31 de outubro de 2006
Futebolista - Novembro
já está nas bancas a edição de Novembro da revista "Futebolista". Entre outros assuntos de interesse, temos uma reportagem que compara Anderson, prodigio do FC Porto, ao craque brasileiro Ronaldinho Gaucho. Existe também uma entrevista com outra estrela do Barça, o argentino Lionel Messi e uma analise complete ao "motor do Liverpool" Steven Gerard.
Esta revista tem uma novidade, e prende-se com a formação. A revista dá duas paginas ao assunto que é analisado pelo expert na matéria, Nelson Oliveira, que ao mesmo tempo é colaborador do "A bola é redonda". Desde já quero dar ao Nelson os parabens, e desejar-lhe o maior sucesso possivel para a sua rúbrica.
27 de outubro de 2006
Factor Medo!
O caso mais em voga e mais explícito deste tipo de opinião, são algumas opiniões que lemos acerca do treinador José Mourinho.
Para muitos comentaristas nacionais José Mourinho é um treinador defensivo e pouco espectacular.
Isto leva á seguinte questão: mas afinal o que é ser defensivo? Racionalizar a colocação das peças (leia-se jogadores) em conformidade com o espaço? Procurar “abafar” os espaços livres, em plena transiçao defensiva, para não deixar o adversário construir jogo pensado, rápido e desiquilibrante?
Ou será que operacionalizar uma equipa como um só bloco..sempre unido e articulado é ser defensivo??
Bom, como podem reparar, eu discordo totalmente desses opinion makers e acho que fazem uma total confusão em relação ao factor defensivo e portanto ,em parte, em relação também ao factor medo.
Nunca encarei o realismo dos treinadores menores, ao adoptar uma postura mais espectante em jogos contra clubes ditos “maiores”, como “medo”. Claro está, que essa postura espectante não pode ser traduzida no campo em 10 homens a defender perto da área..e tentativas de transições ofensivas (em contra-ataque por exemplo) 0. No entanto, acredito que pela diferença de capacidade individual dos atletas dos dois tipos de equipa em questão, há que haver uma maior racionalização e preenchimento do espaço defensivo, como forma de tentar equilibrar a balança, sem contudo perder ambição em procurar situações ofensivas bem trabalhadas e “repentistas”.
Aqui, não prevalece mais uma vez o factor medo mas sim um certo realismo e uma certa ponderação em relação a diferentes valias nos diversos critérios de análise á qualidade dos dois tipo de equipa (menores e maiores).
No entanto, o factor medo é patente, quando um treinador num clube apetrechado com atletas de boa qualidade, abdica de princípios ofensivos (o que não invalida o equilibrio) e de uma postura ganhadora.
Tomo como exemplo Jesualdo Ferreira.Jesualdo é amplamente considerado pela crítica, um treinador realista, sóbrio. Prepara as equipas de forma a existir um equilibrio muito grande entre processos defensivos e processos ofensivos, não denotando características marcadamente ofensivas ou “espectaculares”.
Na sua passagem pelo Sport Lisboa e Benfica, verificamos um jogo que marcou o técnico e que o auto-catalogou de defensivo. Um célebre Porto-Benfica, em que o Benfica se viu em vantagem no marcador e a jogar contra um Porto reduzido a 10, ainda antes do final do primeiro tempo. Nessa altura, todos esperavam um Benfica confiante e dominador na 2ª parte, ou pelo menos uma equipa consciente, sóbria que tentasse pelo menos controlar os espaços, a bola ....o jogo.
A verdade é que o Porto venceu por 2-1, numa 2ª parte extremamente ofensiva e dominadora, perante um Benfica encolhido nas imediações da sua área..procurando de todas as formas tapar os caminhos da baliza. Não mais os adeptos se esqueceram, não mais Jesualdo conseguiu fugir do rótulo de defensivo.
Anos mais tarde, Jesualdo Ferreira chega a um clube com uma filosofia de vitória muito forte, fruto dos anos dourados pelos quais o clube tem passado.
Para trás fica um excelente trabalho no Braga, marcado por seriedade, profissionalismo e sobretudo pela aposta num realismo táctico extraordinário, sempre com o objectivo na obtenção de pontos, mesmo que tal factor significasse um empate.
Para um clube como o Braga, a filosofia adoptada foi acertiva, e as excelentes classificações na tabela assim o comprovam, sem querer de modo algum “camuflar” o dedo mais que visível de um Presidente super competente.
Contudo, o Braga não é o FC Porto, como tal teria que existir uma ponderação numa nova filosofia baseada na já citada dinâmica de vitoria do clube da cidade do Porto.
No Braga, Jesualdo sentiu algum descontentamente de alguns adeptos e simpatizantes, por nos momentos decisivos a equipa mostrar pouca audácia, pouco atrevimento para conseguir mais. Parecia injusto para quem não acompanhou a realidade do clube, mas a verdade é que Jesualdo, no FC Porto, tem dado razão aos críticos que lhe apontaram esses predicados.
O FC Porto, tem neste momento a falange de apoio mais exigente de Portugal. Não só se exigem títulos, como 100% de vitorias em casa e bom futebol. Para tal facto, muito contribuiu os anos dourados de Mourinho que elevou a exigencia dos adeptos a um patamar nunca antes visto. Os adeptos exigem dos jogadores esforço, sacrifício e inspiração a 100%, caso contrário as boas prestações em jogos anteriores são esquecidas (veja-se o caso do Quaresma).
E é baseado neste espírito que o balneário portista absorve a cultura vencedora, e interioriza que nada menos que a vitória interessa. Se é verdade que em termos externos, terá que haver uma “mentalização” que o Porto não será sempre dominador, como foi á poucos anos atrás, em termos internos, o clube tem a obrigação de assumir-se sempre como principal favorito, e como tal, jogar para ganhar em todas as partidas.
E creio que é aqui que Jesualdo peca.
Jesualdo, embora mereça credito por estar á pouco tempo no clube, e todos sabemos que incutir um modelo de jogo, e todos os seus princípios e sub-princípios, não se faz em semanas, ainda não interiorizou a mentalidade exigente e ganhadora dos seus adeptos.
É verdade que o discurso adoptado por Jesualdo, é um discurso positivo, ganhador, diria á dragão, contudo na prática ,ou seja ,no campo, não é isso que se tem verificado, e a verdade é que o descontentamento dos adeptos do clube nortenho aumenta a cada dia que passa, mesmo com o clube a liderar o campeonato (e aqui se ve a exigência reinante nas Antas).
