30 de setembro de 2006

Uefa Cup: Chievo 2 - 1 SC Braga

Estádio: Marc'Antonio Bentegodi
Espectadores: 6’500
Arbitro:Carlos Megia Dávila (Espanha)

Chievo Verona: Sicignago, Malagó, Mandelli, Scurto, Marcolini, Luciano,Sammarco, Zanchetta, Kosowski, Bruno, Tiribocchi - Jogaram ainda: Moro, Brighi, Godeas
Treinador: Giuseppe Pillon

SC Braga: Paulo Santos, Frechaut, Nem, Paulo Jorge, Carlos Fernandes,Madrid, João Pinto, Hugo Leal, Luís Filipe, Zé Carlos, Wender - Jogaram ainda: Maciel, Maurício, Césinha
Treinador: Carlos Carvalhal



A equipa minhota entrou a ganhar 2-0 no segundo jogo a contar para a 1° eliminatória da Uefa. Entrou com eficácia e a trocar "bem" a bola durante os primeiros 20-25 minutos, como poucas vezes fizeram ainda neste inicio de temporada (Liga Bwin).
Não houve o esperado sufoco inicial. Mas, em contrapartida, a equipa portuguesa não permitiu ao Chievo a criação de lances de perigo, com a excepção de dois ou três lances em que Frechaut permitiu cruzamentos de Kosowski junto à linha de fundo. Mas a falta de velocidade de Frechaut face a Kosowski começou a causar abalo na segunda metade da primeira parte... e custou um golo.
Curiosamente o Braga não pareceu muito perturbado com o golo sofrido, embora nesta fase a troca de bola não tivesse grande qualidade. De todo o modo, até final da primeira parte, oportunidades de golo para o Chievo... zero. Nós ainda tivemos um bom remate à meia volta por Zé Carlos.

Na segunda metade, Carvalhal fez entrar Maciel para o lugar de Hugo Leal, colocando Luís Filipe na defesa e Frechaut no meio-campo. O Sp. Braga entrou mais agressivo e criou duas boas oportunidades por Maciel e Wender (uma outra... pelo guarda-redes do Chievo). É certo que a troca de bola não era grande coisa (impressionante a quantidade de bolas perdidas por JVP apesar da sua entrega!), mas a equipa portuguesa esteve mais perigosa na frente. Quando Carvalhal resolveu apostar na velocidade de Césinha (para a saída de um anormalmente apagado Zé Carlos), sucede um erro incrível de Paulo Jorge (parecido com o que cometera na pre-época em Barcelos) que dá o segundo golo ao Chievo, que não tinha feito até então um único remate perigoso à nossa baliza. O jogo aí entrou num período louco, com alguma desorientação de parte a parte: expulsões, muitas perdas de bola, passes errados, etc..
A equipa minhota contudo, sem jogar bem, nunca se deixou inferiorizar pelo adversário. Mais: à medida que o tempo passava, parecia evidente que a nossa equipa estava mais fresca que o Chievo. O que se veio a confirmar no prolongamento. O domínio "vermelho e branco" era evidente e o golo surgiu com alguma naturalidade. O Braga podia depois ter feito algo mais pelo empate, que estava claramente ao alcance... Foi uma derrota com sabor a vitória!

O Melhor em Campo (estre aspas)

Wender foi o herói da eliminatória. No primeiro confronto, em Braga, o brasileiro marcou o segundo golo, que transmitiu alguma confiança para o jogo decisivo e na passada quinta-feira voltou a deixar a sua marca, garantindo a passagem à fase de grupos. Apesar de todo o empenho, de muito tentar remar contra as adversidades - leia-se evolução do marcador por parte dos italianos, revelando inconformismo através de remates de meia-distância, o esquerdino esteve algo distante do que pode e sabe fazer. Saiu logo após ter marcado o golo, em maca, lesionado, mas obviamente satisfeito com a estrelinha que iluminou o desvio de cabeça entre as torres adversárias.

O Positivo do Jogo

O Sp. Braga saiu da cidade dos eternos namorados (Romeu e Julieta), com o passaporte carimbado para a fase de grupos da UEFA, objectivo perseguido á três anos e após duas tentativas frustradas (Hearts & Estrela Vermelha), conseguiram – era muito importante; tanto a nível desportivo como financeiro.

O Negativo do Jogo

A equipa arsenalista demonstrou falta de atitude, agressividade, qualidade, personalidade e muitas saudades daquela equipa que fez uma brilhante pré-época; aquela equipa que quase sabia jogar de olhos fechados?!
Os jogadores jogam sem nexo nenhum, completamente atabalhoados e não se entendem uns com os outros, e isso pode-se ver na quantidade de passes falhados que fizeram durante todo o jogo.Só nos resta rezar e fazer fé que esta crise vá passar já neste inicío de semana...
Já para não falar do caso do Nem, que um jogador com a sua experiência, teve uma atitude de iniciado; uma autêntica palhaçada.

O Árbitro

Errou em pequenos erros técnicos, mas na acção disciplinar, em especial nas expulsões, esteve bem.

29 de setembro de 2006

Gil Vicente joga na II Liga

O conturbado processo denominado "Caso Mateus" parece ter chegado ao fim ontem, depois de o Tribunal Administrativo e Fiscal de Lisboa (TAFL), não ter dado provimento à providência cautelar interposta pelos responsaveis do clube de Barcelos, sobre a necessidade da invocação de interesse público para normalização das competições profissionais, requerida pela FPF e pela LPFP.

Os responsáveis gilistas emitiram um comunicado que podem ler na integra no site do clube, e que entre outros pontos, diz que de facto comparecerá no Estádio dos Arcos, no proximo Domingo, para defrontar o Rio Ave. Já não era sem tempo que os dirigentes gilistas tomassem consciência de que, com esta atitude de força, estavam a destruir o clube que dirigem, tanto mais que 14 jogadores do plantel, Mateus incluido, solicitaram a rescisão do vinculo contratual, alegando ordenados em atraso admitidos pelo próprio presidente, António Fiúza. No seguimento da decisão do TAFL, o Gil Vicente irá solicitar à Liga de Clubes, que os jogos em que os gilistas não participaram sejam reagendados, pois alegam que devido à demora da decisão viram-se obrigados a não comparecer. Ora nesse cápitulo, no meu entender, o Gil Vicente continua sem razão, pois segundo o Artigo 59.º do Regulamento Disciplinar da Liga para a época 2006/07, diz no ponto 1, das competições por pontos, que o clube que faltar será punido com derrota, subtracção de 3pts e multa que pode ir dos 2.500€ aos 10.000€. Abaixo deixo o referido Artigo 59.º do Regulamento disciplinar da Liga, para apreciação dos leitores.

Artigo 59.º
(Da falta de comparência nos jogos)


1.
a) PROVAS POR PONTOS:

- Derrota, subtracção de 3 pontos e multa de € 2.500 (dois mil quinhentos euros) a €
10.000 (dez mil euros).

b) PROVAS POR ELIMINATÓRIAS:

- Eliminação e multa de € 2.500 (dois mil quinhentos euros) a € 10.000 (dez mil
euros).

2. Se a falta se verificar em algum dos três últimos jogos de uma prova por pontos, o Clube
faltoso será punido com pena de descida de divisão, derrota no jogo e multa acessória até €
50.000 (cinquenta mil euros).

3. A falta não justificada de um Clube ao quarto jogo oficial seguido ou ao sexto jogo oficial
alternado, numa prova a disputar por pontos, será punida com pena de exclusão das
competições de carácter profissional, derrota no jogo e multa acessória até € 150.000 (cento e
cinquenta mil euros).

4. Nos casos acima previstos, o Clube faltoso será ainda condenado a pagar as despesas de
arbitragem e de organização, além dos prejuízos causados às entidades lesadas, em
função da receita provável.

5. Somente justificam a falta a força maior, o caso fortuito e a culpa ou dolo de terceiros que
determinem a impossibilidade de comparência.

6. A justificação da falta terá de ser apresentada por escrito e dar entrada nos serviços da Liga
no prazo de dois dias úteis, a contar da data da falta, acompanhada das provas ou da
indicação do meio de as obter.

7. A Comissão Disciplinar apreciará a justificação do Clube faltoso.

8. O Clube que, por qualquer modo, contribuir directamente para que outro Clube
pratique as infracções referidas nos números anteriores é punido com as penas iguais às
do infractor.

9. O Clube que proceder da forma indicada, sendo adversário do Clube infractor, perde
direito à compensação por despesas e à indemnização por prejuízos a que se refere o
anterior n.º 4 e será sempre responsável solidariamente com este pelo pagamento de
despesas de arbitragem e de organização e pelos prejuízos causados às entidades lesadas.

10.O Clube é considerado responsável, nos termos do n.º 8, pelas faltas cometidas, directa ou
indirectamente, por qualquer dos seus dirigentes ou representantes.

28 de setembro de 2006

Analise da 2ª Jornada da Champions League

A 2ª jornada da Champions League decorreu sob o signo da normalidade, não havendo nenhum resultado surpreendente. O Sporting foi a única equipa portuguesa a conseguir conquistar um ponto e a quebrar a tradição de voltar da Rússia sempre com uma derrota. O Benfica desiludiu mais uma vez os adeptos e acabou derrotado, no Estádio da Luz, frente ao Man. United, que aproveitou a única oportunidade de golo que teve. O FC Porto também acabou derrotado pelo Arsenal e não quebrou a tradição, voltando de Inglaterra com mais uma derrota.

