Corunha, por 3-0 e 1-0, respectivamente. O jogo com os encarnados, foi o primeiro teste a doer para o Sporting, até porque o Benfica já vinha com mais 24 dias de preparação. Mas nem por isso os leões se inibiram e aplicaram chapa 3, com Djaló em grande destaque ao apontar dois golos ao rival da 2ª Circular. O jogo com o Corunha foi o de consagração, e Sporting bateu os espanhóis por 1-0. Uma das melhores partidas dos leões foi em Braga, na apresentação do Sp. de Braga. O jogo terminou com o empate a uma bola, mas deixou excelentes impressões para aquilo que pode ser o campeonato leonino. Raça e vontade dos mais novos, aliados ao engenho e talento dos mais antigos, fizeram uma mistura quase explosiva, não fosse o pouco tempo de trabalho que o Sporting tinha. Mais tarde no Torneo Colombino, mais duas vitórias e mais um troféu. A vitória sobre o Sevilha foi a mais importante, tanto que os espanhóis são os detentores da Taça UEFA, conquistada frente ao Middlesbrough. O jogo com o Huelva, foi para cumprir calendário, mas nem por isso deixaram os seus créditos por mãos alheias e aplicaram mais 3 golos sem resposta.

Neste momento, Paulo Bento irá ter inúmeras dores de cabeça para constituir o onze base do Sporting para o campeonato, principalmente no miolo do terreno, pois é o sector mais bem fornecido e aquele que mais qualidade detém. Custodio, Paredes, João Alves, Carlos Martins, Farnerud, Tello, Nani, João Moutinho e Romagnoli, lutarão por um lugar no onze, e apenas 4 destes formarão o onze inicial. Paulo Bento poderá ter dado algumas indicações de qual será o onze que iniciará a época, no jogo de apresentação na passada 2ª Feira, frente ao Inter de Milão. Nesse jogo alinharam Ricardo na baliza, Miguel Garcia, Tonel e Caneira, Custódio, Paredes, Carlos Martins e João Moutinho, Liedson e Bueno.
Em termos de plantel, o Sporting terá o melhor, em termos de soluções para todas as posições. Mas nem por isso parte como principal favorito à conquista do título, e terá que medir forças com o FC Porto e o Benfica, e também com os demais concorrentes. Um dos pontos a favor de Paulo Bento é a juventude do plantel, o que se traduz em mais vontade mas que nem sempre acaba por ser bom, pois apesar de ser um plantel jovem não tem muita experiência em termos internacionais, o que pode condicionar uma boa prestação na Liga dos Campeões, apesar de no plantel estarem jogadores que estão habituados a estas andanças, casos de Ricardo, Paredes e Farnerud. No entanto, para consumo interno, parece-me um plantel bastante capaz para bater o pé aos Campeões Nacionais, e com isso lutarem até ao fim pela conquista do título, que foge de Alvalade a algumas épocas.

O positivo da pré-época

São vários os factores positivos da pré temporada leonina. Desde logo a manutenção da estrutura da época passada, com Paulo Bento ao leme. É muito importante que Paulo Bento comece a época, pois assim pode moldar o plantel aos seus ideais. É positivo também o facto de não ter saído nenhum jogador da espinha dorsal leonina e ainda a manutenção de Caneira no plantel, pois ele é um jogador polivalente, tanto actua a lateral como a central, mas é a nível de estabilidade defensiva e de uma boa incorporação nos movimentos atacantes, que o jogador se distingue. Não podia deixar de ser referenciado como positivo o facto do Sporting apostar na cantera, em vez de partir para o mercado e comprar soluções duvidosas ao desbarato. Jogadores como Miguel Veloso, Ronny ou Yannick, demonstraram ser excelentes alternativas aos principais candidatos à sua posição, o que pode deixar os responsáveis leoninos descansados e com a certeza de que num futuro próximo, irão ser bastante rentáveis, tanto a nível desportivo como financeiro.

O negativo da pré-época

Não há praticamente nada a apontar como factor negativo. Houve apenas um caso que marcou o início dos trabalhos leoninos, devido a rábula Moisés. Este jogador chegou ao Sporting para ocupar uma posição no eixo da defesa, mas depois de alguns dias ao serviço dos leões, acabaria por ser dispensado, devido a um castigo aplicado pela FIFA ao jogador, por este ter alegadamente rescindido um contrato com um clube russo à dois anos atrás, aparentemente sem justa causa. Esse castigo iria impedir o jogador de actuar pelo Sporting durante 4 meses, e os dirigentes alegaram má fé do atleta em não lhes ter contado que estava com esse problema, apresentando então uma rescisão com justa causa.
Outro ponto negativo, poderá ser o facto de o plantel leonino ter ausência de extremos, o que limitará o Paulo Bento a usar o 4x4x2, não podendo jogar pelas alas. Carlos Martins e Nani, poderão ocupar essa posição, mas serão sempre opções de recurso sem garantias de sucesso.

21 de agosto de 2006

Revelações

O futebol está de volta, os principais campeonatos dão o pontapé de saída e a verdade é que novas estrelas começam já a despontar.
Escrevo este post, com o intuito de “dar a conhecer” 2 jogadores que começam a dar passos firmes no Futebol Profissional, e rumo a uma carreira sem limites.