No fundo, um treinador ao adoptar um modelo de jogo, tem de o fazer, não só de acordo com as suas filosofias e ideias, mas também tendo em conta o subsistema cultural do clube que orienta. Obviamente que este subsistema cultura é composto por um conjunto alargado de factores, no entanto, existe um que é importantíssimo manter, quando de facto, ele existe – a cultura de vitória. Esta cultura de vitória exprime-se em campo, num grande ímpeto ao longo das partidas, na capacidade de sacrifício, e numa mentalidade de ambicionar sempre mais.O empate ou a derrota numa exibição que até foi favorável, não é aceitável no ambito desta cultura.
Ora se Jesualdo encontrou esta cultura no FC Porto, tem de a saber manter. Não basta um discurso positivo, coerente e ganhador. É certo que o discurso de Jesualdo é importante, pois todos têm consciência da importância vital do aspecto psicologico no futebol. A mentalidade ganhadora e o sucesso de uma equipa estará sempre dependente da forma como se trabalha a vertente psicológica dos atletas e da forma como se consegue manter uma motivação alta e uma galvanização extrema.
Jesualdo, através do seu discurso, contribui para essa tal motivação, mas hoje em dia, o jogador “tipo” é mais consciente e “inteligente”. Sente os sinais que são passados pelo treinador quer através do seu discurso quer através da estratégia tactica que o treinador “passa” para os atletas.
“ Diz-me como jogas, dir-te-ei como és”, é uma frase que se pode aplicar ao extremo nesta situação.
Mas para perceber ainda mais facilmente as lacunas de Jesualdo Ferreira, vamos a exemplos:
Jogo Arsenal – FC Porto.
Jesualdo na conferência de imprensa adopta uma postura firme e convicta, afirmando que o Porto não iria mudar face ao adversário que iria defrontar, e que seria um jogo onde o Porto procuraria a vitória. Ora, face a uma situação de vitória em todos os jogos realizados por Jesualdo, não se esperaria um certo “abdicar” dos princípios que até aí tinham sido aplicados.
A verdade é que Jesualdo apareceu em Londres, com Cech no meio campo, Ricardo Costa a lateral esquerdo e numa variante do 4-4-2, actuando Quaresma na frente de ataque. Todas estas alterações, e todo este receio de Jesualdo em relação ao adversário, bem patente nas alterações que promovou no onze e no figurino tactico, “passou” para os jogadores um sentimento de receio, de “medo”. A verdade é que todas estas alterações tiveram consequencias nefastas na equipa portista, e viu-se um Porto muito nervoso e receoso (principalmente nos primeiros 25m), encolhendo-se no meio campo defensivo e optando por um postura espectante, permitindo ao Arsenal um “cerco” á area Portista.
Conclusão: derrota portista.
Seguiu-se outro jogo teoricamente complicado.
Jogo Braga-FC Porto
Jesualdo mais uma vez “passou” para os atletas um discurso positivo e convicto na vitória, mas em termos puramento tácticos resolveu lançar para o Municipal de Braga, uma equipa a defender muito recuada, abdicando da pressão, permitindo ao Braga imenso espaço para jogar. Os jogadores demonstraram mais uma vez nervosismo e ansiedade e o Porto voltou a perder.
Numa ultima deslocação complicada, até ao momento, mais 1 prova que Jesualdo se deixa levar pelo “factor medo”.
Jogo Sporting-Porto
Anderson de fora, é lançado P Assunção, numa estratégia que se entende e que até se ajusta ao que teoricamente deveria ser feito.
No entanto, viu-se um Porto novamente espectante (que até se pode entender..pois jogava em casa de um rival directo, que contava já com uma mecanização táctica que passava da época transacta, devido á continuidade do treinador), mas demasiadamente defensiva. 7, 8 jogadores nas imediações da área, abdicando de qualquer tipo de pressão para provocar perdas de posse de bola adversária, permitindo rápidos contra-ataques explorando a velocidade e fantasia dos elementos do ataque portista.
O Porto sacudiu a pressão despejando bolas para a frente, mas como a postura era demasiadamente espectante...não havia homens na frente para ganhar a posse de bola, como tal, em segundos a bola estava novamente na posse do Sporting.
O jogo foi sistematicamente isto, e mesmo quando o Porto (raras foram as vezes) conseguia efectuar transições ofensivas com alguma tranquilidade e alguma estratégia, na hora de alvejar a baliza, nao se encontrava um único elemento para ganhar as chamadas “segundas bolas”.
A verdade é que o Porto de Jesualdo acabou por conseguir um resultado positivo em Alvalade, mas denotou uma total descaracterização daquilo que sempre marcou o Porto e que sempre originou o respeito e o receio do adversário, o que acabava por traduzir em maior domínio e mais vitórias.
É verdade que Jesualdo chegou á pouco tempo, é verdade que é um treinador que opta pelo realismo e pela consistência defensiva, mas toda esta postura contrária ao subsistema cultural do clube, poderá ter consequencias danosas e poderá romper com aquilo que tem sido a cultura de vitória do passado recente do clube.
Com ou sem tempo para a aplicação do seu modelo de jogo, o técnico terá de entender aquilo que é o clube e aquilo que sempre o marcou.
Ao FC Porto exige-se pressão, atitude e uma veia claramente ofensiva. Exige-se que os adversários sejam “abafadas” para que a posse de bola esteja mais tempo do lado Portista, permitindo-lhes assim maior domínio do jogo e encostar os adversários á sua defensiva.
O factor medo não é permitido no Dragão, e os adeptos ,cada vez mais, exigirão outro tipo de atitude.
25 de outubro de 2006
Futebol de Formação - revisão semanal
A aposta do Sporting é clara, o SL Benfica vai no 2º ano do seu Projecto Geração Benfica e o FC Porto acaba de apresentar o seu projecto – “Visão 611”.
Estes são sinais claros do que nos espera no futuro, e sinais claros que a própria classe dirigente se está a mentalizar para uma nova era no Futebol Português.
Assim, parece-me de todo pertinente iniciar ,doravante, uma revisão semanal daquilo que se vai passando nos campeonatos nacionais do Futebol de formação, de forma a que também os adeptos, se consciencializem da importância da formação, e passem a dispender um pouco mais de atenção á mesma, principalmente com apoio e incentivo “in loco” nos jogos dos “mais pequenos”.