Grupo A

A história do jogo entre Levski de Sófia e Chelsea resume-se a poucas linhas. Dum lado uma equipa inexperiente, do outro um candidato ao titulo. Cedo o Chelsea disse que queria vencer e nos primeiro minutos da partida, atirou aos ferros da baliza de Petkov, primeiro por Drogba logo ao quinto minuto de jogo e mais tarde seria Ballack do meio da rua com o guardião búlgaro ainda a desviar a bola. Aos 39 minutos o Chelsea chega a vantagem através do costa-marfinense, a aproveitar uma defesa incompleta do guarda-redes do Levski. No sítio certo e livre de marcação, Drogba atirou a contar. Drogba esteve endiabrado e marcaria por duas vezes mais, confirmando o hat trick e dizendo a Mourinho que pode continuar a contar com ele. Os búlgaros responderam já perto do fim da partida com um golo apontado por Ognyanov, que tinha saltado do banco a 20 minutos do fim. Com este resultado o Chelsea irá receber o Barça em vantagem pontual e com o apuramento praticamente garantido.

O Barcelona deslocou-se a Bremen e sentiu enormes dificuldades para trazer um ponto. O Werder Bremen, que já tinha dado boas indicações em Londres, foi uma equipa que não teve medo do Barcelona e partiu para o domínio da partida, tendo mesmo encostado o Barcelona às cordas nos minutos iniciais. No início da segunda parte, Puyol fez aquilo que os avançados alemães não conseguiram e marcou na própria baliza, ao minuto 56. O Werder Bremen adquiriu ainda mais confiança e poderia ter sentenciado o jogo pouco depois, mas o remate de Borowski saiu junto ao poste. A entrada de Messi revelou-se fundamental para o Barcelona, que também perdeu Eto’o, com uma lesão no menisco. O prodígio argentino foi o responsável pelo sufoco dos alemães nos últimos 20 minutos de jogo e já perto do fim, em boa combinação com Deco empata a partida. O Barca deixa fugir o Chelsea em vésperas de Visitar Stamford Bridge, mas não põe o apuramento em risco, ao contrário do Bremen, que precisava de vencer para não perder de vista os dois principais candidatos.

Grupo B

No outro jogo do grupo do Sporting, o Bayern de Munique ascendeu à liderança do grupo, fruto da vitória alcançada em Milão, já nos últimos dez minutos da partida. O Inter bastante desfalcado, apresentou-se bastante inconstante também e nos primeiros 30 minutos, os bávaros dispuseram de quatro flagrantes oportunidades de golo. O Inter nunca conseguiu contrariar a supremacia alemã e pior ficou quando Ibrahimovic foi expulso já no decorrer do segundo tempo. O primeiro golo dos alemães surgiu ao minuto 80, por intermédio de Pizarro, a premiar o excelente caudal ofensivo alemão. Já perto do fim da partida, e depois de mais uma expulsão, a terceira em jogos da Champions, desta feita Grosso foi o visado, Podolski, que havia entrado segundos antes estabeleceu o resultado final. Vida difícil para Mancini, que vê o cerco a apertar-se e o apuramento para os oitavos de final, começa a ficar cada vez mais longe.


Grupo C

O PSV de Koeman venceu o Bordéus e reparte a liderança do grupo com o Liverpool, que também venceu o deu jogo. O golo dos holandeses foi marcado por Vayrynen, aos 25 minutos do primeiro tempo, premiando uma excelente jogada do ataque holandês. A equipa de Koeman foi sempre mais perigosa. O Bordéus tentou responder mas encontrou em Gomes, um obstáculo difícil de transpor. Já nos minutos finais Olegário Benquerença, mostrou o vermelho a Lamey por este ter dado uma cotovelada num jogador francês, faltavam cinco minutos para o fim do jogo.

O Liverpool recebeu e venceu o Galatasaray, mas sofreu já na parte final para garantir essa vitória. O jogo até começou bem para os Reds, pois aos 15 minutos de jogo, já venciam por 2-0, com Crouch e Luís Garcia a serem os autores dos golos. O domínio do Liverpool foi avassalador e os turcos pareciam perdidos no terreno, tal era o sufoco inglês. Peter Crouch esteve em noite inspirada e ainda marcaria mais um golo, este a ser talvez o melhor golo da jornada. Centro da direita do ataque inglês, e Crouch ainda de fora da área a executar um pontapé de volei perfeito, que deixou Mondragon pregado ao solo. O Liverpool adormeceu e a surpresa esteve à vista. Umit, entrado ao início do segundo tempo, marcaria de cabeça dois golos no espaço de cinco minutos, o que deixou a equipa de Benitez com o coração nas mãos. E seria mesmo Reina a evitar a surpresa, quando a um minuto do fim segurou a vitória, negando o golo a Hakan Sukur.

Grupo D

Neste grupo, o Valência assume-se como grande favorito à passagem aos oitavos de final, depois de bater a Roma por 2-1. Sempre mais incisivo no ataque que os romanos, a equipa do Valência adiantou-se no marcador através de um golo de Angulo. Totti empataria cinco minutos depois, na sequência de uma grande penalidade cometida infantilmente por Moretti sobre o compatriota Cassetti. Ainda antes da meia hora, David Villa estabeleceu o resultado final com um excelente pontapé de fora da área. A Roma tentou procurar a igualdade, mas sem o conseguir.

No outro jogo deste grupo, Olimpiakos e Shaktar empataram a duas bolas. Num jogo equilibrado o primeiro a chegar ao golo foi precisamente o conjunto grego, através de Konstantinou. Mas os ucranianos rapidamente chegaram à igualdade através de Matuzalem. No segundo tempo Castillo voltou a dar vantagem ao Olimpiacos, mas dois minutos depois Maricá restabeleceu a igualdade. Com este resultado, os dois clubes ficam com um ponto.

Grupo E

Depois do pesadelo de Gerland, o Real Madrid cilindrou os ucranianos do Dínamo de Kiev por 5-1. Com uma excelente exibição, talvez a melhor da época ate ao momento, os blancos chegariam ao intervalo a vencer por 3-0, fruto dos golos de Van Nistelrooy, Raul e Reyes. No segundo tempo, Milevsky ainda reduziu, mas Raul e Van Nistelrooy, acabariam por bisar e esmagar o conjunto ucraniano. Com esta vitória, os espanhóis chegam ao segundo lugar do grupo. Com estes dois golos, Raul volta a ser o melhor marcador em actividade da Taça/Liga dos Campeões, com 53 golos.

O Lyon continua a passear classe por onde passa e desta feita deslocou-se a Bucarest para despachar o Steaua, com um concludente 0-3. O Lyon foi sempre mais dominador e chegou ao golo já perto do intervalo depois de uma falha clamorosa de Carlos. Fred oportuno inaugurou o marcador. No segundo tempo seria a vez de Tiago brilhar, e apontar o segundo golo do pentacampeão francês, na sequência de um canto. Benzena fecharia as contas já no minuto 90.

Grupo F

No outro jogo do grupo do Benfica, o Celtic recebeu e bateu os dinamarqueses do Copenhaga por 1-0. O golo foi obtido por Kenny Miller, ao minuto 36, na sequência de uma grande penalidade sofrida por Nakamura, que deixou os nórdicos com a cabeça em água. O Resultado peca por escaço, pois o domínio dos escoceses chegou a ser avassalador, mas a excelente exibição do guardião Christiansen evitou males maiores. Com esta vitória os católicos posicionam-se no segundo lugar do grupo.

Grupo G

No outro jogo do grupo do FC Porto, os russos do CSKA receberam e bateram o Hamburgo por 1-0, com o golo russo a ser apontado pelo brasileiro Dudu Cearense. Num jogo de escaças oportunidades de golo, os russos foram os mais ousados na procura da vitória, que chegou através de um canto, onde o brasileiro cabeceou certeiro. O Hamburgo respondeu com alguma intensidade, mas não conseguiu o empate e aumenta assim para onze o número de jogos sem vencer, desde que começou a época.

Grupo H

Por último, o AC Milan deslocou-se a Lens para defrontar o Lille. Os italianos foram sempre mais fortes que os franceses, mas a exibição inspirada de Tony Silva deitou por terra as ambições milanesas. Aos 50 minutos o caso do jogo: Seedorf faz golo mas o árbitro espanhol Mejúto Gonzales invalida o lance por fora de jogo do holandês, mas as imagens televisivas confirmam a posição legal do jogador do Milan.

No outro jogo do grupo, o AEK recebeu o Anderlecht, mas não foi desta que conseguiu vencer. Frutos apontou o golo dos belgas depois de excelente jogada por ele produzida. Mas 3 minutos depois Júlio César, ex-jogador de Estrela e Gil Vicente, restabeleceu a igualdade.