Rio Mavuba
Posição: Médio posicional
Clube: Bordéus
Nacionalidade: Francesa (nasceu em Angola)
Idade: 22 anos
Altura: 1m71cm
Peso: 64kg


Para aqueles que foram seguidores do Euro Sub21 em Portugal, este nome não é desconhecido.
Mavuba liderou a França na competição Sub21 de 2006, num Europeu que parecia destinado á glória e que acabou numa grande desilusão. No entanto, vários jogadores da selecção Francesa deixaram um excelente cartão de visita, e aquele que ,na minha opinião, mais se destacou é este médio do Bordéus.
Mavuba joga no centro do meio campo, capaz de jogar como interior ou numa posição mais natural como trinco. Apesar de jovem é já titular indiscutível do Bordéus desde a época 2003/04, e desde então pegou de estaca e nunca mais largou a titularidade, assumindo-se como um jogador preponderante no ressurgimento do Bordéus na Liga Francesa. Não é um jogador com capacidade para fazer muitos golos, alias em termos de Liga Francesa só conseguiu apontar 1, no entanto, garante uma solidez defensiva fantástica, funcionando como um tampão defensivo no meio campo.
Como grandes características Mavuba apresenta um sentido posicional fora do comum, e tem uma disponibilidade física assombrosa.
Com a renovação da selecção ,finalista do Mundial 2006, operada por Domenech, Mavuba passou a integrar os trabalhos da selecção principal francesa, ao mesmo tempo que vai somando jogos como titular no início de temporada em França.
Estaremos perante um novo Makelélé?



Marcelo Júnior
Posição: Lateral esquerdo
Clube: Fluminense
Nacionalidade: Brasileira
Idade: 18 anos
Altura: 1m74cm
Peso: 73kg





Marcelo ou “Robertinho Carlos”. Este menino de 18 anos é a mais recente revelação do Campeonato Brasileiro, assumindo-se como o substituto natural de Roberto Carlos.
Este jovem, é um lateral esquerdo bem á imagem de Roberto Carlos, pois é extremamente ofensivo, veloz e capaz de desequilibrar na faixa esquerda.
Cruza e remata com grande facilidade, e demonstra toda a sua qualidade sobretudo num esquema de 3x5x2, embora também se integre num esquema mais clássico onde é capaz de fechar defensivamente com qualidade e sem sobressaltos.
É ,então, um jogador que gosta de sair de trás para desequilibrar mais á frente dando um dinamismo tremendo as alas. Leva 24 jogos e 5 golos no “Flu”, e é já uma presença nas convocatórias do novo seleccionador Carlos Dunga, na selecção do Brasil.


Em breve falarei de mais revelações...

20 de agosto de 2006

Os dilemas do Professor!

No regresso á escrita, creio que será um bom exercício falarmos dos futuros dilemas de Jesualdo Ferreira.

Depois de uma conturbada saída do Boavista, Jesualdo será anunciado amanha como treinador do FC Porto, sucedendo ao demissionário Adriaanse.
A verdade é que recebe uma herança pesada e sobretudo difícil: tem apenas uma semana para preparar a equipa para o campeonato, passa a orientar uma equipa campeã, vencedora da Taça e Supertaça, os adeptos exigem uma boa campanha na Champions e por último recebe uma equipa moldada em 3x3x4 ou 3x4x3, modelo de jogo pouco usual em Portugal.


Jesualdo parece-me uma escolha acertada.
Num espaço tão curto que antecede o início do campeonato, o Porto recorre a um técnico Português, que conhece o campeonato, o clube e os jogadores bastante bem, o que lhe permitirá uma avaliação daquilo que terá que ser feito mais rápida e possivelmente com menor “taxa” de erro.
No entanto, a implantação de um novo modelo e portanto de um novo sistema táctico e novas filosofias não se adivinha fácil.

É verdade que o FC Porto possui um plantel com diversas opções de qualidade, plantel esse bastante versátil e capaz de se “ajustar” ,pelo menos em termos de número de opções por posição, aos diferentes figurinos tácticos.
No entanto, o azar bateu á porta do plantel portista e as primeiras dores de cabeça de Jesualdo serão na defesa.
Com a chegada de Jesualdo, a possibilidade de continuar a jogar com 3 defesas parece esfumar-se. Assim sendo, o Porto voltará a actuar de uma forma mais tradicional, ou seja, com 2 laterais e 2 centrais. E é aqui que tudo se complica.
Para a lateral direita, o clube possui apenas Bosingwa (jovem com talento mas ainda com muito para crescer). É verdade que Ricardo Costa ou até Pepe podem ocupar essa posição, mas aqui chegamos ao problema dois: a falta de soluções para o centro da defesa portista.
João Paulo e Pedro Emanuel estão lesionados, sobrando apenas Pepe, Ricardo Costa e Bruno Alves, sendo que este último não me parece uma solução credível para a defesa portista. Assim, o Porto conta com Bosingwa, Pepe e Ricardo Costa como soluções únicas para 3 vagas da defesa. É francamente pouco, e poderá causar grandes dificuldades ao técnico portista.
Em relação á posição de lateral esquerdo, o leque de opções é maior, estando Cech na “polé” para a titularidade ficando Ezequias á espreita (ele que poderá ser utilizado como central…numa opção de recurso).