Campeonato Nacional de Juniores A
Este fim de semana não assistimos a grandes surpresas no campeonato.
Na zona Norte, o FC Porto mantém-se isolado na frente, depois de obter uma goleada em casa frente ao Vizela e de assistir ao empate da surpreendente equipa do Candal e da derrota do Vitoria de Guimarães.
Por outro lado o Boavista ,depois de um início comprometedor, parece estar de volta á boa forma, conseguindo uma vitória expressiva (8-1) frente á União de Coimbra.
A nota de destaque deste campeonato vai efectivamente para o Candal, clube gaiense.
O Candal tem feito uma forte aposta no futebol de formação e dois factores me parecem vitais para este sucesso aparente da política do clube.
Em primeiro lugar, as excelentes infra-estruturas que dispõe, contando com um belo complexo desportivo, onde os atletas dispõe de todas as condições para evoluírem.
Em segundo, os protocolos de colaboração que o clube tem assinado com clubes ditos “maiores”. A época passada, a equipa apostou numa ligação ao Boavista, contando nas suas fileiras com alguns jogadores axadrezados bastante promissores. Este ano, o apoio surge do FC Porto.
Resultados relevantes:
Boavista 8-1 U. Coimbra
FC Porto 7-2 Vizela
Guimarães 1-2 Rio Ave
Académica 2-2 Candal
Na zona Sul, a competitividade é enorme, mas também não se registaram surpresas.
A equipa sensação da Amadora, continua em 1º lugar, relegando para lugares inferiores Sporting, Belenenses e SL Benfica.
Nesta jornada, o Estrela venceu ,fora de casa, o Belenenses, conseguindo dessa forma mais um grande resultado.
O Benfica deslocou-se a Oeiras e sem dificuldades bateu a equipa local (destaque para o central encarnado Miguel Vitor que apontou 2 golos), ao passo que o Sporting recebeu e venceu o Real.
De referir ainda, que o Setúbal continua numa maré de “crise”, voltando a perder, desta feita na casa dos Pescadores, vendo-se assim “relegados” para o penúltimo lugar.
Resultados relevantes:
Belenenses 1-2 Estrela
Oeiras 0-2 Benfica
Sporting 1-0 Real
Casa Pia 1-0 Lusit. VRSA
Campeonato Nacional de Juniores B
O campeonato Nacionail de juvenis encontra-se parado, devido a compromissos da selecção Nacional de Sub 17, que se encontra na Bélgica para um Torneio Internacional.
Selecções Nacionais
Ficam aqui as duas últimas convocatórias das selecções de sub16 e sub18.
Sub-18
Belenenses: Filipe Godinho
Benfica: André Carvalhas, Miguel Rosa, Miguel Vítor e Romeu Ribeiro
Boavista: Alexandre Sá, Pedro Moreira, Raul Babo e Ricardo Neves
Candal: Valter Fernandes
FC Porto : André Pinto, António Graça, Marco Aurélio e Tiago Cintra
Leixões: André Simões
Rio Ave: Faria
Sp. Braga: Stélvio Cruz
Sporting: André Martins, Adrien Silva, Bruno Matias, Jorge Abreu, Rui Lopes, Tiago Pedrosa e Vivaldo
União Lamas: Filipe Melo
V. Setúbal: Sérgio Martins
Sub-16
Barcelona: Alexander Zahavi
Barreirense: Pedro Costa
Benfica: André Jesus, Artur Lourenço, Nelson, Oliveira e Ricardo Semedo
Boavista: Fábio Costa e Nuno Soares
FC Brussels: Davide Rodrigues
FC Porto: Alexandre Freitas
Marinha: João Guerra
Padroense: Filipe Espincho, João Garcia, Pedro Branco, Ricardo Dias e Rui Caetano
Pasteleira: Manuel Batista
Sporting: Cédric Soares, Luís Almeida, Mário Rui, Nuno Reis, Ricardo Alves e Ruben Luis
Sp. Braga: Nuno Valente e Tiago Gomes
V. Guimarães: Claudio Ramos, Fernando Alves e Rafael
Análise da semana
O FC Porto recebeu e bateu sem apelo nem agrado, no escalão de Juniores A, o Vizela por 7-2. Mais 1 vez, o FC Porto tem demonstrado ser um dos grandes candidatos a atingir a fase final e portanto torna-se oportuno analisar o seu onze titular e a forma como os jogadores se dispões tacticamente em campo.
O FC Porto jogou no 4-3-3 que se transformou várias vezes no claro 4-2-4. Rui Pedro, o vértice ofensivo do meio campo Portista gozou de enorme liberdade, aparecendo diversas vezes como 2º ponta de lança, denotando um grande entrosamento com o ponta de lança Marcelo. Por outro lado, os alas ,quase sempre solicitados em passes longos do central Bura (excelente capacidade de passe) ou do médio incansável Castro, procuraram ganhar as costas da defensiva em diagonais em velocidade e rápidos cruzamentos para a área.
As notas de destaque vão claramente para inteligência de movimentos do “criativo” Rui Pedro (que também é goleador) e para a capacidade de trabalho e de luta do médio Castro, que devido á forma como encara cada partida e cada lance, atingirá certamente o patamar do Futebol Profissional (ficando no entanto algumas dúvidas..se o conseguirá no Porto). Por ultimo, destaco Bura, um central bastante alto e possante e com uma capacidade de passe longo acima da média.
nota: a vermelho os passes "tipo" do FC Porto
Assim me despeço.
Até para a semana e lembrem-se: Apoiem o Futebol de formação
21 de outubro de 2006
Clubes Atacantes I - Royal Football Club de Liège
Para quem não conhece, este é o primeiro campeão belga de todos os tempos, com um dos maiores historiais do futebol belga, derrotou na Europa equipas portuguesas como o Benfica e o meu Estrela Amadora (a grande curiosidade é que sempre que eliminou uma equipa portuguesa na ronda a seguir calhou com Juventus, sempre, e sempre perdeu). E como muitos outros clubes por essa Europa fora está perto da extinção. Neste momento de despromoção em despromoção, a maior parte das vezes por não ter dinheiro, joga na distrital.
Em 1884 alguns pioneiros praticavam ciclismo na União Ciclista de Liège que em 1891 começaria a utilizar o Parque do Boverie que aloja assim o primeiro Velodrome da cidade. No Outono de 1892, certos membros fundaram uma secção de futebol a fim de ocupar as instalações no Inverno: a Liège Futebol Associação, igualmente chamado Liège Futebol Clube.