Spartak Moskovo - Sporting CP

Estádio: Luzhniki
Espectadores: 50.000
Árbitro: Martin Hansson

Spartak Moscovo: Kowalewski, Jiránek, Geder, Stranzl e Shishkin, Kovac, Mozart e Titov, Bystrov, Boyarintsev e Pavlyuchenko
Treinador: Vladimir Fedotov Jogaram ainda: Rebko e Owusu-Abeyie

Sporting CP: Ricardo, Miguel Garcia, Polga, Tonel e Caneira, Miguel Veloso, João Moutinho, Tello e Nani, Yannick Djaló e Liedson
Treinador: Paulo Bento Jogaram ainda: Alecsandro, Paredes e João Alves


O Sporting entrou no sintético de Luzhniki praticamente a perder. Logo na primeira jogada de perigo do encontro, os russos chegaram ao golo, através de Boyarintsev, jogador bastante irrequieto e que deu bastante trabalho ao quarteto defensivo dos leões. Este golo condicionou bastante a actuação da equipa do Sporting, que durante os primeiros 45 minutos foi dominada, como nunca antes o tinha sido por outra equipa. E se não fosse algumas intervenções meritórias de Ricardo, o resultado ao intervalo poderia ter sido mais dilatado. O Sporting não conseguiu fazer as transições ofensivas com rapidez e muitas vezes os passes saíam mal, devido precisamente ao pressing exercido pelos russos, que também tiveram os seus momentos difíceis, principalmente quando Nani, que esteve bastante desinspirado, conseguia acertar um passe. Já perto do intervalo, uma excelente defesa de Ricardo proibiu o endiabrado Boyarintsev de bisar no encontro.

No segundo tempo Paulo Bento deixou Miguel Garcia no balneário e fez entrar Alecsandro, mas as coisas não mudaram muito de sentido. Nos primeiros cinco minutos do segundo tempo, Pavlyuchenko teve duas oportunidades de matar o jogo. Primeiro num cabeceamento à vontade na área, que saiu bastante perto da balia e depois num remate forte, no seguimento de uma excelente jogada de Bystrov, que passou como quis pela defesa do Sporting, tendo Ricardo oposto, com uma defesa de grande nível. A partir deste momento, o Sporting equilibrou um pouco o jogo, e conseguiu chegar ao golo, quando faltava cerca de meia hora para o fim da partida. Grande jogada de combinação entre Paredes, Alecsandro e Yannick, chegando depois a bola a Nani que tabela com Liedson e depois de rasgar a defesa e de fintar o guardião russo, bateu para a baliza desamparada, com Geder, em desespero, ainda a tentar evitar o golo. Foi o único momento inspirado do ataque leonino, que até ao momento apenas tinha complicado com constantes perdas de bola que causavam rápidos contra-ataques adversários. Os moscovitas não desistiram e mais uma vez Boyarintsev teve uma excelente oportunidade minutos depois do golo, mas atirou por cima da baliza de Ricardo. Até ao fim os russos tentaram marcar o segundo, mas em vão, e pela primeira vez na história de confrontos entre equipas russas e o Sporting, os leões voltam sem uma derrota. Este ponto é importantíssimo, pois mantém os leões nos lugares de apuramento para a fase seguinte.

O Melhor em Campo

Boyarintsev. Se houve jogador irrequieto, batalhador e bastante difícil de parar foi este. O golo obtido logo aos 5 minutos, revela um excelente sentido de oportunidade e excelente capacidade de remate. Pôs a cabeça em água a Miguel Garcia.

O Positivo do Jogo

O Sporting não perdeu e este resultado quebrou a tradição, pois o Sporting só averbou derrotas sempre que se deslocou à Rússia. É bastante importante este resultado, pois permite ao Sporting manter-se nos lugares de apuramento e pensar na passagem à fase seguinte da competição.

O Negativo do Jogo

O Sporting ontem sofreu uma pressão como nunca tinha sofrido até então. Acantonados na seu meio campo em grande parte do jogo, os passes não saíam bem e criavam descompensações. O desacerto de Nani nos passes poderia ter sido fatal em duas ou três ocasiões. Talvez a constante rotatividade de jogadores seja um pouco prejudicial à estabilidade do onze que entra em campo.

O Árbitro

No primeiro tempo verificou-se um certo caseirismo do árbitro sueco, que deixou passa em claro uma falta a entrada da área russa, quando Djaló foi derrubado por Stranzl, em plena progressão para a baliza do Spartak. Depois do intervalo voltou um pouco diferente e mais justo nas decisões que tomou. Sem influência no resultado.

27 de setembro de 2006

Arsenal - FC Porto

Estádio: Emirates Stadium
Espectadores: 59.861
Arbitro: Stefano Farina

Arsenal: Lehmann, Eboué, Touré, Hoyte e Gallas, Hleb, Fábregas, Gilberto e Rosicky, Henry e Van Persie
Treinador: Arsene Wenger Jogaram ainda: Ljunberg, Walcott e Song

FC Porto: Helton, Bosingwa, Pepe Bruno Alves e Ricardo Costa, Paulo Assunção, Lucho e Cech, Anderson, Quaresma e Postiga
Treinador: Jesualdo Ferreira Jogaram ainda: Raul Meireles, Lisandro Lopes e Adriano

Depois do empate caseiro frente ao CSKA, o FC Porto deslocou-se a Londres para defrontar o Arsenal. O jogo até começou mais ou menos bem para os dragões, que foram segurando a avalanche ofensiva dos “gunners”.
Jesualdo Ferreira fez algumas alterações no onze inicial, e foi com alguma surpresa que Ricardo Costa surgiu do lado esquerdo da defesa, e Cech mais adiantado, jogando como médio esquerdo.
O Arsenal acabou por marcar um gola, ainda não estavam decorridos 5 minutos de jogo, o que dá mostra do grande sentido de baliza dos ingleses desde o primeiro minuto, no entanto o lance acabaria por ser anulado, pois quando Fábregas deu a bola a Touré, esta já tinha ultrapassado a linha de fundo. A melhor oportunidade de golo para o FC Porto surgiu aos 15 minutos, na sequência de um pontapé de canto, mas a bola rematada por Bruno Alves acabaria por ser desviada do golo por um defesa e pelo poste. A partir deste momento o Arsenal começou a tomar conta do jogo, pois os laterais, Eboué e Gallas, subiam com bastante perigo. Aos 29 minutos poderia ter surgido o primeiro golo para o Arsenal, não fosse a má pontaria de Van Persie, que só com Helton pela frente atirou muito por cima da baliza. Mas já mesmo encima do intervalo acabaria por chegar o golo. Eboué desceu mais uma vez pelo flanco direito, centrou milimetricamente para a cabeça de Henry, que por trás de Pepe conseguiu marcar o primeiro da partida. O intervalo chegava, e com alguma naturalidade o Arsenal vencia.

Já ontem tinha alertado para o perigo dos laterais, que são jogadores fisicamente portentosos e nada lentos. Estavam decorridos apenas dois minutos do segundo tempo, quando Gallas arranca uma excelente jogada, passando por dois jogadores azuis e brancos, dá a bola a Henry, que dá imediatamente a Hleb, e esta sozinho, remata para o segundo golo do Arsenal. Este golo matou o jogo, pois o FC Porto nunca conseguiu contrariar a supremacia inglesa, que depois do golo apostou claramente em gerir o resultado. Jesualdo Ferreira, que tinha deixado ao intervalo no balneário Ricardo Costa e fez entrar Raul Meireles para o seu lugar, tirou Anderson aos 65 minutos fazendo entrar Adriano e partir daqui o FC Porto acabou, pois não conseguiu chegar com perigo à baliza de Lehmann, excepção feita a 10 minutos do fim, quando Quaresma conseguiu rematar com o guardião alemão a ter alguma dificuldade em para o remate, chegando inclusive a lagar a bola. A vitória assentou bem ao Arsenal, pois foi a equipa que mais a procurou, porque também tem mais argumentos para isso. O FC Porto demonstrou mais uma vez que não tem equipa para jogar na Europa, e talvez Adriaanse tivesse razão quando disse que precisava de um matador para a Champions.

O Melhor em Campo

Henry. É um luxo para quem o vê jogar. O francês do Arsenal não é só ponta de lança. Ele é extremo esquerdo, direito, ele vai ao meio campo, enfim, é um todo o terreno e um poço de força e vitalidade. Não faz só golos, também os fabrica. Fábregas teve uma excelente oportunidade para aumentar o score, depois de Henry ter dado um nó cego em Bosingwa. No fundo é um excelente jogador e apontou o golo 50 em competições europeias.

O Positivo do Jogo

A atitude esforçada de alguns jogadores do FC Porto. Tentaram por todos os meios dar a volta ao marcador, mas a inexperiência de alguns atletas é crucial nestas andanças. É um regalo ver Anderson jogar, nota-se que o miúdo pouco tempo ficará no Dragão. Coincidência ou não, o FC Porto desapareceu depois da sua substituição.

O Negativo do Jogo

A derrota do FC Porto. Esta derrota deixa os portistas um pouco em maus lençóis. Embora ainda seja cedo para assumir algo como decisivo, o facto é que esta derrota aliada à vitória do CSKA frente ao Hamburgo deixa o FC Porto em desvantagem para os russos, devido ao empate da 1ª jornada. É imperativo vencer o Hamburgo na próxima ronda, pois caso isso não aconteça, poderá estar hipotecada a presença nos oitavos de final.

