4 de outubro de 2007

Benfica 0-1 Shakthar Donetsk

Estádio: Estádio da Luz
Árbitro: Wolfgang Stark (Alemanha)
Espectadores:


SL Benfica: Quim, Nelson, Luisão, Edcarlos e Léo, Maxi Pereira, Katsouranis e Rui Costa, Dí María, Rodriguez e Cardozo.
Treinador: José António Camacho. Jogaram ainda: Nuno Gomes e Binya.

Shakthar: Pyatov, Srna, Chygrynskiy, Kucher e Rat, Lewandowsky, Ilsinho, Jadson e Fernandinho, Lucarelli e Brandão.
Treinador: Mircea Lucescu. Jogaram ainda: Neri Castillo, Duljaj e Hubschmann.



O Benfica perdeu na Luz, ao fim de mais um ano e novamente para a Liga dos Campeões. A derrota de ontém deixa um sabor amargo, muito amargo. Vi a inoperância atacante de uma equipa, que até criou algumas boas situações de golo, casos dos remates de Rodríguez logo aos 3 minutos, bem defendido por Pyatov, e o lance de Dí María, a levar tudo e todos ao minuto 28, mas a ser parado apenas pela barra da baliza ucrâniana. Ontem na frente de ataque, jogou Cardozo em vez de Nuno Gomes, mas a equipa não está preparada para jogar com um ponta de lança com as caracteristicas do paraguaio. É necessário existir no plantel bons flanqueadores e princípalmente com boa capacidade para executar centros tensos, à medida da cabeça do atacante, coisa que de momento no Benfica não existe. Logo, a alternativa são os remates de meia distância, tortos, ou frouxos, sem muito perígo. O Shakthar, mais cómodo e sem a ansiedade do Benfica, jogou em contra-ataque, explorando as lacunas encarnandas nas laterais. A Nelson e a Léo, cairam Ilsinho e Fernandinho, que deram muito que fazer, sobrando Jadson, atrás dos pontas de lança, Lucarelli e Brandão. E sería em contra-ataque que os ucraniânos faríam o único golo do jogo, ao minuto 42, depois de mais uma perda de bola infantil, camuflada por uma lesão muscular de Nelson. Os jogadores do Shakthar aproveitaram o balanceamento da equipa e apanharam a defesa em contrapé, precisando apenas de finalizar com calma.
No segundo tempo, o Benfica parecía uma equipa transtornada, nunca chegando a tempo aos lances, nervosa e desinspirada, o que originou muitas jogadas faltosas, entradas por trás e cartões, com alguns deles a merecerem mais que o amarelo. O Shakthar, sempre na sua toada, foi criando ocasiões de golo, que apenas por manifesto desinteresse (ou talvêz não) não foram concretizadas. Já perto do final da partida, e aproveitando os lancamentos longos de Binya, o Benfica voltou a criar algum perígo, chegando a estar mesmo perto do golo, num lance de Edcarlos, salvo por um defesa mesmo em cima do risco de baliza. Diga-se que o empate sería um duro castigo... para o Shakthar.
Com mais esta derrota, o Benfica vê a passagem aos oitavos de final por um canudo, e começa a perder também o comboio da UEFA, pois agora será quase que obrigado a vecer os dois jogos contra o Celtic e a não perder mais nenhum. Para registo fica, em cinco jogos, apenas 2 golos apontados e nenhuma vitória. Mau de mais para um candidato ao título.

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