Os Ingleses, presentes em maioria na região na época, tiveram uma influência considerável no desenvolvimento do futebol belga e em especial de Liège.
O Liège Futebol Clube tomará como exemplo as cores vermelhas e azuis em referência ao clube inglês de Dulwich Hamlet..
O clube muda no fim de 1893 para os jardins do Castelo de Sclessin e, no início 1894 levará pela primeira vez a camisola curta vermelha e azul por ocasião de uma nova deslocação a Bruxelas, para o primeiro jogo internacional do clube contra o Polytechnic Clube of London.
É igualmente nessa época, exactamente antes do primeiro campeonato oficial, que o clube tomará definitivamente o nome de "Football Club Liégeois", em português Futebol Clube de Liège. Em 1895, o FC Liège figura ao lado de 4 clubes bruxelenses e o Antwerpia para fundar a União Belga de Futebol.
É na época seguinte, em 1895-96, que o primeiro campeonato belga da história será organizado e tendo a vitória final sido do FC Liège que é por conseguinte o primeiro campeão da história do futebol belga.
O segundo campeonato foi ganho pelo Racing Bruxelas mas as duas épocas seguintes 1897-98 e 1898-99, trouxeram de novo o campeonato para o FC Liège. O "Taça do Campeonato" foi entregue ao FC Liège em recompensa destas 3 vitórias nos 4 primeiros anos. Este troféu não seria entregue mais nenhuma vez, o FC Liège é por conseguinte o único clube belga deter esta taça centenária.
Em 1896, o clube utiliza o terreno situado no lugar actual do Estadio de Sclessin além das instalações do Castelo e em Outubro de 1897 o clube mudará durante 20 anos para Cointe, sobre a planície dos Champs des Oiseaux, situado por trás do Observatório, que ainda hoje existe.
Em 1902, o primeiro derby teve lugar à Cointe, contra o Standard Liège, fundado uns anos antes por dissidentes Futebol Clube Liège, tendo a vitória sorrido ao FC Liège por 6-0!!!
Apesar deste brilhantismo inicial e as vitórias regulares das equipas das camadas jovens, o FC Liégeois desceu à Segunda Divisão em 1910 até ao fim da 2ª Guerra Mundial, excepto em duas épocas, em 1913 e 1924 que voltou ao escalão principal. De 1936 até 1943, o clube jogará mesmo na Terceira Divisão e será necessário esperar o fim da Guerra para subir novamente à Primeira Divisão, então chamada "Divisão de Honra", de 1945 para 1995 continuamente. Foi nessa época difícil que foram postas às fundações mais sólidas, garantindo o futuro do clube para os 75 anos seguintes e que lhe dão o caracter quase definitivo que hoje tem: O Estadio Rocour, as camadas jovens, o título de “ Royal”, as claques, e as 50 presenças seguidas na Primeira Divisão.
É então em 1921 que o Futebol Clube Liège se torna "Real" graças ao título conferido pelo Rei Albert I, enquanto que no ano anterior foi fundado o primeiro círculo de adeptos, a primeira claque organizada.
Em 1935, os responsáveis do clube organizaram o "Concurso do jovem jogador de futebol" no Estadio Rocour, criando assim uma longa tradição de formação dos jovens, ainda presente hoje.
O RFC Liège foi sucessivamente Campeão da D3 em 1943 e da D2 em 1944, o que lhe abriu as portas da Primeira Divisão, apesar das condições particulares nos quais foram jogados os Campeonatos sob a ocupação Nazi. Entretanto, a ocupação acabou e o RFCL foi recolocado na Divisão de Honra.
Após uma época em 1948, onde o clube termina no 3º lugar, o RFCL realizará a proeza de ganhar duas vezes seguidas em 1952 e 1953, impedindo assim o invencivel Anderlecht de ser Campeão 8 vezes de seguida (1949-1956).
Nessa época, o futebol europeu toma o seu voo e, antes da existência das competicões oficiais da UEFA, prestigiosos jogos de gala era regularmente organizados. É assim que o RFC Liége acolheu o mitico Real Madrid em 1960 antes de ser recebido no Palácio Real em companhia dos Madrilenos para celebrar a recente sucessão ao trono do Rei Baudouin e a sua esposa de origem espanhola Fabiola.
A primeira competicão à qual o RFCL participa é a Taça das Cidades com Feira. A participação fazia-se sobre convite, e não sobre qualificação em função dos resultados no Campeonato. Em 1964, após ter eliminado nomeadamente o Arsenal, o RFCL é batido na Meia Final pelo Real Zaragoza. A regra dos "golos fora" era inexistente na época, e um terceiro jogo foi organizado em Saragoça e os futuros vencedores espanhóis da prova anterior à Taça UEFA ganham 2-0.
É igualmente durante este período que o Estadio Vélodrome de Rocourt tomou a sua configuração quase definitiva: ampliação para 40.000 lugares em 1950 seguidamente da instalação da iluminação em 1956.
É com Robert Waseige, que já treinou o Sporting Clube Portugal, que o clube começa a ganhar uma nova mentalidade. Os jogadores deveriam vir essencialmente da “cantera” e jogar por amor à camisola. Em contrapartida, em 1985 o RFCL termina em 3º lugar atrás de Anderlecht e FC Brugges, e qualifica-se assim para a Taça UEFA. Na Taça da Bélgica será eliminadonas Meias-finais pelo Beveren após ter eliminado o FCMalines e o Anderlecht.
Em 1987 o percurso é excepcional na Taça da Bélgica que verá a eliminação do FC Bruges, o Anderlecht e o Cercle Brugges antes da final perdida contra o FC Malines de Preu d’Homme (que ganhará com isso a Taça das Taças no ano seguinte).
Em 1989, o clube obtem uma magnífica 3ª posição logo atrás de FC Malines e Anderlecht enquanto que na Taça da Bélgica, será necessário esperar pelas meias finais para ser eliminado no jogo de desempate, em casa pelos vizinhos do Standard. O choque dessa eliminação em casa ainda hoje provoca pesadelos aos seus adeptos.
Na Europa, o RFCL eliminará o Union Luxemburgo e o Benfica antes de ser eliminado pela Juventus.