O Árbitro

Stefano Farina esteve bastante bem no jogo. Também não houve casos difíceis, nem situações complicadas para decidir. Terá errado na apreciação de um lance, aos 70 minutos. Pepe não deixou Fábregas progredir, empurrando-o com os braços. Ficou apenas a duvida se a falta foi fora ou dentro da grande área. Foi sempre muito bem auxiliado pelos fiscais de linha.

SL Benfica - Man. United

Estádio: Estádio da Luz
Espectadores: 55.000
Arbitro: Frank De Bleekere

Benfica: Quim, Alcides, Luisão, Anderson e Léo, Petit, Katsouranis e Karagounis, Paulo Jorge, Simão e Nuno Gomes
Treinador: Fernando Santos Jogaram ainda: Nuno Assis, Miccoli e Mantorras

Manchester United: Van der Sar, Neville, Ferdinand, Vidic e Heinze, Carrick, O’Shea, Scholes e Cristiano Ronaldo, Saha e Rooney
Treinador: Alex Ferguson Jogaram ainda: Fletcher e Alan Smith


Mais uma noite de gala no Estádio da Luz, para acolher um jogo da Liga dos Campeões, mas desta feita as expectativas dos espectadores presentes saíram defraudadas.
O Benfica até entrou bem na partida, tendo dominado o jogo nos primeiros 45 minutos. Neste período, o Manchester United esteve surpreendentemente com os onze jogadores atrás da linha da bola, sempre na expectativa do contra-ataque encarnado e não raras vezes, nem sequer conseguia sair a jogar, tal era a pressão exercida pelos benfiquistas, ao jogador que transportava a bola. Graças a essas recuperações, o Benfica foi criando algumas situações de embaraço para a defesa do United, que andou um pouco atordoada. Fernando Santos surpreendeu ao não usar Miccoli no lado direito do ataque, assim como também ao deixar Nelson no banco e Kikin Fonseca fora da convocatória. Em certas alturas da primeira parte, quando a defesa inglesa estava mais à deriva, notava-se a falta do italiano, que com a sua rapidez poderia ter desequilibrado o encontro. A melhor oportunidade do primeiro tempo, pertenceu por isso, ao Benfica que através de Nuno Gomes que surgiu isolado, rematou à entrada da área, com Van der Sar a desviar para canto. Estávamos já perto do intervalo e um golo nesta altura do desafio poderia ser crucial para o desfecho da partida. Mas o descanso chegou com o nulo a manter-se.

Pessoalmente, não gosto de Fernando Santos. Apesar de ter cara de mau em certas alturas dos jogos, o certo é que não assusta ninguém no terreno de jogo. Quando ao intervalo se pedia que Miccoli surgisse dos balneários, o certo é que entrou o mesmo onze. A toada inicial da partida manteve-se, pois o Benfica conseguiu manter um certo ascendente, mas a realidade é que a qualidade de jogo é sempre a mesma. Se houvesse uma taça para a equipa que mais troca de bola fizer nos jogos, de certeza que o Benfica venceria o troféu. Existe demasiada troca de bola no seio da equipa, o que limita a qualidade jogo de ofensivo, que é praticamente inexistente. A certa altura da partida, os jogadores encarnados pareciam cansados, pois fartaram-se de correr sem nada fazer, o que deixa ver que não há quem crie uma jogada de perigo, não existe um jogador imaginativo, que procure ganhar faltas à entrada da área, enfim, não há quem pegue no jogo. Chega a ser desesperante ver o Benfica sair para o contra-ataque, chegar ao último terço do terreno e como que por falta de ideias, o jogo para, e começa então a troca de bola desesperante, que não leva a lado nenhum.
Ao contrario do Benfica os jogadores do Man. United foram mais pragmáticos. Apesar de não ter tido uma oportunidade de golo clara durante 60 minutos, o certo é que foi precisamente nesse minuto que chegou o golo. Em três toques a bola chegou da baliza de Van der Sar aos pés de Saha, que ao contrário dos jogadores do Benfica, resolveu sozinho, passando por Anderson e rematando cruzado para o fundo das redes de Quim. Estava feito o único golo do jogo na primeira oportunidade flagrante de golo para os visitantes. A partir deste momento, Fernando Santos, que ia fazer entrar Nuno Assis, no momento do golo, começou a ver a vida a andar para trás. E o Manchester, que já tinha equilibrado um pouco o jogo, chegou ser superior, criando por Saha mais um calafrio a Quim, antecipando-se a Luisão no centro da grande área. Fernando Santos fez entrar ainda Miccoli e Mantorras, já em desespero de causa, pois nem consegui perceber em que esquema é que o Benfica acabou a partida, mas o certo é que pouco frutíferas se revelaram estas substituições. O United poderia ter chegado ainda ao segundo golo, quando faltavam já dois minutos para os 90, quando na marcação de um livre apontado por Heinze, Quim defendeu dois remates a queima-roupa, com toda a defesa a vê-lo jogar. Primeiro esteve mal, pois defendeu o remate do argentino para a frente, onde surgiu Carrick, que tentou rematar cruzado, com Quim a obstaculizar e depois ainda conseguiu parar o remate de Smith, também ele na cara do guardião. Passados alguns minutos o jogo chegaria ao fim, com um enorme coro de assobios para o treinador e vários lenços brancos nas bancadas em sinal claro de que a vida do engenheiro na Luz, não se está a afigurar nada fácil.

O Melhor em campo

Há alguns jogadores que poderiam figurar nesta nomeação, mas acho justo considerar Quim como o melhor em campo, depois de o ver defender dois remates de golo certos, com a passividade da defesa encarnada como pano de fundo. Parece-me justo, até porque juntamente com Paulo Jorge, tem sido o melhor jogador encarnado até ao momento. Tenho também que realçar a exibição do Cristiano Ronaldo, pois de facto, foi o único que esteve em grande nível, mesmo que por vezes andasse desaparecido do jogo. Os elogios de Ferguson antes do jogo assentaram que nem uma luva, e desta vez nem os assobios desconcentraram o jogador.

O Positivo do jogo

Não vejo muito de positivo nesta partida. O Benfica perdeu e fica em maus lençóis no grupo, tanto mais porque a próxima deslocação é a Escócia, para defrontar o sempre complicado Celtic de Glasgow. Mas posso destacar a atitude dos jogadores encarnados em termos disciplinares. Pelo menos ninguém foi expulso, o que é algo de novo nos jogos do Benfica deste início de temporada.

O Negativo do jogo

A derrota. Tem que ser considerado como o ponto mais negativo, de entre tantos que poderia nomear, como a falta de ideias do meio campo para a frente e a ausência de um criador de jogo, problema do Benfica de longa data. Esta derrota compromete o percurso encarnado nesta edição da Champions League e obriga desde já os encarnados a vencerem o jogo frente ao Celtic, pois o empate pode não chegar para somar o número de pontos necessários para seguir em frente. O Benfica voltou a ser igual aos clubes portugueses de outras épocas em que eram superiores aos adversários teoricamente mais fortes, mas devido à falta de concretização dos lances de perigo criados, acabavam por perder os jogos.

O Árbitro

O árbitro belga esteve de uma maneira geral bem, tendo apenas um erro, induzido pelo se auxiliar, ao tirar um fora de jogo a Alcides, ainda no primeiro tempo, quando o jogador brasileiro estava claramente em jogo. Em termos disciplinares, poderá ter perdoado a expulsão a Heinze, que devido ao número de faltas e aos protestos dirigidos ao juiz, justificava a expulsão.

26 de setembro de 2006

Apresentação

Olá caros „leitores“

Antes de mais vou-me apresentar. Chamo-me Cidália Carvalho, tenho 19 anos e sou natural de Braga, mas desde os meus 8 anos que me encontro na Suíça, mais concretamente no cantão de St. Gallen – na parte alemã.

Finalizei recentemente o curso de Relações Públicas e neste momento estou a trabalhar para a empresa onde fiz o meu estágio profissional; ou seja na “Leica Geosystems AG” que é mundialmente conhecida, cujo o negócio premiliar é a provisão de solucões totais no campo da medida de dados especiais em examinar.

E estão vocês a esta hora a perguntar porquê que estou aqui a falar de mim. Pois bem, a partir de agora vou passar a escrever neste cantinho sobre o meu clube de coração: Sporting Clube de Braga (resumos dos jogos, notícias, etc.).
Infelizmente para muita gente o Sp. Braga é um clube “pequeno/médio”, mas para mim não. Ele é, e será para sempre o meu “grande” clube de futebol, como para muitos um Real Madrid, Barcelona ou um Chelsea.
E por isso digo que foi com muito agrado que aceitei o convite do Johnny.

Não vou prolongar mais este post, é só mesmo para ficarem com uma pequena ideia sobre a minha pessoa.

Sem mais nada a dizer, despeço-me com um beijinho*
Cidália Carvalho

De regresso às competições europeias

Hoje voltam as competições europeias. Mais uma vez Portugal e Ingalterra vão estar em confronto directo: Benfica - Man. United e Arsenal - FC Porto. Cabe a aguias e dragões continuar o excelente pecúlio de vitórias do futebol portugues sobre o futebol inglês.