No meio campo, novos dilemas surgem para Jesualdo.
Tudo indica que o Porto não actue com 4 médios mas sim com 3, num 4x3x3 ou uma sua variante.
Assim sendo, Jesualdo terá Raul Meireles, Paulo Assunção, Ibson, Lucho, Jorginho e Anderson para 3 vagas. E se tivermos em conta a grande pré-temporada de Ibson e a explosão de Anderson, percebemos que Jesualdo terá uma dor de cabeça saudável no que toca a escolhas.
Á primeira vista, P Assunção, Lucho e Anderson parecem sair em vantagem, mas Ibson e Raul Meireles estão á espreita, e as prestações recentes destes 2 atletas mereciam ser recompensadas com a titularidade.

Mas então, se neste leque vários jogadores merecem a titularidade, porque não jogar em 4x4x2 em losango? Seria uma opção credível, mas o Porto parte para esta época com várias soluções nas alas, algo que não acontecia no passado. E se é verdade que nenhuma das opções á excepção de Quaresma, tem a titularidade garantida, como encaixar o “Harry Potter” no 4x4x2? A única opção seria dar-lhe liberdade atacante actuando como 2º avançado, algo que não me parece credível.
Conclusão, Jesualdo terá sempre que optar por jogar com alas, de forma a encaixar Quaresma (uma das grandes mais valias da equipa) e um outro ala, o qual puderá ser Alan, Diogo Valente (parte em desvantagem), Tarik ou o surpreendente Vieirinha, que tem demonstrado qualidades para garantir desde já a titularidade.

Chegamos por fim ao ataque.
Muito se falou na necessidade de contratar um novo ponta de lança, mas com a saída de Adriaanse essa necessidade parece desaparecer.
Em primeiro lugar, porque a saída do Holandês “garante” duas novas opções para o ataque portista. Hélder Postiga foi reintegrado e Lisandro terá finalmente a hipótese de jogar na sua posição de raíz. Por outro lado, existe ainda Adriano e a revelação Bruno Moraes, que tem dado mostras de puder ser uma opção credível. O clube conta ainda com Sokota.
No fundo são 5 opções para ,possivelmente, um lugar. É verdade que nenhum destes jogadores parecem ter a qualidade de Benni McCarthy, mas creio que dão garantias de qualidade e de competitividade no ataque do Porto.
E mesmo que a opção de Jesualdo passe por 2 avançados, cinco opções para duas vagas é o ideal.

Concluímos portanto, que Jesualdo Ferreira tem um longo trabalho pela frente. Em primeiro lugar terá que ganhar a confiança do grupo e assumir a sua liderança, posteriormente terá que moldar a sua equipa lentamente e sem cortes radicais súbitos com o passado, de forma a incutir o seu modelo de jogo sem criar quebras de rendimento na equipa, que mesmo assim irão existir.
Adivinha-se que a filosofia de jogo dos portistas será alterada substancialmente, pois em primeiro lugar o esquema apresentará 4 defesas e em segundo pois Jesualdo é um treinador mais realista, pragmático e trabalha as suas equipas a partir de trás.
O Porto deverá apresentar-se com um figurino perto do 4x3x3 clássico, 3 defesas, 1 trinco, 2 interiores, 2 extremos e um ponta de lança. Assim sendo, as alterações posicionais não serão muitas e o reajustamento da equipa poderá ser conseguido de forma tranquila e sem grande turbulência.
Resta então saber, como Jesualdo e a direcção Portista, resolverão as lacunas defensivas do seu plantel e de que forma jogadores como Raul Meireles e Ibson aceitarão o banco sem patentearem desmotivação e descontentamento.

Será um trabalho aliciante e sobretudo um desafio para o Professor Jesualdo, e será sem dúvida uma caminhada bastante interessante de assistir, por parte de quem se interessa por todas estas questões de organização de uma equipa e pela implantação de um novo modelo de jogo.

18 de agosto de 2006

O balanço da pré-época dos 3 grandes (2)

FC Porto

O FC Porto deu inicio a sua pré-época a 10 de Julho. Ainda as coisas estavam a aquecer, e já o Campeão Nacional entrava a ganhar e logo de goleada ao Cerveira por 17-0 (!), números que só se explicam devido ao facto do adversário ser amador. O estágio de pré temporada seria realizado em De Lutte, na Holanda, e os azuis e brancos partiriam a 17 de Julho. Logo no dia seguinte realizaram o primeiro jogo em terras holandesas, batendo os amadores do Rohda Raalte por 6-0, mas a diferença de golos poderia ter sido maior, caso os portistas tivessem a pontaria mais afinada. Alias, este seria um factor que mais tarde traria alguns dissabores ao conjunto portista. Os jogos amigáveis foram-se sucedendo e com eles o grau de dificuldade também foi aumentando. O primeiro jogo mais difícil, foi contra o Groningen, e logo saltaram a vista, os problemas do 3x3x4 de Adriaanse, contra equipas mais fortes, e o resultado acabaria por ser um 2-2, mas com o FC porto a correr sempre atrás do prejuízo e demonstrando algumas lacunas, tanto a nível ofensivo, como defensivo. Pelo meio mais dois jogos contra equipas de calibre menor, e mais duas goleadas, primeiro por 9-0, ao Stevo e depois 13-0 ao Rigtersbleek. Nesta fase do estágio, dois jogadores iam sobressaindo, eram eles Anderson, que confirmou todas as credencias que trazia consigo, quando ingressou nos azuis e brancos na reabertura do mercado, em Dezembro, e Bruno Moraes, que depois de estar algum tempo lesionado, parecia afirmar-se através dos golos que marcou, tentando assim suprimir algumas ausências neste sector, pois Adriaanse não contava com Hélder Postiga, Hugo Almeida já fora emprestado ao Werder Bremen, e McCarthy vendido ao Blackburn. Aliás, um dos factores que pode tornar esta equipa do FC Porto um caso sério, tanto a nível interno, como externo, é o facto de não ter saído nenhuma peça nuclear do onze base da época passada, e aqueles que saíram, serem apenas opções de recurso, ou mesmo não utilizáveis, caso de Diego.