Em 1990 o clube obtem um triste 12º lugar no Campeonato mas as taça da Europa e da Bélgica serão um bálsamo para os adeptos. Na Europa, Akranes, Hibernians Edimburgh e Rapid de Viena serão eliminados e será necessário o Werder de Bremen nos 1/4 final para interromper o degrau em que triunfa do vermelho e o azul. O RFCL ganhará igualmente a Taça da Bélgica frente ao Germinal Ekeren, por 2-1. Em 1991, magro 10ª posição no Campeonato e 1/4 final da Taça, mas são de novo os jogos europeus contra o Viking Stavanger, o meu Estrela Amadora e a Juventus que salvam a época.
Aquando das épocas 1992,1993 e 1994, o clube não alcançará mais que o 12º lugar no campeoanto e viverá em 1995 a sua última época na Primeira Divisão. O RFCL conhecia tambem problemas financeiros desde alguns anos mas a escalada devida aos bons resultados e a impossibilidade crónica de equilibrar as contas provoca a partida do Presidente e da maioria dos jogadores, que estavam no clube nos últimos bons anos.
No fim do ano 1994, o Estadio de Rocourt é, e para muitos adeptos, injustamente, declarado inapropriado para a prática do futebol, devido a postes de iluminação e ao tecto da tribuna que iam supostamente desmoronar.
Finalmente, um cinema será construído no lugar do Estadio Rocourt e é o Estadio do Standard que beneficiará dos milhões necessários para a renovação do seu para o Campeonato da Europa das Nações.
O Estadio Rocourt será inacessível a partir de Novembro de 1994 e o RFCL será obrigado terminar a epoca entre os estadios de Sclessin e de Eupen. No fim do Campeonato 1994-95 o RFCL, que enfrentou condições apocalipticas, termina no último lugar e é despromovido. O clube é posto igualmente em falência e encontrado refúgio no Estádio Tilleur na época seguinte. Como a União Belga recusou na época de validar da fusão entre RFC Liège e Tilleur, este último clube desaparecerá totalmente. Sendo duplamente despromovido, estabelecer-se-á na D3 Tilleur sob a denominação "Real Tilleur Futebol Clube de Liège" que será mantida até ao ano 2000, o da mudança para o Pairay e o regresso à denominação "RFC Liège". A primeira época, em 1995-96, será pura e simplesmente magnífica: a equipa é composta de antigos jogadores de D1 e de jovens prometedores e dominará totalmente o Campeonato, terminando em primeiro com 11 pontos de avanço. O público está igualmente presente com uma média de 5.000 adeptos e em algumas situações aproximam-se dos 10.000, o que é provavelmente inédito para um clube de 3ª Divisão.
O clube entra então numa nova fase negativa e sucedem-se as más direcções.
Em 2001-02, Marco Grosjean continua ao comando de uma equipa actualmente apoiada pela Paris WS Germain com a qual o RFCL assina uma convenção de apoio financeiro e desportivo. Vários jogadores pagos pelo PSG virão reforçar o núcleo mas infelizmente esta convenção será quebrada após um ano apenas, o clube francês que suporta mal as relações execráveis (para não dizer pior) com a Direcção.
O clube termina numa honrosa 10ª posição mas esta classificação teria podido indiscutivelmente ser melhor sem todos os problemas extradesportivos encontrados durante a época, que não acabará sem de novo e rocambolesque numa “novela” relativa à Licença exigida pela União Belga. É Henri Depireux que iniciará muito confiante a epoca 2002-03, realizando uns excelentes resultados e apresentando um futebol atractivo. Contudo, teve rapidamente de refazer as suas ilusões e as relações com que permanece da direcção são absolutamente lamentáveis. A suspensão de 7 titulares na véspera de um jogo decisivo frente aos vizinhos Visétois é a gota que faz ultrapassar o lodo e Depireux sai desgostoso. O RFCL terminará de novo em 7º mas esta classificação notável, obtida por jogadores que têm de lutar contra um adversário interno, não será suficiente. Com efeito, desta vez a União Belga não erra e ao clube é imposto nova despromoção administrativa para a Divisão 3 por atrasos no pagamento de ordenados. Esta sanção será triplicada dado que libera automaticamente todo o núcleo das suas obrigações contratuais para com o clube que deverá por conseguinte inteiramente renovar-se na época seguinte, numa divisão inferior e com 3 pontos de penalidade. A equipa inicia então a nova época com um plantel completamente formado por Juniores e com três pontos a menos que lhe custarão bem caro, visto que não evita a descida aos distritais por 1 unico ponto. A primeira epoca nos distritais da sua longa história. A falência declarada em Abril de 2004 traçará um destino final a quase 5 anos de crise interna.
No seguimento da falência, o RFCL é suposto igualmente de regularizar os seus problemas financeiros. sob penalidade de nova despromoção. No entanto, o fim da época 2003-04 simboliza um verdadeiro renascimento, salutar para o RFC Liège. Jules Dethier, apoiado pelos antigos accionistas minoritários, é o Presidente da reconstrução. Homem sério e ambicioso, deverá ser quem abre de novo as portas do sucesso do mais velho clube Valão. Os resultados de resto não se fizeram de esperar dado que tem sérios contactos com o mundo político. Michel Daerden, Burgomestre de Anos e o Ministro regional, assim anunciou há pouco tempo a mudança do clube no território da sua Comuna, para alguns metros das suas raizes históricas de Rocourt. O RFCL jogará um ano em instalações provisórias antes de ocupar muito o novo Estadio, pela qual a Comuna já tem tomado vários compromisso oficiais. É necessário que igualmente notar em algumas semanas, a equipa foi renovada completamente, esperando a chegada de alguns reforços suplementares.
Palmarès:
5 vezes Campeão da Bélgica; 1896, 1898, 1899, 1952 e 1953.
3 vezes Vice Campeão da Bélgica; 1897, 1959 e 1961.
3 vezes Campeão da Divisão 2; 1912, 1923 e 1944.
2 vezes Campeão da Divisão 3; 1943 e 1996.
1 vez Vencedor da Taça da Bélgica; 1990.
1 vez Semi-finalista em 5 participações na Taça das Cidades com Feira; 1965
1 vez Quarto-finalista em 3 participações na Taça UEFA; 1990.
1 vez Quarto-finaliste numa participação na Taça das Taças; 1991.
3 vezes Semi-finalista em Taça da Bélgica; 1976, 1985 e 1989.
1 vezes Finalista do Taça da Bélgica; 1987.
67 épocas no Campeonato da Bélgica da Divisão 1, da qual 50 consecutivas.