Os encarnados vão tentar fazer o mesmo resultado do jogo da época passada, que valeu a passagem aos oitavos de final da competição. Curioso é que nem Geovani nem Beto devem alinhar hoje... O primeiro não está no plantel encarnado, o segundo tem Petit e Katsouranis à sua frente. O Benfica deverá alinhar no mesmo sistema de 4x3x3, mas desta feita com Miccoli encostado à direita, em detrimento de Paulo Jorge, e Nuno Gomes no centro do ataque. Quem também não joga é Nuno Assis, que foi suturado com 10 pontos na face, devido ao lance protagonizado com Cristiano, no jogo em Paços de Ferreira. A grande ausencia é a de Rui Costa, que não recuperou da lesão sofrida no jogo do Bessa. Anderson deverá manter o lugar no eixo defensivo, assim como Karagounis. O Benfica procura assim a segunda vitória em jogos oficiais frente aos ingleses, e um alento suplementar depois do péssimo início de época. Deverão estar presentes 55 mil espectadores e o jogo será dirigido pelo belga Frank De Bleeckere. O jogo terá transmissão directa na RTP1.

Os dragões vão defrontar o Arsenal com uma novidade: o possivel regresso de Raul Maireles ao onze inicial, o que implica a puxada de Anderson para o lado esquerdo do ataque. Os dragões vão defrontar esta equipa inglesa pela primeira vez em jogos oficiais e tentam também procurar a primeira vitória em Inglaterra. Jesualdo vai continuar a apostar no 4x3x3 que tão bons resultados tem dado internamente, 4 jogos 4 vitórias, e tentará fazer esquecer o mau resultado contra o CSKA na primeira jornada. Postiga deverá manter a titularidade depois do excelente golo marcado ao Beira-Mar, e assim deixar a defesa "gunner" em sentido. Do lado inglês, Henry é o jogador mais temido e aquele ao qual deve ser dado o menor espaço possivel. Devem ter em atenção também Gallas e Eboué, que são excelentes laterais e sobem sempre com bastante perigo.

15 de setembro de 2006

Taça UEFA – 1ª mão da 1ª eliminatória

A sorte foi diferente para os três clubes portugueses envolvidos na Taça UEFA. O Nacional foi o primeiro a jogar e o primeiro a ser derrotado, assim como o Vit. Setúbal que acabou goleado e hipotecou as hipóteses de entrar na fase de grupos da prova. O Sp. Braga venceu o Chievo Verona e tem um pé na fase de grupos, à terceira tentativa, depois de ter sido eliminado pelo Hearts há duas épocas e pelo Estrela Vermelha na época passada.

Rapid BucaresteNacional

O Nacional acusou o facto de ser praticamente estreante nestas andanças – é apenas a segunda participação dos insulares nas provas da UEFA – e acabou por ser derrotado por uma equipa mais rodada, como é o Rapid. A tentativa de Carlos Brito de reforço do meio campo com Cleber e Chainho, jogando o primeiro mais recuado, não surtiu efeito e a equipa praticamente não atacou, preferindo basicamente jogar para o empate. Normalmente este tipo de jogo acaba por correr sempre mal e foi o que aconteceu, quando já encima do intervalo, o experiente avançado romeno Moldovan, conseguiu libertar-se da marcação e bater Benaglio, num lance que ilustra toda a sua matreirice e experiência. O jogo até foi equilibrado, e as equipas dispuseram de algumas oportunidades para marcar, no entanto o resultado não sofreu alterações.
O Nacional já leva o terceiro jogo seguido sem vencer, e pior ainda, o terceiro jogo seguido sem marcar um golo, o que atesta alguma falta de assimilação por parte do plantel das ideias de Carlos Brito, que assim se estreou nas competições europeias com uma derrota. Este resultado não é preocupante, pois é possível de recuperação em casa, onde o Nacional poderá aproveitar precisamente esse facto, para pressionar os romenos. Antes disso, uma difícil deslocação ao Estádio da Luz, para defrontar o Benfica, determinará o estado anímico a apresentar no jogo da segunda volta.

Sp. BragaChievo Verona

Parece que o ditado popular tem razão, ou não fosse popular, e à terceira será a vez de o Sp. Braga se apurar para a fase de grupos da Taça UEFA. O jogo de ontem foi mais de paciência que de outra coisa, no entanto o golo apontado por Paulo Jorge, logo aos seis minutos, deixou os jogadores e o publico bracarense mais tranquilo. Carlos Carvalhal optou por jogar com João Pinto encostado à direita, em detrimento de Maciel, compensando assim o meio campo com a versatilidade do jogador. Depois do golo, o Braga assentou jogo, privilegiou a troca de bola, e procurou aproveitar os espaços que o Chievo foi dando para procurar ampliar a vantagem, tendo no entanto, a preocupação de não sofrer golos. Ainda na primeira parte, Carlos Carvalhal trocou Ricardo Chaves por Maciel, para dar mais velocidade ao ataque, e foi aposta ganha, já que o jogador emprestado pelo FC Porto aos bracarenses esteve na origem de duas expulsões, e na origem da grande penalidade que Wender converteu, já perto do fim da partida. Nada está decidido, mas dois golos de vantagem parecem ser suficientes para o Braga se apurar finalmente para a fase de grupos da competição.

Vit. SetúbalHeerenveen

Falta de experiência, falta de pontaria e falta de ambição, pagam-se caro em alta competição. Neste momento os responsáveis setubalenses devem estar a dirimir os motivos da pesada derrota ontem sofrida em casa emprestada, o jogo foi em Alvalade, e devem estar a chegar a estas conclusões.
O Vitória fez um jogo que até nem foi mau. Bateram-se mais ou menos bem durante o primeiro tempo, no entanto demonstrando um nervosismo que ia comprometendo, quando Hugo pôs a bola nos pés do avançado holandês. Este nervosismo não permitiu ao Vitória, que até dispôs das duas melhores oportunidades de golo do primeiro tempo, combater a simplicidade de movimentos do conjunto holandês. Primeiro Varela não conseguiu emendar à boca da baliza um remate de fora da área de Adalto, e depois Auri, na sequência de um livre cabeceou ao poste.No segundo tempo, em cinco minutos, o Heerenveen, hipotecou a entrada dos sadinos na fase de grupos, com dois golos do brasileiro Afonso Alves, na marcação de dois livres frontais à baliza de Marco Tábuas e pelo meio ainda teve tempo para enviar uma bola à barra. Se no primeiro golo, o guarda-redes não tem hipóteses, o mesmo já não se pode dizer do segundo, onde falhou por completo, assim como no terceiro, onde se embrulhou com um colega de equipa, praticamente desnecessário, pois o defesa parecia ter o lance controlado. Faltava um minuto para o fim da partida. O Vitória fica assim praticamente afastado da fase de grupos, tendo no entanto que disputar a segunda mão na Holanda, apenas para cumprir calendário.

Antevisão da 3ª Jornada da Bwin Liga

A 3ª jornada da Bwin não tem nenhum jogo grande, no entanto tem um de grande importância para o Benfica. O jogo com o Nacional é vital para as aspirações encarnadas à conquista do título. Pode soar um tanto estranho à 3ª jornada, mas se tivermos em conta o facto de o Benfica ainda só ter ganho um jogo oficial desde que iniciou a temporada, e refiro-me ao jogo da 2ª mão da terceira pré-eliminatória da Champions, e no campeonato ter tido uma falsa partida logo na primeira ronda, e um jogo desastroso frente ao Boavista, este jogo é bastante importante para o resto dá época, quanto mais não seja por poder ver os adversários directos afastar-se ainda mais na tabela.

SportingPaços Ferreira

Os leões estão bastante moralizados pelas vitórias que têm alcançado desde que começaram a pré-época. A bem dizer, ainda não perdeu nenhum jogo desde que começaram os trabalhos. A equipa esta em alta depois de ter vencido o Inter no jogo da Champions e quererá mostrar aos sócios mais uma boa exibição e não dar-lhes motivos para ficar em casa. Paulo Bento deverá apostar no mesmo onze, pois Djaló já não está impedido, enquanto que Veloso deve manter o lugar de trinco, face às ausências de Paredes e Custódio.
O Paços vai apanhar o Sporting no seu melhor momento e não será nada fácil contrariar a fúria do leão. É certo que vêm de uma vitória sobre o Marítimo, mas ainda assim terão que ter bastante espírito de sacrifício e muita concentração para poderem levar um ponto de Alvalade. Nesse campo, José Mota também já deu o mote, dizendo que se vão para Alvalade defender, acabam por perder o jogo. Peçanha, já recuperou e pelos vistos deverá mesmo ser titular na baliza, ele que fez uma excelente exibição frente aos insulares na última jornada.