Depois de defrontar o Heracles, em mais um jogo pobre, que terminou com vitória portista por 1-0, os azuis e brancos rumaram a Portugal, para então se apresentarem aos sócios. O Adversário escolhido foi a Roma, e o jogo terminou com um magro 1-0, a favor do FC Porto, mas deixou a impressão de que poderiam ter sido mais, caso os avançados estivessem mais eficazes.
Não foi novidade para ninguém o facto de Adriaanse querer um avançado com experiência para completar o plantel. Ao grupo do ano passado, juntaram-se João Paulo, que veio do Leiria, Ezequias proveniente da Académica, Diogo Valente, que veio do Boavista, Tarik Sektiui, do AZ Alkmaar e Vieirinha, promovido da equipa B. Nenhum destes atletas joga na posição de 9, pois dois são jogadores mais defensivos e os restantes jogam pelas alas, o que beneficia o esquema utilizado, embora o FC Porto tivesse varias soluções para essa posição, nomeadamente Alan, Quaresma, Anderson ou Jorginho. Depois da dispensa de Hugo Almeida e da quase dispensa de Postiga, aliada à venda de McCarthy, era portanto imperativo comprar um jogador para jogar no vértice do ataque, ou seja, um finalizador, um homem de área, que correspondesse aos cruzamentos, e materializasse as jogadas de ataque em golo. Alguns foram os nomes avançados pela imprensa, nomeadamente o nome de Vennegoor of Hesselink, jogador do PSV Eindhoven, que só não rumou ao Dragão devido a um desacordo de verbas: os holandeses queriam qualquer coisa como 8 milhões de euros, o FC Porto só estava disposto a pagar 6 milhões. Ninguém cedeu, e o negócio não se realizou. Mas mais nomes foram falados. Diego Tristan, jogador do Corunha, também foi falado pela imprensa, embora tenha sido a titulo meramente especulativo, pois nunca houve um interesse declarado dos dragões no jogador, nem o técnico nunca falou nele, Miccoli também foi falado, embora Pinto da Costa tenha vindo dizer depois, que o único interesse que o FC porto tinha no atleta, era que ele não viesse a titulo definitivo para os rivais de Lisboa, o SL Benfica. Mais recentemente falou-se também num atleta colombiano, Renteria de seu nome, mas já foi negado qualquer contacto com o jogador. O certo é que não houve ponta de lança para Adriaanse, que não gostou, e assim os azuis e brancos partiram novamente para a Holanda, disputar o Torneio de Amesterdão, juntamente com Ajax, Man. United e Inter de Milão.

A participação do FC Porto neste torneio foi bastante péssima, tendo perdido os dois jogos efectuados, frente ao Man. United e Inter de Milão, tendo sofrido 6 golos e marcados apenas 3. Neste torneio ficou bem patente que algo não estava bem entre departamento técnico e direcção, pois começaram numa troca de palavras que terminaria mal. Após o jogo com United, Adriaanse voltou a fazer referência à necessidade de contratar um ponta de lança, sob pena de jogar bonito e de perder, por falta de eficácia dos jogadores. É certo que o FC Porto fez um bom jogo, talvez um dos melhores desta pré temporada, com Pepe a apontar o melhor golo do torneio, com um remate do meio da rua. Mas as lacunas defensivas também foram enormes, e começava-se a provar que este esquema de 3x3x4 poderia não funcionar na Europa, pois as equipas não jogam tão fechadas como em Portugal e quase todas jogam com dois dianteiros, o que dificulta, e bastante, principalmente se a equipa não estiver bem rotinada. Mas as dúvidas seriam dissipadas no dia seguinte com nova derrota, esta por 3-2, e com a agravante de os azuis e brancos terem sofrido dois golos em 1 minuto, algo que não me lembro que tenha acontecido. No fim da partida Adriaanse voltou a falar no ponta de lança, foi confrontado com declarações do presidente de que não haveria dinheiro +ara o jogador que ele queria, e então Adriaanse voltou a ripostar, dizendo que “então vamos jogar bonito e não vamos ganhar”. A partir deste momento o clima direcção-tecnico, já tinha visto melhores dias, e quando Pinto da Costa aterrou em Portugal quando confrontado com as declarações do técnico, respondeu dizendo-se surpreendido com o facto de o FC Porto ter sofrido 2 golos num minuto, e que o treinador tinha que trabalhar com os jogadores que tinha à disposição e que não haveria ponta de lança para ninguém.

O plantel portista ainda ficaria na Holanda para disputar mais um jogo, e depois seguiria viagem para Inglaterra, para mais dois jogos amigáveis, antes do primeiro jogo oficial, já no Sábado, frente ao Vit. de Setúbal, a contar para a Supertaça Cândido Oliveira.
O jogo que o FC Porto realizou na Holanda, foi o último de Adriaanse ao comando técnico da equipa. Embora os azuis e brancos tenham vencido por 2-5, o técnico não terá gostado da atitude dos atletas, aos quais passou um valente raspanete, segundo a comunicação social. A hora do jantar, o técnico portista terá sugerido que a equipa técnica jantaria primeiro e só depois os jogadores, o que motivou que vários atletas não tivesse tomado a refeição. No dia seguinte, Adriaanse apresentaria a sua demissão, alegando falta de crença de alguns elementos do grupo no seu trabalho, e esta foi aceite pela direcção, o que comprova que as relações já não eram as melhores.