18 de outubro de 2006
Chelsea - Barcelona
Lesão de Petr Cech no jogo Reading - Chelsea
Atentem na atitude de Hunt depois de agredir o guardião Checo...
Lesão de Cudiccini no mesmo jogo....
A título de lembrança fica aqui também o de Pedro Mendes...
FC Porto 4-1 Hamburgo SV
Espectadores: 31.109
Árbitro: Alain Hamer (Luxemburgo)
O Melhor em Campo
O Positivo do Jogo
O Negativo do Jogo
O Árbitro
Celtic Glasgow 3-0 SL Benfica
13 de outubro de 2006
Antevisão da 6ª Jornada
Apresentação do Clube e do Blogger denominados Estrela
Tive a felicidade de viver os maiores exitos até agora conquistados pelo clube, acompanhei a subida à Primeira Divisão pela primeira vez, vi o campo pelado e a ser arrelvado, vi a inauguração da iluminação, vi a final e a finalíssima a Taça de Portugal conquistada, vi a jogar-se a extinta Taça das Taças no Estádio José Gomes, vi conquistar um titulo da Liga Honra, e outro da Segunda Divisão Zona Sul, vi a construção da bancada dos cativos, vi a construção da bancada nova, vi um jogador ser chamado e jogar pela Selecçao A, enfim já vi e vivi os melhores momentos do clube até agora.
Para quem não conhece a história do clube aqui deixo um relato da mesma.
Julio da Conceição, António Félix, Guilherme Cadete, Rodolfo Carreira, Francisco Carreira, Victorino das Águas e José da Vitela foram os sete fundadores do Estrela da Amadora. Criado a 22 de Janeiro de 1932, o Estrela da Amadora apenas foi registado a 9 de Janeiro de 1940.
Motivados pela paixão pelo futebol e pela extinção do Lusitano da Amadora fundaram este grandioso clube. Os jovens fundadores arranjaram camisolas, meias, botas e calções e convenceram o comandante do campo de aviação da Amadora a ceder-lhes o campo de jogos, mediante o pagamento de sete escudos por cada jogo. As dificuldades financeiras eram muitas e a certa altura, o clube da Vila, Clube Futebol da Amadora, começou a convidar os jogadores do Estrela da Amadora. Um a um começaram a sair, mas a direcção não desistiu e encontrou novos jogadores. O dia 25 de Abril de 1932 ficou marcado pela estreia do Estrela da Amadora, num encontro de caracter particular com a equipa do Palmense.
O clube ganha outro ânimo e enfrenta os problemas. Reúnem-se e decidem adquirir equipamentos próprios. Foi então decidido que o Estrela envergaria a camisola azul com risca horizontal verde, calção branco e meia verde. Os primeiros equipamentos foram adquiridos a 18 de Setembro de 1932. Foi em 1943/ 44 que o Clube de Futebol Estrela da Amadora participou pela primeira vez, em provas oficiais. Mas outros registos afirmam que foi só em 1946. Não há certezas em relação a este assunto.
O Estrela envergava a camisola azul com risca horizontal verde, calção branco e meia verde. Até 1951, o Estrela jogou com este equipamento. Com a visita de duas figuras influentes do Fluminense, do Rio de Janeiro que ofereceu três equipamentos completos, e os jogadores começaram a usar equipamentos tricolores. Estava completa mais uma fase na história deste clube.
Foi durante este periodo e quando o Casa Pia AC foi expropriado dos seus terrenos pelo Estado Novo que o clube cedeu gentilmente o seu terreno para os jogos caseiros da colectividade hoje cediada e situada no Monsanto em Pina Manique.
Em 1954, o clube Estrela da Amadora enfrenta mais uma dificuldade, desta vez com a Igreja que queria construir a Igreja da Amadora no campo de futebol do Estrela, depois de muitas discussões tudo acabou bem, o Estrela da Amadora passou a dispor de um terreno na zona da Reboleira, onde ergueu o Estádio José Gomes, que agora se denomina assim mas que já se chamou Estádio J. Pimenta (Jota Pimenta) o grande construtor civil da freguesia da Reboleira, mas foi só em 1984 que o campo de futebol foi relvado e todo o estadio foi fechado com bancadas e camarotes, sendo que a iluminação foi inaugurada em 1987 tendo sido convidados para tal os alemães do Schalke 04, já na altura a minha equipa preferida da antiga RFA, ou seja, nem de propósito. O jogo terminou com 0-2 a favor dos germânicos com os dois golos a serem obtidos pela estrela da equipa e da selecção Olaf Thon.
Uma pessoa de nome José Gomes muito conhecida e idolatrada na Amadora, pessoa que amava a terra e o clube, pegou nele e levou-o da Distrital e do pelado para a Primeira Divisão, dando-lhe um campo relvado com iluminação e indirectamente uma Taça de Portugal, uma ida à Uefa via Taça das Taças, e o reconhecimento nacional e internacional. Hoje em todos os cantos do pais e ate numa cidade Suiça chamada Neuxatel e outra na Bélgica chamada Liége sabem quem é o Estrela Amadora.Na altura e por ser quem era José Gomes tinha sempre o estádio cheio de tal maneira que aquando da subida decidiu-se criar uma nova bancada que ainda hoje existe mas que infelizmente só abre praticamente quando a equipa adversária é potencial aquisidora de vários lugares, vulgarmente designada por enchente, tipo os três grandes de Portugal.
A formação da Reboleira permaneceu perto de uma década na segunda divisão, e a sua viragem deu-se na época de 1987/88, quando, sob o comando do treinador Joaquim Meirim, subiu pela primeira vez na sua história à Primeira Divisão Nacional.
A década de 90 foi a grande época de ouro do clube, tendo em 1990, conquistado a sua única Taça de Portugal, ao vencer o Sp.Farense por 2-0 (golos de Paulo Bento e Ricardo) na finalíssima, depois de 1-1 na Final.
Ainda nestes anos teve a felicidade de ver actuar o seu avançado Pedro Xavier ao serviço da Selecção Nacional num jogo de apuramento para o mundial contra o Luxemburgo.
Nas suas camadas jovens, actuaram futebolistas que mais tarde viriam a rumar ao estrangeiro, e que têm representado a Selecção Nacional A, tal como Abel Xavier ou Jorge Andrade.
Pela formação da Reboleira têm passado igualmente treinadores de bom valor, como João Alves, o homem da conquista da Taça, ou Fernando Santos como o que mais se destacou e que posteriormente treinou o FC Porto, Sporting, e este ano o Benfica, tendo passado pela equipa do AEK Athenas.