AcadémicaBelenenses

Os azuis do Restelo estão felizes da vida. Depois de alcançarem uma vitória sobre o Gil Vicente na secretaria, venceram na passada jornada em casa o Vit. Setúbal por 2-0. Moral não falta aos comandados de Jorge Jesus, que mais uma vez apresentam um excelente plantel para esta temporada. Os argumentos são bons e nem a saída de Meyong parece incomodar os sócios, que confiam plenamente em Roma e Manoel para marcarem os golos necessários para a tranquilidade.
O mesmo não pode dizer Manuel Machado. Dois jogos, um ponto, é muito pouco para os estudantes, que certamente esperavam já ter vencido um jogo no campeonato. Se perder Manuel Machado pode ver a sua vida a ficar em perigo. Nessa perspectiva, deve fazer algumas alterações no onze que jogou e perdeu frente à Naval pela primeira vez na história do Campeonato Nacional. As principais mexidas devem ser na defesa, perspectivando-se a entrada de Litos e Sonkaya no onze.


Beira-MarEstrela

Augusto Inácio tem tido uma semana difícil na preparação deste jogo. Na baliza deverá estrear o terceiro guarda-redes em três jogos, devido à lesão de Todor e à expulsão, injusta diga-se, de Darnlei em Leiria. Mas não é só neste campo que os aveirenses têm problemas. Wegno e Jardel também estão em dúvida, para a recepção aos amadorenses. No entanto é crível que ambos atletas recuperem a tempo de jogar no Domingo. O Beira-Mar ainda não venceu qualquer jogo da Bwin Liga, tendo somado dois empates, no entanto o da passada jornada foi muito contestado pelos dirigentes do Beira-mar, que encontraram algumas irregularidades importantíssimas no trabalho do árbitro.
O Estrela vem de uma pesada derrota por 0-3 frente ao FC Porto, e quererá por certo limpar a má imagem deixada, principalmente no segundo tempo. Daúto Faquirá tem algumas preocupações no ataque, uma vez que Dário não poderá jogar devido a lesão. No entanto José Fonte já está de regresso, e deverá ocupar o seu lugar no eixo defensivo. Esta deslocação ao recinto do Beira-Mar é bastante importante, pois o Estrela ainda não pontuou neste campeonato, com a particularidade de ter sofrido cinco golos e ainda não ter marcado nenhum.

MarítimoAves

O Marítimo recebe o Aves e procurará vencer para apagar a exibição da semana passada em Paços de Ferreira. Neca já regressou aos trabalhos e é opção para o treinador, Ulisses Morais.
Do lado do Aves, o Prof. Neca deverá fazer algumas alterações no onze, face ao jogo com o Braga, do qual saiu derrotado. O Aves procura também a primeira vitória na prova, o que dará algum entusiasmo ao jogo.

SL BenficaNacional

O Benfica vai jogar bastante desfalcado no Domingo contra o Nacional. Petit, Nuno Gomes e Manu não poderão dar o seu contributo à equipa, devido às expulsões no Bessa. Assim é provável que Beto entre no onze, assim como Kikin Fonseca. De resto, Fernando Santos deverá usar os mesmos jogadores de Copenhaga, mantendo Ricardo Rocha no eixo defensivo e Alcides na direita. Este jogo é de alguma importância para os encarnados, pois em caso de vitória, será a primeira no campeonato e a segunda desde o início oficial da temporada. Ainda com algumas baixas devido a lesões e aliadas às expulsões, são cinco os jogadores que não poderão dar o contributo à equipa, e todos eles de grande importância no onze encarnado. Miccoli e Rui Costa são ainda as dúvidas existentes devido às lesões que os apoquentam.
Do lado do Nacional, também não poderá contar com Cardozo que foi expulso no jogo do passado fim-de-semana frente ao Sporting. O Nacional procura também dar um pontapé na crise, pois já perdeu os dois primeiros jogos do campeonato, assim como poderá ter hipotecado a oportunidade de entrar na fase de grupos da Taça UEFA, pois também perdeu frente ao Rapid de Bucareste, por 1-0.Carlos Brito começa a ver a vida difícil perante a exigente massa associativa nacionalista e uma derrota, mesmo que contra o Benfica, não será bem recebida. O Nacional procura assim a primeira vitória em jogos oficiais esta época, que a concretizar-se será também a primeira do Nacional no Estádio da Luz.


Naval FC Porto

Os azuis e brancos quererão esquecer o jogo da Champions frente à Naval. Não é que tenham feito uma má exibição, mas um empate em casa é sempre comprometedor, tanto mais que tiveram oportunidades de sobra, para bater o CSKA. Jesualdo deverá manter o onze, uma vez que Raul Meireles ainda não poderá regressar ao onze portista. O FC Porto só leva vitórias no campeonato, assim como a Naval, e será interessante ver o desenrolar do jogo, tanto mais que na época passada o FC Porto venceu, mas por 2-3 e acabou com o jogo com alguns sobressaltos.
A Naval por seu turno está bastante motivada. Dois jogos, duas vitórias, quatro golos marcados e apenas um sofrido fazem desta equipa um adversário difícil, ainda para mais no seu estádio. A vitória sobre a Académica trouxe alguma moral, tanto mais que foi de obtida de virada, pois os navalistas estiveram a perder. Rogério Gonçalves não poderá contar com Fernando, que foi expulso nesse jogo. Solimar também não recuperou, logo não dará o seu contributo à equipa. Boas notícias são o regresso de China e Wilson Júnior. Jogo interessante de seguir, mas no entanto o favorito não deixa de ser o FC Porto.

Sp. BragaU. Leiria

Bracarenses e Leirienses só jogam na segunda-feira, fruto do jogo europeu de ontem. Duas vitórias no campeonato e um excelente jogo frente ao Chievo, deixam antever um Braga bastante moralizado, ainda para mais estando em pé de igualdade com FC Porto e Sporting, em termos pontuais. A única dúvida de Carlos Carvalhal é a utilização de Carlos Fernandes, que se lesionou ontem nos minutos iniciais da partida.
A União também vai à procura da primeira vitória na prova. Depois da derrota no Dragão e o empate na última ronda, é importante conseguir uma vitória em Braga, até porque pode funcionar como um bom tónico, visto o adversário ser de peso. No entanto Domingos tem alguns problemas devido a lesões e castigos, pois Tixier e Valdomiro estão suspensos e Ivanildo e Renato estão em dúvida por lesões.

Vit. SetúbalBoavista

Os Sadinos vão jogar apenas na terça-feira devido ao compromisso europeu de ontem e o adversário não será o mais indicado para este momento. O Vitória ainda não venceu neste campeonato, e o futebol que apresentam é um futebol triste e sem ideias como foi o da passada jornada, frente ao Belenenses. Hélio Sousa tem a árdua tarefa de levantar a moral aos jogadores, principalmente depois do jogo de ontem, onde acabaram goleados por 3-0.
O Boavista está cheio de moral depois da goleada aplicada aos encarnados na passada ronda. Com todo o plantel à disposição, Petrovic aproveitou para ontem ver mais um pouquinho dos setubalenses e deverá ter ficado satisfeito com o que viu. Linz chegou a assustar, pois acabou tocado durante o treino, mas recuperou a tempo de acabar o treino e é assim opção no ataque axadrezado.

14 de setembro de 2006

FC Copenhaga - SL Benfica

Estádio: Parken, em Copenhaga
Espectadores: 40 000
Arbitro: Yury Baskakov (Rússia)

FC Copenhaga: Christiansen, Jacobsen, Hangeland, Garvgaard e Bergdolmo, Linderoth, Hutchinson, Norregaard, Silberbauer e Gronkjaer, Berglund
Treinador: Stala Solbakken Jogaram ainda: Kvist (44) e Pimpong (73)

Benfica: Quim, Alcides, Luisão, Ricardo Rocha e Léo, Petit e Katsouranis, Paulo Jorge, Nuno Assis e Simão, Nuno Gomes
Treinador: Fernando Santos Jogaram ainda: Manu (80’) e Fonseca (89’)

O Benfica deu ontem uma pálida imagem da equipa que na época passada atingiu os quartos de final da Liga dos Campeões.

O jogo começou cauteloso. De um lado uma equipa estreante na competição, que tinha como único interesse não perder, do outro uma equipa que queria limpar a má imagem deixada no jogo de estreia da Bwin liga.Fernando Santos operou algumas alterações no onze em relação ao jogo do Bessa, que acabaram por não influenciar no rendimento da equipa. Alcides e Ricardo Rocha ocuparam os lugares de Nelson e Anderson, na defesa. Nuno Assis substituiu Rui Costa no vértice do meio campo e Simão e Paulo Jorge substituíram Manu e Miguelito, nas alas.O Benfica entrou lento e sem ideias, o que permitiu ao FC Copenhaga subir no terreno e ter algum ascendente na fase inicial da partida. Aos poucos, os encarnados começaram a tomar conta das operações, mas sem resultados práticos, pois terminaram os primeiros 45 minutos sem ter criado uma ocasião de golo.
Do lado dos dinamarqueses, Gronkjaer e Silberbauer, eram os elementos mais mexidos, e aqueles que criaram mais trabalho ao sector mais recuado dos encarnados. Durante a primeira parte, os da casa foram mais rematadores, mas poucos foram os tiros que incomodaram Quim.
Do lado encarnado, só Paulo Jorge mostrava algum descontentamento com a inoperância do resto da equipa, e aqui e ali, ia tentando remar contra a maré. Sem surpresas, o intervalo chegava, num jogo arrastado, quase a passo, bem ao jeito do FC Copenhaga.