Acaba assim, sem glória, o reinado do general. Adriaanse sempre foi um homem de convicções fortes, defendendo o seu ponto de vista até as ultimas consequências, como fez com o sistema de jogo, mas desta vez não conseguiu levar a água ao seu moinho, e a corda partiu para o seu lado. O pior que se pode fazer é iniciar uma guerra contra o próprio chefe, pois o trabalhador sai sempre queimado. Adriaanse pôs à prova PC e acabou perdendo todo o seu apoio, o que levaria inevitavelmente à sua demissão. Pena o timming em que aconteceu, pois a duas semanas do início do campeonato, o sucessor terá muito pouco tempo para fazer o seu trabalho.

Positivo da pré-temporada

Vendo a situação actual da equipa, com um treinador interino, o positivo mesmo será o facto de o FC Porto ter mantido a estrutura base da época transacta, e de a equipa não se ter abalado com a demissão do treinador e ter vencido os dois jogos em solo inglês. Apenas McCarthy era a peça, das que saíram, mais usada por Adriaanse, embora só a partir da segunda volta. Um factor positivo também é o facto de Postiga ter sido reintegrado no plantel portista e de poder ter sido encontrada, pelo menos para já, a solução atacante que Adriaanse queria. Sabe-se agora que a direcção portista terá tentado junto Werder Bremen, promover o regresso de Hugo Almeida, mas os alemães negaram essa opção. Positivo também é saber que pode já estar escolhido o sucessor, e que ele será Jesualdo Ferreira, que estava ao comando técnico do Boavista. Esta será uma boa opção? Só o tempo o dirá… Certo é que, embora a ideologia táctica não seja a mesma pois Jesualdo privilegia o 4x4x2 e o 4x3x3, é um treinador com vocação ofensiva e com algum currículo, conquistado ao serviço do Sp. de Braga e que lhe valeu a ida para o Boavista.

Negativo da pré-temporada

De facto o factor negativo desta pré-época portista é a demissão de Co Adriaanse do comando técnico. Não pela demissão em si, mas pelo timming em que é formalizada e pelos motivos que a envolvem. Não é muito difícil de prever o que pode acontecer, tanto mais que a duas épocas os azuis e brancos viveram situação semelhante, com Luigi Del Neri, tendo que o substituir por Victor Fernandez, precisamente a uma semana do jogo da Supertaça, na altura, frente ao Benfica. É certo que os dragões venceriam essa taça, mas perderiam o campeonato e não fizeram uma época normal, conhecendo ainda mais um treinador. É certo que as coisas não acontecem duas vezes seguidas, mas Adriaanse tinha uma filosofia de jogo que poucos treinadores têm. Neste momento, e para não haver um choque de mentalidades, o ideal seria contratar um treinador que jogasse basicamente no mesmo sistema, estando então Pekerman no topo das escolhas, pois com a Argentina no mundial, o esquema usado pelo técnico foi o 3x4x3. Mas ao que tudo indica a escolha dos dirigentes caiu em Jesualdo Ferreira. Será talvez a ultima oportunidade deste técnico orientar um grande do futebol português, depois de ter treinado o Benfica, mas sem atingir grande sucesso, tendo depois ido para Braga, para ai sim, desenvolver um excelente trabalho.
É negativo também, o facto de o esquema de jogo do FC Porto ter falhado contra equipas mais fortes ou de valor semelhante. Ficou comprovado que para consumo interno, o esquema poderia chega, mas para ser usado na Liga dos Campeões, não seria uma boa opção. Adriaanse não tinha nenhum esquema alternativo, pois nunca usou mais nenhum durante o estágio, e aqui o Benfica leva vantagem, pois os seus responsáveis conseguiram suprimir essa lacuna a tempo de ser adquirido um novo esquema. Mas vai ter que se aguardar pelo novo treinador para ver o que irá ser feito.
Não posso deixar de apontar como negativa a venda do Diego. Primeiro porque o FC Porto gastou 7 milhões na sua contratação e vendeu-o apenas por 6 milhões, perdendo um milhão de euros, depois porque é um jogador com inegáveis qualidades e que caberia perfeitamente no esquema do 3x3x4, ou no que o novo treinador portista utilizar, já para não falar na perda de um jogador que acrescentava mais qualidade ao futebol português.