O Bingo do Estrela da Amadora tem tido um papel importante para as finanças do clube, tendo-se constituído, ao longo dos anos, numa das suas maiores fontes de receita, obra esta do visionário José Gomes. Hoje em dia tem diversas modalidades onde por um acordo inteligentemente realizado com a Associação Académica da Amadora, (onde fui atleta federado em Andebol), tem modalidades que a Associação não tem e vice-versa, como Esgrima, Judo, Pesca, entre outras, e tendo sido inclusivé Campeão Nacional de Ténis de Mesa nas vertentes de Masculinos e Femininos.
O recinto da equipa da Reboleira, com o nome de Estádio José Gomes teve uma capacidade inicial de 25 000 lugares sentados mas com a obrigatoriedade de ter cadeiras no recinto todo, o seu volume baixou para 11 500 espectadores sentados. O Estrela da Amadora tem também 5730 sócios.
Este aqui apresentado é então o Clube de Futebol Estrela da Amadora, Estrela Amadora, Estrela, o meu Estrela.
11 de outubro de 2006
Desilusão!
Portugal deslocou-se á Polónia para defrontar a selecção local, e acabou batida sem apelo nem agrado, numa pálida exibição.
Scolari dizia antes da partida que um ponto seria bom.
A verdade é que as palavras de Scolari parecem ter afectado de forma nefasta a selecção nacional, que entrou nervosa e receosa.
Mesmo com uma Polónia inicialmente permissiva, Portugal não procurou controlar o jogo e no primeiro erro defensivo acaba por sofrer um golo. A partir daqui foi uma espécie de efeito de bola de neve, pois os jogadores precipitaram-se, o futebol colectivo não saiu e num segundo erro defensivo, novo golo Polaco.
Na 2ª parte, Portugal foi assumindo ,aos poucos, o jogo, mas com uma Polónia a consentir a posse de bola aos portugueses, procurando explorar com perigo o contra-ataque.
O golo de Nuno Gomes não apaga a péssima imagem que Portugal deixou no jogo.
Dinâmica de Portugal
Portugal entrou na partida assente num 4x3x3.
A defensiva foi composta por: Ricardo na baliza, Miguel e Nuno Valente nas laterais e R Carvalho e R Rocha na zona central. Com a inclusão de Petit como interior direito, Miguel parecia gozar de mais liberdade para subir, a verdade é que nunca o conseguiu fazer. Por outro lado, Nuno Valente pareceu sempre algo estático e muito lento.
No meio campo, á partida poderíamos estar perante uma selecção nacional com 2 pivots defensivos, mas não foi o que aconteceu.
Costinha jogou perto dos centrais (esteve francamente mal o numero 6 da selecção), com Petit e Deco a formarem a base de um triângulo. Petit apareceu com a missão de dar equilíbrio nas transições defensivas, apoiando nas dobras e auxiliando Costinha, sem contudo aparecer no terreno excessivamente recuado. No entanto, Petit não é um médio de transição e mais uma vez ficou bem patente a incompatibilidade com Costinha, uma vez que a equipa ficou “vazia” de ideias, sem qualquer capacidade de transição, obrigando Deco a jogar demasiadamente longe de Nuno Gomes, e com o luso-brasileiro a ter um grande desgaste na procura excessiva da bola em terrenos muito recuados.
O “mágico” Português, á partida, teria como função a organização do Futebol ofensivo Portugues, apoiando Nuno Gomes ou em alternativa arrastando as marcações para a ala esquerda abrindo espaço para o médio de transição aparecer vindo de trás, algo que Petit nunca conseguiu.
Na frente, Nuno Gomes apareceu sempre demasiadamente sozinho, perdendo-se no meio da defensiva polaca. Apesar das constantes movimentações e procura de bola, Nuno Gomes viu-se muito desapoiado ..o que lhe impossibilitou de fazer aquilo que melhor sabe, jogar em tabelas de costas para a baliza, e aparecer no espaço.
Simão na ala esquerda também não teve grande sucesso, tendo sido anulado com alguma facilidade pelo lateral polaco.
Na direita, Ronaldo foi uma sombra de si mesmo. Cabia-lhe a função de procurar desiquilibrios, quer aparecendo mais no apoio a Nuno Gomes, quer na procura de flanquear o jogo. A verdade é que o jogo não saiu bem ao jovem talento portugues, e a equipa nacional ressentiu-se de isso mesmo.
As mexidas
Scolari demorou a mexer na equipa.
A perder por 1-0 não seria lógica mudanças imediatas, mas logo a seguir ao segundo golo polaco exigia-se mexidas e acertos ..algo que Scolari nunca fez.
Demorou a analisar o jogo, e só ao intervalo procurou mudar.
E a primeira alteração demonstra de forma clara o arrependimento do seleccionador nacional em apostar em 2 jogadores (no miolo) de características quase exclusivamente defensivas.
Retirou o apagado e fora de forma Costinha, lançando Tiago.
Ora Petit recuou para trinco, com Tiago a aparecer como médio de transição, permitindo a Deco jogar mais á frente, num maior apoio ao ponta de lança e procurando as segundas bolas. Contudo salienta-se ,mais uma vez, a colocação de Deco. Pareceu sempre excessivamente posicionado á esquerda do meio campo nacional.
Por outro lado, Scolari pediu a Ronaldo um posicionamento mais interior de forma a aparecer como segundo ponta de lança sempre que possível.
Aos 67m a substituição esperada, natural..mas demasiadamente retardada.
Nani entra para o lugar de Petit, ocupando a ala direita.
Scolari altera o sistema táctico, apostando num 4x4x2 que se desdobrou diversas vezes num 4x2x4. Com Nani e Simão nas alas, Ronaldo junta-se a Nuno Gomes no centro do ataque, com Deco e Tiago a repartirem tarefas no meio campo.
Mas onde estão as rotinas de jogo neste sistema táctico? Onde estão as rotinas do plano B?
Aos 82 minutos, sai o fatigado e algo desinspirado Deco para dar lugar a Maniche. Foi a tentativa de refrescar o meio campo, sem grandes alterações estruturais significativas.
Conclusões
O discurso pouco ambicioso de Scolari ,antes da partida, acabou por se reflectir na forma como abordou o jogo.
Uma equipa receosa, com dificuldades nas transições ofensivas e sem qualquer tipo de ligação ao ponta de lança.