No segundo tempo, o Benfica entrou um pouco mais mexido, mais dominador, mas no entanto com o passar do tempo, o jogo adquiriu a mesma toada do primeiro tempo. Muita troca de bola entre o meio campo, a defesa e o guarda-redes encarnado, com o ataque, a espaços, a entrar na partida, e sempre pelo mesmo homem, Paulo Jorge.
Os dinamarqueses apostaram numa toada mais de contenção do jogo encarnado, saindo para o contra-ataque sempre que podia, de uma forma rápida, que por vezes criava algum desconforto na defesa do Benfica, devido ao estado inerte de alguns jogadores no terreno de jogo.
Devido à falta de ideias dos jogadores encarnados, seria de esperar que Fernando Santos começa-se a trocar jogadores, na procura de um resultado melhor. Puro engano, pois quem começou por mexer no onze foi o técnico do FC Copenhaga, que a excepção da substituição forçada de Gronkjaer por Kvist, ainda o jogo não tinha ido para intervalo, voltou a mexer, faltavam cerca de 20 minutos para o fim do jogo, numa opção claramente de ataque mostrando que queria algo mais que o empate, fez entrar Pimpong para o lugar do esgotado Berglund.No entanto e já a entrada do último quarto de hora, surgiu um pontapé na monotonia: Paulo Jorge aparece desmarcado, flectindo da extrema-esquerda para o centro, consegue deixar dois defesas de fora do lance com um simples movimento de ancas e atira forte, fora do alcance do guardião dinamarquês. Foi pena a bola ter esbarrado no poste da baliza e ter, com alguma sorte à mistura, caído nas mãos de Christiansen.
A partir deste momento esperava-se mais do conjunto encarnado, que foi sempre superior quando imprimiu mais um pouco de velocidade no jogo. Novo engano, pois o jogo voltou a cair na mesma toada.Finalmente Fernando Santos mexe na equipa, quando faltam dez minutos para o fim do jogo. Tirou Simão e fez entrar Manu. Troca por troca, que nada trouxe de novo ao conjunto. Simão esteve particularmente apagado fruto do longo período de paragem a que esteve sujeito, sensivelmente 5 meses, e isso foi notório nas mudanças de velocidade, e nos cruzamentos inconsequentes que realizou.Já perto do minuto 90, nova substituição, desta feita saindo Nuno Gomes, para entrar Kikin Fonseca, sem tempo para mostrar o que quer que fosse.
Pouco tempo depois o jogo chegou ao fim, apenas com uma ocasião clara de golo em toda a partida e protagonizada apenas ao minuto 75, com a particularidade de os encarnados em 92 minutos de jogo, terem rematado apenas por duas ou três ocasiões, à baliza do FC Copenhaga.
Muito pouco para quem quer seguir em frente neste grupo. Os jogadores encarnados ficaram satisfeitos com este ponto conquistado, mas os dois pontos que perderam ainda poderão fazer falta nas contas finais, pois esta equipa dinamarquesa é perfeitamente acessível ao futebol encarnado, e apenas a falta de ambição geral da equipa permitiu que o resultado não fosse outro.

Arbitragem

O árbitro que veio da Rússia, teve um jogo calmo, com poucos casos. Aqui e ali poderá ter tomado algumas más decisões, principalmente ao contemporizar alguns cartões amarelos a jogadores do FC Copenhaga. O seu auxiliar errou claramente na primeira parte, quando arrancou um fora de jogo inexistente a Simão, quando este já se encaminhava para a baliza de Christiansen.

Positivo do jogo

Sinceramente não encontro praticamente nada de positivo neste jogo. Ressalvo no entanto a atitude de Paulo Jorge. Foi o único jogador encarnado a mostrar ambição e a dizer que estava inconformado com o empate. Pertenceu-lhe a melhor oportunidade da partida, faltavam cerca de quinze minutos para jogar, e apenas o poste lhe negou a hipótese de coroar uma boa exibição com um golo.

Negativo do jogo

Aqui tenho que destacar o colectivo do Benfica. Ressalvada a excepção, o certo é que o resto do plantel encarnado mostrou muito pouco para quem ambiciona vencer a Liga dos Campeões. Katsouranis não consegue sair a jogar, Simão ainda está preso, Léo ainda não atingiu a sua melhor forma, no fundo, parece estar instalada uma mini crise neste início de época.Poderá dizer-se que se deve ao facto do Benfica ter estado 18 dias sem competir devido ao caos instalado no futebol português neste início de época? Talvez…. Mas o certo é que esta equipa dinamarquesa vinha na melhor altura, pois sendo praticamente inexperiente nestas andanças, conferia ao Benfica um estatuto de favorito que poderia ter sido aproveitado de outra forma, até para ganhar moral para os confrontos que se avizinham na competição.Há um problema que Fernando Santos tem que resolver, e prende-se com o armador de jogo. Rui Costa esteve ausente e a equipa ressentiu-se, pese embora Nuno Assis ser mais expedito na condução dos lances, é certo que não tem a visão do maestro encarnado. Neste jogo, talvez se justificasse a utilização de Karagounis, quanto mais não fosse, pela experiência que tem em jogos de alto nível, como os da Liga dos Campeões.Não posso deixar de dar nota negativa a Fernando Santos. Mexer na equipa, por vezes pode ganhar jogos, mas não é a efectuar trocas por trocas que o consegue. Ainda por cima quando faz a primeira substituição a dez minutos do fim da partida. Essa substituição chegou, pelo menos, com quinze minutos de atraso, e julgo que poderia ter sido mais ambiciosa, tendo feito entrar Fonseca ou Mantorras, passando a jogar em 4x4x2. A monotonia que imperava na equipa poderia ter sido quebrada com a entrada do angolano, pois a raça que implementa na abordagem dos lances faz dele uma arma bastante poderosa.

Analise à 1ª Jornada da Champions League

A primeira jornada desta edição da Liga dos Campeões, decorreu sob o signo da normalidade, ou seja, salvo raras excepções, os favoritos amealharam os três pontos.

Grupo A

No Grupo A, o Barcelona defrontou os estreantes do Levski de Sófia, estreando também, pela primeira vez em 100 anos um patrocinio nas camisolas "blaugrana", mas desta feita com fins humanitarios, pois o patrocinador dá pelo nome de Unicef. Mas nada humanitarios foram os espanhois, pois acabariam por cilindrar os bulgaros, com cinco golos sem resposta. Debaixo de uma chuva intensa, Iniesta quebrou a resistência do Levski, e logo aos 7' de jogo abriu o marcador. Os búlgaros foram macios de mais, e Giuly ampliou a vantagem ainda antes do intervalo. O Barça foi sempre superior e a exibição chegou a roçar a perfeição depois de Puyol ter sentenciado a partida logo após o recomeço da partida. Eto'o marcaria mais um golo de categoria, deixando para trás, três adversários ainda antes da hora de jogo, e Ronaldinho fecharia a contagem já nos descontos, com um grande golo a coroar mais uma excelente exibição.

Em Stamford Bridge, as coisas decorreram com normalidade, e o Chelsea levou de vencida um Werder Bremen atrevido, e que será claramente o outro candidato à passagem aos oitavos de final. Os "blues" de Mourinho fizeram o jogo habitual, e sem surpreas chegaram ao 1-0 aos 24' de jogo através de Essien. Os alemães apenas importuranaram a baliza de Cech com algum perigo já na segunda parte, e através de Klose, que com um cabeceamento quase certeiro, fez tremer os adeptos ingleses. No entanto a bola embateu na barra e o perigo passou. Não marcou Klose, marcou Ballack. O alemão estreia-se a marcar pelo Chelsea, através de grande penalidade, sobrida por Drogba, a 20 minutos do fim da partida. Terá sido este o unico factor de diferença, em relação aos jogos efectuados pelo Chelsea em casa, pois quem habitualmente marca as grandes penalidades é Lampard. O jogo chegaria ao fim com o Chelsea a controlar a vantagem.

Grupo B

Neste grupo terá acontecido a surpresa da jornada, ou talvez não. O Sporting recebeu e bateu por 1-0 os italianos do Inter de Milão. Claramente favoritos, quanto mais não fosse pela constelação de estrelas às ordens de Mancini, o certo é que os italianos não justificaram o estatuto e acabariam por sair derrotados de Alvalade. Paulo Bento apostou na juventude da maioria da equipa leonina e optou por fazer alinhar de inicio Djaló ao lado de Liedson. Seria o Sporting a mandar do início ao fim da partida, e pertenceria a Djaló a melhor oportunidade de golo do primeiro tempo, quando arrancou em direcção à baliza, deixando alguns adversários para trás. No entanto o lance acabaria cortado providencialmente por um defesa interista. No segundo tempo o Sporting continuou a superiorizar-se, e aos 64 minutos, Tonel viu Caneira a correr pela ala esquerda, fez um passe milimétrico, o lateral desenvencilhou-se de Maicon e desferiu potente remate ao qual nem o gigante Toldo conseguiu responder. Foi o delirio total nas bancadas. Até ao fim Vieira seria expulso por acumulação de amarelos. O Inter deixou uma pálida imagem de si mesmo e entrou mal nesta edição da Liga dos Campeões.