17 de agosto de 2006

Balanço da pré-época dos 3 grandes

Vou apresentar um balanço da pré-época dos três clubes de mais expressão em Portugal. Este trabalho será faseado, ou seja, será apresentado um clube de cada vez, de forma a não ficar um texto muito extenso e cansativo para os leitores. A apresentação será feita por ordem de início dos trabalhos dos clubes, sendo então primeiro o SL Benfica, seguindo-se o FC Porto e depois o Sporting CP

Benfica

O Benfica foi o primeiro clube a iniciar os trabalhos de preparação para a época 06/07, fruto da participação na 3ª pré-eliminatória da Liga dos Campeões. O local de estágio seleccionado pelos encarnados foi Nyon, na Suiça, um local que já tinha sido utilizado. O Benfica apresentou um novo treinador. Fernando Santos, conhecido como o “engenheiro do penta”, vai treinar o clube do seu coração, segundo o próprio. Logo que tomou conta da equipa, tentou implementar um sistema de jogo diferente do 4x2x3x1, utilizado durante a época passada por Ronald Koeman. A saída de Geovanni e a possível saída de Simão, e a entrada de Katsouranis e Rui Costa, no plantel encarnado, deixavam antever que Santos iria privilegiar o 4x4x2 que implementou no Sporting, tendo como alternativa o 4x3x3, pois Manu e Paulo Jorge, que são extremos de raiz, fazem parte do plantel encarnado. Só que, e a semelhança do que aconteceu com Koeman quando este tentou usar uma espécie de 3x4x3 no início da época transacta, esta ideologia de Fernando Santos não pegou e as coisas tiveram que ser alteradas à última da hora. Os primeiros jogos até nem correram mal, pois o Benfica começou logo a ganhar, 3-0 ao Nyon, naquele que foi o 1º jogo da equipa nesta temporada, disputado a 8 de Julho. Seguir-se-iam o Shakthar Donetsk, com mais uma vitória, e três dias depois a primeira derrota, ainda em solo suíço, por 3-2, frente ao Sion, no jogo de apresentação da equipa Suiça aos seus adeptos. Neste jogo, pôde-se constatar algumas fragilidades do sistema, pois Rui Costa ainda não estava na plenitude das suas capacidades e com Simão ainda ausente devido as férias pela participação no mundial, não havia quem pega-se no jogo e não existia criatividade. Já em Lisboa e no jogo de apresentação aos sócios o Benfica venceu e convenceu frente ao Bordéus, naquele que foi talvez o melhor jogo do Benfica nesta pré temporada. Mas o pior estava para vir. O primeiro torneio de verão a ser disputado foi o Torneio do Guadiana, com a participação de Benfica, Sporting e Deportivo da Corunha. O primeiro jogo dos encarnados foi frente ao Sporting, e acabariam por ser cilindrados pelos leões, por 3-0, com Yannick Djaló em grande destaque ao apontar dois golos aos encarnados. Estavam à mostra lacunas enormes no sistema táctico de Santos, se bem que os internacionais encarnados ainda estavam a meio gás. No segundo jogo do torneio mais uma derrota, desta vez apenas por 1-0 frente ao Corunha, e com mais uma fífia de Moretto, que acabaria por ser afastado, não só do onze, mas também das convocatórias dos jogos seguintes. No final deste jogo, Santos teve uma curta conversa com José Veiga, e a partir daqui as coisas mudaram, começando mesmo pela baliza encarnada. O Jogo seguinte seria em Atenas, frente ao AEK, antigo clube de Fernando Santos e de Katsouranis. Este jogo realizou-se fruto da transferência do grego, para a Luz. O Benfica apresentou uma equipa bastante diferente, novamente com Quim na baliza, mas iniciando o jogo no 4x4x2 em losango, com Rui Costa no vértice. Só que as coisas correram mal mais uma vez e a equipa apresentou uma apatia enorme, inconcebível para quem tinha um jogo importantíssimo 7 dias depois. O Benfica acabaria por perder o jogo por 3-1, e com este resultado o sistema de jogo mudou e Fernando Santos anunciou que utilizaria o 4x3x3, esquema de jogo que apresentou no primeiro jogo oficial da época, frente ao Áustria de Viena, jogo que acabaria empatado a uma bola, resultado que acaba por favorecer o Benfica, pois um golo fora vale muito em jogos a duas mãos, mas que não esconde a árduo trabalho que o engenheiro tem pela frente, pois a equipa não carbura, não joga, não corre, não há uma transposição defesa-ataque feita com rapidez, e o Benfica tem jogadores para isso, e acima de tudo são inúmeros os passes errados. O jogo da segunda mão é já na próxima 3ª Feira no Estádio da Luz, os encarnados partem em vantagem, mas têm que ter muito cuidado, pois os austríacos ainda têm uma palavra a dizer.

Positivo da pré-época.

O positivo da pré temporada encarnada, prende-se com o facto de ter mantido a maioria dos jogadores do plantel da época passada e ainda ter acrescentado alguns de boa qualidade. Rui Costa, sonho antigo, regressou ao Benfica e com ele trouxe mais experiência e maturidade a um conjunto que necessitava de uma referência a meio campo, alguém que soubesse ler o jogo e soubesse meter a bola, como só o Rui Costa sabe fazer. Embora tenha sido forçado a vender Manuel Fernandes, ao Portsmouth (!), em mais uma birrinha de um jogador que quer sair a qualquer custo do clube que o formou, é certo que as alternativas são bastante credíveis, e jogadores como Katsouranis e Diego Souza, deixam antever um bom preenchimento da posição ocupada pelo jovem médio, juntando-se a Petit e Beto neste sector. Uma das boas novidades foi o facto de ter conseguido manter Miccoli. Veiga e Vieira, jogaram com Calciocaos e com o facto de a Juventus poder descer de divisão, para manter o jogador nas mesmas condições da última época, aliando a isso a vontade de Miccoli em representar o Benfica, quando já se falava de um interesse azul e branco no jogador. Positiva é também a mudança na baliza encarnada. Não é que Moretto seja mau guarda-redes, mas neste momento não parece habilitado a defender as redes encarnadas e Santos foi da mesma opinião, promovendo o quase dispensado Quim, a titular indiscutível, pelo menos nesta primeira fase da época. Boa notícia para os benfiquistas é também a possível permanência de Simão no plantel, depois de gorada a hipótese do Valência contratar o jogador, devido a um desacordo de verbas entre clube e jogador. Será mais um jogador a acrescentar qualidade ao futebol encarnado e promove com mais afinco o 4x3x3 de Fernando Santos.

