13 de novembro de 2007

Sp. Braga 3-0 Sporting CP

Estádio: Municipal de Braga
Árbitro: Carlos Xistra


Sp. Braga: Paulo Santos, João Pereira, Paulo Jorge, Rodriguez e Carlos Fernandes, Roberto Brum, Frechaut e Jorginho, Zé Manuel, Linz e Wender.
Treinador: António Caldas. Jogaram ainda: Stelvio, Hussaine e João Pinto


Sporting: Tiago, Abel, Tonel, Polga e Ronny, Miguel Veloso, Izmailov, Romagnoli e João Moutinho, Yannick Djaló e Liedson.
Treinador: Paulo Bento. Jogaram ainda: Purovic, Pereirinha e Had


A noite de domingo foi aziaga para o Sporting. Acabou derrotado por 3-0, frente a um Braga que deve ter efectuado o melhor jogo da temporada. Com este resultado agudiza-se uma crise, que os dirigentes leonino teimam em não aceitar.


Quando o Sporting entrou em campo, o jogo do Benfica ainda decorría, pelo que não sabiam o resultado final. Mas isso pouco importava, tendo em conta a exibição pálida que os leões fariam. A equipa de Bento, foi a mesma do confronto com a Roma, com Yannick e Tiago a manterem o lugar no onze. A exibição é que foi diferente.
Do lado do Braga, António Caldas, no último jogo á frente da equipa pois Manuel Machado será o senhor que se segue, efectuou algumas mexidas, tendo surgido Carlos Fernandes no lugar do lesionado Cesar Peixoto, Andrés Madrid cedeu o seu lugar a Roberto Brum e Frechaut apareceu no lugar de Vandinho, que cumpre castigo federativo.
Quanto ao jogo, o Braga foi inteiramente superior em toda a partida. O Sporting foi uma sombra do jogo de Alvalade frente à Roma, com Yannick a ser o espelho de uma equipa algo moribunda e com falta de confiança. Por seu turno, o Braga impriu um forte domínio no jogo, tanto territorial como na posse de bola, com Tiago a brilhar logo nos primeiros minutos, ao parar um remate perigoso de Carlos Fernandes. Minutos depois, foi a vez do ferro da baliza, segurar remate de Jorginho. O Sporting deixou-se cair nesta teia montada por Caldas, com Roberto Brum a dominar um meio campo leonino desinspirado e a distribuir jogo nos homens mais adiantados do ataque. A total falta de entrega ao jogo ficou patente no minuto 26, quando Frechaut cabeceou à vontade, sem oposição de ninguém para golo. Estava feito o 1-0. Depois do golo espareva-se uma reacção do Sporting, que até surgiu, mas muito ténue. Mais bola, mais dominío no terreno de jogo, mas pouca inspiração na hora do remate (poucos) e pouca critividade na procura de ocasiões de golo.

Após o intervalo, Paulo Bento recorreu ao plano alternativo, retirando Ronny e descaido Polga para o corredor esquerdo, fazendo entrar Purovic, passando a jogar em 3x4x3, mas mais uma vez sem a inspiração e criatividade necessárias, para bater uma bem organizada equipa do Sp. Braga, que defendendo à zona, nunca deu espaços aos jogadores do Sporting para pensar o jogo. E foi precisamente do lado esquerdo da defesa, onde estava Polga que surgiram os dois golos que mataram o jogo, com Wender em destaque, contra a ex-equipa. Fabricou a jogada que deu em golo de Roland Linz, sem demérito para o avançado, que trabalhou muito bem a bola dentro da área leonina, aproveitando uma desconcentração da defesa e depois voltou a estar em foco minutos mais tarde, no lance do terceiro e vistoso golo de Jorginho, fazendo o centro que permitiu ao jogador emprestado pelo FC Porto matar o jogo. Isso também percebeu Paulo Bento, que voltou ao início retirando Yannick e fazendo entrar Had para esquerda da defesa do Sporting. O resultado não se alterou, mas Tiago também contribuiu para isso, evitando um golo certo de Jorginho, na marcação de um lívre directo. Até ao fim, o Sporting pouco ou nada fez na procura de um golo que atenua-se tamanho desastre, mas não conseguiu. No final, Paulo Bento resignado, apenas conseguiu dizer que os jogadores não foram dignos de representar o Sporting. E não foram.

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