O Bayern de Munique, recebeu e venceu os russos do Spartak de Moskovo. No entanto os golos seriam apontados apenas na segunda metade da partida. Os russos entraram bem, e conseguiram equilibrar a partida, apostando no contra-ataque que poderia ter dado frutos por duas vezes, não fosse a falta de pontaria dos avançados. No inicio do segundo tempo, Pizarro abriu a contagem, depois de ter recebido um passe de longa distancia efectuado por Sagnol. Os russos ressentiram-se e cinco minutos depois Santa Cruz aumentou a contagem. O Spartak ainda tentou mudar o rumo dos acontecimentos, mas Schweinsteiger sentenciou o jogo ao minuto 71. Salihamidzic, fechou a contagem a cinco minutos dos 90. O Spartak pagou caro a falta de experiência internacional e também a falta de eficacia dos avançados, pois tiveram algumas oportunidades bem claras de golo.

Grupo C

Este foi o grupo mais monotono desta primeira jornada. PSV e Liverpool empataram a zero, no regresso de Koeman a Liga dos Campeões, desta feita como treinador dos holandeses. Num jogo sem história, apenas duas oportunidades de golo, uma para cada lado e em cada parte. A primeira pertenceu a Koné, avançado costa-marfinense do PSV, que depois de correr alguns metros com a bola, atirou forte mas viu a bola embater no ferro da baliza de Reina, estavam decorridos cerca de 25' de jogo. O Liverpool teve em Kuyt, o elemento mais rematador, mas seria Gerrard, já perto do minuto 90 a gelar os adeptos holandeses, rematando a meia volta e vendo a bola embater com estrondo no ferro da baliza de Gomes. A divisão de pontos aceita-se.

Na Turquia o Bordéus não conseguiu bater o Galatasaray, que regressa assim aos grandes palcos. Num jogo onde os turcos revelaram alguma superioridade, a falta de pontaria dos seus avançados acabou por condenar o desempenho da equipa. No entanto foi ao Bordéus que pertenceu a melhor oportunidade da partida, com o marroquino Chamakh a rematar forte, valendo a atenção de Mondragon. No segundo tempo o espectaculo decaiu e o nulo acabou por ser justificado.

Grupo D

Foi o grupo que mais golos deu nesta jornada. Nada mais, nada menos que 10. Para isso muito contribuiu o 2-4 no jogo entre Olimpiacos e Valência, e a pontaria afinada de Morientes, que apontou um hat-trick. Os gregos até começaram melhor, com Konstantinou a marcar à passagem da meia hora. Os espanhois responderam e no espaço de cinco minutos deram a volta ao jogo, com golos de Morientes aos 34' e aos 39'. Atordoados pela reacção espanhola, os gregos apenas conseguiram marcar novamente ao minuto 66 através de Castillo. Este golo abalou o Valência, que poderia ter sofrido outro golo, logo de seguida. A cinco minutos do fim do jogo, Albiol na sequência de um canto, volta a dar vantagem aos espanhois, e Morientes fechou a contagem, novamente de cabeça, já no minuto 90. Os gregos bateram-se bem, mas a experiência e o sentido de oportunidade de Morientes, foi determinante para o desfecho final.

Em Roma, a equipa da casa não estava aconseguir quebrar a resistência ucraniana. Até foi o Shakhtar o primeiro a criar perigo através de Brandão, no entanto a pontaria estava desafinada. O jogo foi bastante equilibrado durante practicamente uma hora, com os italianos a procurarem o caminho do golo, mas a não conseguirem encontrá-lo, fruto de uma excelente organização defensiva do conjunto orientado por Mircea Lucescu. Mas apartir do minuto 66 tudo mudou, com Taddei a abrir a contagem. A partir deste momento o Shakhtar abdicou do ataque e foi recuando cada vez mais o que permitiu aos romanos tomarem conta do jogo. Totti ampilou a vantagem aos 75', num golo de belo efeito. De Rossi matou o jogo 3 minutos depois na sequencia de um canto e Pizarro já perto do fim fez o resultado final. Este resultado acaba por ser um pouco pesado para os ucranianos, mas justo.

Grupo E

Novo pesadelo "blanco" no Stade Gerland. Só assim se justifica a derrota sofrida pelo Real Madrid frente ao Lyon. Os franceses entraram decididos e sem medo dos espanhois. Sempre com Juninho ao leme das operações, cedo o pentacampeão francês chegou à vantagem. Fred ao minuto 11 abriu o marcador e Tiago, mais tarde selaria a vitória gaulesa ainda antes do intervalo. No segundo tempo, o Real Madrid não teve argumentos para bater a excelente organização defensiva dos locais e assim volta a sucumbir num estádio, onde já tinha perdido na época passada por 3-0. De realçar que Casillas ainda evitou males maiores para os comandados de Fabio Cappelo.

Em Kiev o Steua bateu inapelavelmente o Dinamo local por esclarecedores 1-4. Algo surpreendente tendo em conta que jogar em Kiev é sempre difcil para qualquer equipa. Os romenos entraram a vencer, pois Ghionea abriu o activo estavam decorridos apenas 3 minutos de jogo. Aos 16 Rebrov fez o empate para os da casa. Mas o Steaua de Bucarest mostrou ser sempre superior e chegou ao interválo a vencer por 3-1, com Badea e Dica a serem os marcadores de serviço. No segundo tempo, o Dinamo tentou de todas as formas anular a desvantagem, mas não o conseguiu, tendo sofrido ainda mais um golo, por intermedio de Dica, a dez minutos do fim da partida.

Grupo F

No outro jogo do grupo do Benfica, o Man. United superiorizou-se ao Celtic. Os escoceses até nem entraram muito bem na partida, mas acabaram por acertar e atordoar o United, que não pode contar com Ronaldo, devido a suspensão. Aos 20 minutos de jogo, Hesselink abriu a contagem para os da casa. O holandes que chegou a ser dado como certo no FC Porto, aproveitou da melhor maneira um erro clamoroso de Ferdinand para abrir o marcador. O Celtic demonstrava um futebol solto, mas o arbitro decidiu inventar uma grande penalidade, supostamente cometida sobre Saha. O frances aproveitou para restabelecer a igualdade, estava decorridos 30 minutos de jogo. Nova ajuda aos ingleses, desta feita protagonizada por Gravessen, que entregou a bola aScholes, dando a este a oportunidade de desmarcar o rápido Saha, para o frances bisar na partida. O jogo chegaria no entanto empatado ao intervalo, pois Nakamura de livre directo, superiormente apontado, restabeleceu alguma justiça no marcador. No entanto, Gravessen estava em dia não e na reabertura da partida voltou a oferecer a bola a Scholes, que rapidamente a deu a Solskjaer, que não desperdiçou e pôs novamente o United em vantagem. O Celtic tentou responder mas não conseguiu. O Manchester acabou por ser um justo vencedor, pese a má decisão do arbitro no primeiro tempo ter influência directa no resultado.

Grupo G

No outro jogo do grupo do FC Porto, o Arsenal bateu o Hamburgo por 1-2. No entanto o arbitro da partida fica mais uma vez ligado a este resultado. Aos 10 minutos Van Persie tentou passar pelo guarda-redes alemão e simulou uma queda aparatosa. O arbitro caiu na armadilha, marcou penalti e expulsou o guardião. Gilberto Silva converteu o lance o primeiro golo dos "gunners". O Hamburgo demonstrou que não será presa fácil para o FC Porto, pois até este momento já tinham tido oportunidade de marcar. A partir daqui, os ingleses tomariam conta do jogo, e Rosicky já no segundo tempo faria o 2-0 num espectacular remate a mais de 30 metros da baliza dos alemães. O Hamburgo a perder por 0-2, soltou-se mais um pouquinho, mas o malhor que conseguiu foi reduzir para 1-2, já no minuto 90.

Grupo H

Sem surprsas o Milan bateu os gregos do AEK por 3-0. Num jogo dominado de inicio ao fim pelos italianos, destaque para a excelente exibição de Kaka, coroada com um golo já no segundo tempo. Antes disso Inzaghi e Gourcuff fizeram as honras da casa ainda no primeiro tempo. O AEK esboçou uma reacção na segunda metade da partida, mas nada que incomodasse Dida. A dez minutos do fim da partida, Kaka fecharia com exito uma excelente exibição, marcando o terceiro golo do Milan.

O Lille, que foi adversário dos encarnados na preterita temporada, entrou bem nesta edição da Champions e arrancou um precioso ponto na Belgica perante o Anderlecht. No entanto o jogo não foi fácil, e os franceses estiveram inclusivé a perder, quando já perto do intervalo, Pareja marcou para os locais. O Anderlecht teve ainda várias oportunidades para ampliar a vantagem, mas a ineficacia e alguma falta de sorte não o permitiram. Os franceses começaram a acreditar que seria possivel chegar ao empate e ao minuto 80, Fauverge, que tinha saido do banco minutos antes, restabeleceu a igualdade, gelando as bancadas do Constant Vanden Stock, que já festejavam a vitória. Este golo é importante para o Lille, pois dá-lhe o segundo lugar do grupo, e marca a estreia de golos franceses no estádio belga.