Negativo da pré-época

A parte negativa desta pré-época, é de facto o falhanço total do 4x4x2 que Fernando Santos tentou implementar. Hoje em dia é sabido, que um jogador de futebol não se pode limitar apenas à sua posição, podendo desempenhar outras funções dentro do terreno de jogo que não àquela a que está mais habituado, até por questões de desdobramento de sistema. Na ausência de extremos, pois só Paulo Jorge e Manu seriam opções credíveis para o técnico, e tendo Katsouranis, Petit, Karagounis, Diego, Nuno Assis e Rui Costa e ainda Beto, a ideologia de Santos tinha pernas para andar. O certo é que houve jogadores que não se adaptaram as posições, como Petit e Karagounis, que deveriam jogar mais sobre a direita e esquerda, respectivamente, esquecendo-se constantemente de ajudar os laterais, criando descompensações que foram fatais em alguns jogos. Numa posição um pouco ingrata para o treinador e também para os jogadores, Fernando Santos viu-se obrigado a alterar o sistema para 4x3x3 encima do primeiro jogo oficial da época, frente ao Áustria Viena, por forma a não hipotecar a participação na Liga dos Campeões. O treinador fica numa posição ingrata, pois vê-se obrigado a mudar uma ideologia que traz da altura em que treinou o Sporting, e usada na Grécia, e deixa uma leve impressão de não ter conseguido impor a sua vontade no grupo de trabalho, o que pode ser mau, se não for contrabalançado com alguma disciplina táctica no plantel. Os jogadores também ficam mal na foto, pois deixam a impressão de não serem abertos a novas ideologias e de poderem ser um pouco limitados em aspectos tácticos do futebol.
O negativo desta pré temporada encarnada, foi também a própria campanha, pois foi a pior dos últimos tempos, resumindo-se a 3 vitórias e 4 derrotas até ao primeiro jogo oficial, e algumas delas bem pesadas para um clube como o Benfica.

14 de agosto de 2006

Hora de mudança

Antes de mais boa tarde a todos os leitores. Como já tiveram oportunidade de vêr, há neste espaço um novo colaborador. Antes de vos falar um pouco da pessoa em questão, gostaria de dizer algumas coisas sobre o blog, e sobre a "contratação" do Nelson.

O "A Bola é Redonda" surgiu, devido à minha paixão pelo futebol e pelo jornalismo. Achei interssante ter um espaço onde pudesse fazer as minhas analises, e onde pudessem ser lidas, por forma a começar, digamos assim, uma carreira no mundo do jornalismo. Hoje em dia, e em pouco mais de 8 meses de existência, este espaço conta já com mais de 5 mil visitas, o que a mim me deixa muito contente, pois é sinal que as pessoas visitam e lêm o que escrevo.

Devido a este espaço, faço também parte de um outro, muito mais conhecido, talvês o mais importante dos blogs de futebol, o "Futebol de Ataque". Foi com grande honra e alegria que recebi e aceitei o convite que me foi endereçado, para fazer as antevisões das jornadas do nosso Campeonato.

Neste momento, quero fazer do "A Bola é Redonda" um blog de referencia. Quero que os leitores deste espaço se sintam com vontade de vir passar por este endereço, quero que sintam a necessidade de lêr os textos que aqui se escrevem, no fundo, quero fazer deste blog, um espaço com grande importância na blogosfera. Para isso decidi implementar algumas mudanças, à nível de textos e de colaboradores.

Como sabem, este blog tinha apenas um colaborador, eu. Devido a esse facto o blog ficava muito tempo sem ser actualizado, devido à minha condição de estudante e de nem sempre ter tempo para postar algo de novo. Foi com o intuito de ter sempre material novo e de interesse, que fiz então o convite ao Nelson, para se juntar neste projecto. Foi com enorme satisfação que recebi a noticia de que o Nelson gostava de integrar este espaço.
O Nelson trabalha num grande clube português, no departamento de formação. Hoje em dia, com a crise que se alastra no nosso futebol, e com algumas regras que a UEFA vai impor nesta matéria, será necessário que este tema seja abordado. E nada melhor do que ser abordado por quem sabe e por quem trabalha no oficio. Este será o campo de trabalho do novo colaborador no blog: O futebol de formação. A rubrica "Diario do Observador" será uma presença no blog assim como qualquer assunto que diga respeito ao futebol jovem.

Com esta medida, espero acrescentar mais qualidade ao blog, e sei que irei ser bem sucedido, pois os motivos que me levaram a convidar o Nelson, prendem-se com o facto de existir rigor, qualidade e paixão, naquilo que ele escreve e naquilo que ele faz.
Está na hora da mudança! O Campeonato está aí a chegar, e será necessário ter uma equipa muito boa para atingir aquilo a que me proponho. Mais para a frente serão anunciadas mais colaborações, noutros assuntos de interesse para o futebol.