A falta de soluções também foi evidente, e fica patente o erro de Scolari em não ter chamado logo á partida um outro ala, e na ausência de Hugo Almeida por lesão …um outro avançado. É inconcebível Scolari contar apenas com uma solução ofensiva no banco de suplentes.
Por outro lado, as alterações tardaram e não foram as mais indicadas.
De qualquer forma, a “culpa não morre solteira”, uma vez que foi notório o sub rendimento de alguns atletas da selecção e a grande dependência da selecção na capacidade de transição de Maniche, que estranhamento foi apenas utilizado durante 10 minutos.
Portugal sai derrotado sem apelo nem agrado, e adivinha-se uma campanha de qualificação complicada.
8 anos depois, a selecção das quinas perde numa fase de qualificação.
Caso Mateus - Parte II
O celebre "Caso Mateus" que tanta celeuma deu, e chegou até a por em risco a participação de clubes e selecção portuguesa em competições internacionais, assim como ditou a descida do Gil Vicente e quase extinção do clube, tem agora um desenvolvimento algo inesperado. Então não é que o jogador, que é o centro da questão, anda desaparecido?!?
Já no jogo contra o Rio Ave se notou a ausência do jogador no banco, e embora os reponsáveis gilistas tenha alegado que o jogador não tinha sido convocado, o certo é que foi, como documenta a foto abaixo:
Esta é a convocatória oficial do Gil Vicente para o Jogo com o Rio Ave, onde consta de facto, o nome do internacional angolano.
Mas de momento a polémica parece ter avançado. Depois de o jogador ser um dos 14 atletas que solicitou a rescisão de contrato alegando ordenados em atraso, segundo o Record de hoje os dirigentes gilistas terão instaurado um processo ao jogador, por este ter falhado o treino matinal de ontem, sem nenhuma justificação. O jogador ao que tudo indica está em Lisboa acompanhado do empresário. O presidente do Gil Vicente, António Fiuza, refere que o jogador "anda a ser mal aconselhado por um empresário, que não sei quem é" e dizendo também que "o jogador não tem ordenados em atraso e o seu contrato termina em 2010", o empresário, Adolfo Lopes, que representa o atleta desde 2004/05, diz que o jogador "nos proximos dias vai apresentar-se em Barcelos". De facto é uma polémica que chegou para durar e que poderá não ter as melhores consequências para o barcelenses
Os russos gelaram....
Estádio: Jorge Sampaio
Espectadores: 8.000
Árbitro: Pieter Vink
Portugal: Paulo Ribeiro, Filipe Oliveira, Amoreirinha, Manuel da Costa e Miguel Veloso, Organista e João Moutinho, Yannick, Diogo Valente, Varela e Vaz Té.
Treinador: José Couceiro Jogaram ainda: Hélder Barbosa, João Moreira e Ruben Amorin
Russia: Khomich, Cherenchicov, Taranov, Kolesnikov e Nababkin, Pavlenko, Shiskin, Rebko e Eschenko, Denisov e Savin
Treinador: Aleksander Borodyuk Jogaram ainda: Torbinsky, Dantsev e Vorobyeb
4 de outubro de 2006
UEFA Cup: O Sorteio
SC Braga 2 - 1 FC Porto
Espectadores: 13’740
Arbitro: Lucílio Baptista
SC Braga: Paulo Santos, Nem, Paulo Jorge, Carlos Fernandes, Madrid, Hugo Leal, Castanheira, Maciel, Luís Filipe, Wender, Marcel - Jogaram ainda: Maurício, Césinha, João Pinto
Treinador: Carlos Carvalhal
FC Porto: Helton, Bosingwa, Pepe, Bruno Alves, Ezequias, Paulo Assunção, Lucho, Raul Meireles, Quaresma, Anderson, Hélder Postiga – Jogaram ainda: Vieirinha, Alan, Lisandro
Treinador: Jesualdo Ferreira
A equipa da casa bateu o F.C. Porto por 2-1, num dos melhores encontros realizados até ao momento na Liga 2006/0. Apesar de ambas as equipas terem estado em acção durante a semana, o Braga para a UEFA e o FCP para a Liga dos Campeões.
Para o Sporting Clube de Braga foi sem dúvida o melhor: com garra, muita vontade de jogar, capacidade e iniciativa de remate!
Carlos Carvalhal manteve oito dos atletas que iniciaram a partida com o Chievo (Castanheira, Maciel e Marcel foram as novidades) e o Prof. Jesualdo Ferreira apostou em nove dos que entraram no onze inicial frente ao Arsenal (Ezequias e Raul Meireles entraram nos lugares de Ricardo Costa e Cech).
Logo nos minutos iniciais da partida o Lucho podia ter marcado o 1° para os “Dragões” mas o guardião bracarense Paulo Santos evitou o pior. E a partir desse lance o Braga reagiu bem e tomou conta do jogo onde obrigou Helton a muitas defesas.
Aos 26 minutos, com naturalidade e fruto de uma falha de marcação da defesa portista, Marcel aproveitou e rematou. O brasileiro fez aquilo que no SLB nunca conseguiu: marcar golos.
Este era então o melhor período do Sp. Braga. Atento à angústia, Jesualdo Ferreira abdicou de Paulo Assunção e fez entrar Lisandro. O Porto deu sinais de melhorias, mas era o Braga que continuava a lutar para marcar o segundo. E por surpresa, antes do intervalo Postiga marca de cabeça.
No segundo tempo Carvalhal decide renovar a enrgia e a ambição da sua equipa e manda entrar João Pinto e Césinha para os lugares de Wender e Castanheira. E minutos depois surgiu o golo de Luís Filipe, num excelente remate de fora da área. A perder, o treinador dos azuis & brancos colocou Vieirinha e, a seguir Alan. A baliza de Paulo Santos começou a ser “assaltada”, mas o marcador manteve-se inalterável. Os bracarenses venceram justamente e chegaram aos dez pontos, somente a dois dos líderes (F.C. Porto & Sporting).
MELHOR JOGADOR: Madrid
Palavras para quê? Caíu físicamente na segunda parte mas mesmo assim estava lá. Tem lugar em qualquer equipa do Mundo.
POSITIVO:
- o SCB mostrou aquilo que vale, deu uma lição de futebol
- um encontro espectacular e bom de se ver
- Postiga: deu esperança ao FCP
NEGATIVO:
- arbitragem
- Césinha: muito lento do que habitual
- um FCP muito apagado
ÁRBITRO: