11 de outubro de 2006

Os russos gelaram....




Estádio: Jorge Sampaio
Espectadores: 8.000
Árbitro: Pieter Vink

Portugal: Paulo Ribeiro, Filipe Oliveira, Amoreirinha, Manuel da Costa e Miguel Veloso, Organista e João Moutinho, Yannick, Diogo Valente, Varela e Vaz Té.
Treinador: José Couceiro Jogaram ainda: Hélder Barbosa, João Moreira e Ruben Amorin

Russia: Khomich, Cherenchicov, Taranov, Kolesnikov e Nababkin, Pavlenko, Shiskin, Rebko e Eschenko, Denisov e Savin
Treinador: Aleksander Borodyuk Jogaram ainda: Torbinsky, Dantsev e Vorobyeb

Os Sub-21 portugueses estão de parabens. Quando toda a gente pensava que a qualificação parao Europeu da modalidade, estava em risco, eis que os rapazes de Couceiro deram mostra de grande maturidade e nem sequer foi necessário um milgre para se marcarem os três golos necessários, depois da derrota por 4-1 em Moscovo, pois a equipa lusa foi muito superior em todos os sentidos. Couceiro arriscou tudo, utilizando um esquema pouco usual, pois ao principio o que parecia um 4x3x3, transformou-se num 4x2x4, bastante acutilante para uns russos que, apenas quiseram defender o resultado que traziam na bagagem e tentar, caso fosse essa a hipotese, não perder por 3-0.
Privado de Jõao Pereira, devido à expulsão de Moscovo, o lateral direito foi Filipe Oliveira, Couceiro operou algumas alterações, devolvendo a titularidade no eixo da defesa a Manuel da Costa, que não tinha actuado no primeiro jogo devido a castigo, a frente de ataque contou com várias alterações: Paulo Machado, Ruben Amorim e João Moreira, cederam os seus lugares a Varela, Yannick e Diogo Valente, que fez o seu primeiro jogo oficial nesta temporada.
Nos primeiros minutos, a equipa portuguesa entrou um pouco desnorteada, atacando sem muito discernimento, o que favoreceu a defesa russa. O jogo português assentou, e apartir do quarto de hora, já a equipa lusa procurava o golo, empurrando os russos para trás. Os flancos iam criando situações embaraçosas para os defesas da equipa russa, e foi assim que Vaz Té teve a primeira grande oportunidade de golo da partida ao cabecear ao lado, após centro de Diogo Valente. Os russos começaram a ficar nervosos, e à passagem da meia hora de jogo, o árbitro holandes assinala grande penalidade a favor de Portugal, castigando mão na area de Cherenikov, no entanto o lance é duvidoso. Moutinho, chamado a marcar, não desperdiçou e deu a primeira alegria aos 8 mil presentes. As coisas começaram a ficar mais complicadas para os forasteiros, quando já perto do intervalo, Kolesnikov, vê o vermelho directo após entrada dura sobre Diogo Valente. Os russos sentiram a expulsão e o golo sofrido e tremeram. Já nos descontos, Varela poderia ter ampliado a vantagem, depois de Komich ter deixado de passar a bola. No entanto o avançado português não chega a bola.
Após o reatamento, Portugal entrou decidido a marcar os golos que faltavam e Vaz Té teve oportunidade soberana para o fazer, quando aos 53 minutos chutou practicamente sem hipoteses para o guardião russo, que ficou a olhar para a bola, mas esta passou ao lado da baliza. Entretanto Couceiro já tinha feito uma substituição, trocando Varela por João Moreira e seria dos pés deste que sairia o centro para Yannick fazer o segundo golo, antecipando-se ao defesa russo. Era o delirío no estádio, pois só faltava um golo para consumar a reviravolta na eliminatoria. Os russos começaram a sentir o perigo a rondar a baliza e passados sete minutos surgiu o terceiro golo português. Filipe Oliveira centra a bola do lado direito, Helder Barbosa, entretanto também entrado, cabeceia para o centro da area onde aparecia Vaz Té, mas Taranov, na tentativa de impedir que a bola chegasse ao atacante luso, acaba por introduzi-la na propria baliza. Portugal estava em vantagem pela primeira vez na eliminatoria e agora teria que ter bastante espirito de sacrificio para aguentar este resultado. Até ao fim, Portugal controlou por completo as operações, no entanto os russos tentaram sempre marcar o golinho que lhes daria nova vantagem, sem no entanto, o conseguirem. No final da partida os jogadores russos protestaram com o árbitro, devido ao tempo de compensação, pois acharam que três minutos foi muito pouco.
O Melhor em Campo
João Moutinho: Classe, qualidade de passe, serenidade nos momentos de mais pressão, caracterizam este médio leonino, que a cada jogo que passa se torna cada vêz mais, peça fundamental. Exibição grandiosa, coroada com o golo que deu início à reviravolta.
O Positivo do Jogo
Tirando os três golos que deram a passagem ao conjunto português, os 8 mil incansáveis adeptos, tiveram uma atitude positiva ao puxarem pela equipa e acreditando que seria possivel vencer por 3-0 os russos. Tudo isto tem ainda mais expressão olhando às condições climatericas: Chuva durante practicamente quase todo o jogo. Notavel!
O Negativo do Jogo
A atitude dos russos de virem defender o resultado que traziam de Moscovo. Quanto mais à defesa se joga, mais fácil é perder, e ontem tiveram a prova disso. Não me lembro de uma situação de golo iminente, por parte da Russia.
O Árbitro
Pieter Vink fez um trabalho que se pode catalogar como razoavel. Há dois lances em que as interpretações são dúbias: O lance do penalti parece bola na mão e não mão na bola, e a expulsão de Kolesnikov parece ser demasiado rigida. De resto um bom trabalho.

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