Neste momento está a ser preparado um texo com o balanço da pré-epoca dos três grandes, abordando o falhanço do losango de Fernando Santos, assim como a demissão de Adriaanse do comando tecnico dos dragões, passando ainda pela excelente pré-época que a equipa do Sporting realizou, abordando o desempenho dos reforços vindos das camadas jovens. Conto apresentar este trabalho antes do jogo da Supertaça Candido de Oliveira, pontapé de saida oficial da nova época 06/07.

Até lá, um grande abraço a todos os leitores e leitoras.

Johnny

11 de agosto de 2006

Novo colunista do blog! Apresentação e objectivos.


Olá a todos!


É com muito orgulho que escrevo este primeiro post, num blog jovem, coerente e promissor, como é o A Bola é Redonda.
Aceitei com muita honra o convite do Johnny, para vos falar daquilo que penso ser a minha especialidade, Futebol de Formação.

Antes de entrar no Futebol propriamente dito, penso que me devo apresentar e falar-vos daquilo que são os meus objectivos, neste início de colaboração com o blog.

O objectivo numero um será ,sempre, acrescentar qualidade e algo de novo ao blog.
O primordial será captar a vossa atenção e interesse, para uma vertente do nosso Futebol que por vezes é esquecida ou subvalorizada – o Futebol de Formação.
Numa era de profundas alterações no Futebol Internacional, e de implementação de regras internacionais tendo em vista a defesa da formação de jovens atletas, o Futebol de Formação tem, nos últimos tempos, começado uma longa caminhada rumo a uma importância extrema no dia a dia dos clubes e do Futebol em geral.
Cada vez mais a aposta na juventude e na qualidade de trabalho na formação será exigida e vital para a sobrevivência dos clubes e cada vez mais a prospecção de talentos ganhará um peso assinalável, na luta pela aquisição dos futuros Ronaldos e Zidanes do Futebol.

Assim, nada melhor do que criar neste blog um espaço sobre Futebol Jovem, sobre estrelas de amanha, sobre conceitos técnicos, ideias, divagações ou até informação útil para vocês - leitores, terem mais facilidade no acesso á informação do Futebol de Formação, que escasseia noutros veículos de informação.




Para quem já me conhece sabe a minha forma de funcionamento.
Não gosto de estipular datas fixas em relação a textos e rubricas, no entanto tudo farei para ser uma presença assídua e agradável neste blog.
A Rubrica Diário de Observador, que me permitiu ganhar algum mediatismo na blogosfera, será uma presença constante neste blog, e muitas outras rubricas lhe seguirão.



Antes de me despedir e como forma de todos vocês me conhecerem melhor e saberem um pouco mais sobre mim, deixo-vos algumas informações sobre a minha pessoa:

Chamo-me Nelson Oliveira, tenho 24 anos. Estou a finalizar o Curso de Relações Internacionais e resido em VN Gaia, distrito do Porto.
Desde muito novo que sou um apaixonado ou mesmo obsecado por futebol e sobretudo por futebol de formação.
Sempre tive prazer em acompanhar as competições jovens, em descobrir os craques de amanha e em estudar futebol.

Como a maioria dos miúdos sonhava um dia ter um papel activo no Futebol, não tanto como jogador, mas sim como alguém ligado á prospecção ou ao treino de miúdos.
Mas como não tinha grandes conhecimentos no meio do Futebol, decidi traçar outro rumo e decidi-me pelo curso de Relações Internacionais.
No entanto, a vida ,por vezes, prega-nos agradáveis surpresas, e depois da criação do meu blog e do abandono temporário do mesmo, recebi ,entretanto, um convite de um grande clube portugues (o qual não divulgarei o nome, por ética profissional), para me tornar observador desse mesmo clube, após alguns dirigentes terem lido alguns dos textos que publiquei no blog.
Isto aconteceu á cerca de 8 meses atrás.

Hoje em dia, fruto da minha tenacidade e procura por novas ideias e projectos, consegui uma promoção profissional, e a partir da próxima época exercerei direcção da prospecção de jovens talentos no meu distrito.
É sem dúvida alguma um projecto aliciante.

Para além dessa minha actividade á qual ,ainda, se junta a de estudante, iniciei outro tipo de actividades.
Desde logo a participação em 3 blogs futebolísticos distintos, uns mais conhecidos outros menos.
A colaboração com uma empresa de agenciamento de jogadores estrangeira.
E mais recentemente cheguei a acordo para me tornar colunista da Revista ,de eleição, Futebolista, onde retratarei mensalmente (2 páginas por mês) jovens atletas, nacionais e internacionais, a despontar no Futebol.



É uma carreira ainda curta, mas recheada de êxitos e vitórias pessoais, que vai caminhando a passos pequenos para algo maior , permitindo-me desde já a realização de alguns sonhos de menino.

Espero que a minha colaboração com este blog e em particular com o Johnny, seja mais um passo acertado nesta minha carreira, pois acredito que os blogs desportivos, são o veículo de informação e opinião mais isento e interessante, que actualmente temos.
E acredito também, que um bom blog de Futebol puderá ,no futuro, ser um projecto altamente aliciante e com uma notoriedade considerável.


Assim, despeço-me com a promessa de temas e textos muito em breve, pedindo desde já o vosso feedback, pois as vossas críticas e sugestões ..permitem-me conseguir formas de aprimorar o meu trabalhar, e de tentar encontrar meios para colmatar a vossa curiosidade e as vossas dúvidas.

Abraço e até breve
Nelson Oliveira