20 de março de 2006

Benfica dentro da corrida


A jornada 27 decorreu inteiramente dentro do fim de semana. E ditou tambem alguns resultados que deixaram muito a desejar e outros que eram os mais esperados.

Assim vou começar a minha viagem pelo jogo no Estádio dos Arcos, entre o Rio Ave e o Benfica.
Os vilacondenses entraram no jogo um pouco com medo do adversário, o que originou um domínio constante da equipa encarnada, que continuou a esbanjar oportunidades atrás de oportunidades de golo. O Rio Ave, só a espaços ia atacando, e o único perigo criado pelos vilacondenses, foi graças à tremideira de Moretto na baliza, talvêz causada pelo frio que esteve ontem à noite. Na primeira parte o Benfica atacou a favor do vento, mas nem isso empurrou a equipa para o golo. Sempre mais pressionante, mais atacante e a criar mais ocasiões de golo, o certo é que a bola teimava em não entrar. Desde o ínicio da partida que o Benfica se mostrou mais rematador e nos primeiro minutos efectuou dois remates a baliza de Mora, tendo criado outras tantas jogadas de perigo. Os vilacodenses, só aos dez minutos de jogo, se abeiraram da baliza de Moretto, com dois cruzamentos no espaço de dois minutos, que só não deram em golo, por manifesta sorte da defesa encarnada: Primeiro Léo falha a intercepção de um cruzamento, a bola sobra para Evandor, que perde tempo de mais a ajeitar o remate, tendo depois o mesmo Léo evitado que a bola seguisse o rumo da sua baliza. Depois é Anderson a falhar a interseção a novo cruzamento, mas desta vez Gaucho não chegou a tempo de fazer a emenda ao segundo poste. E por aqui fica o ataque do Rio Ave na primeira parte, estavamos à passagem do 15º minuto de jogo. A primeira grande oportunidade de golo para os encarnados, surge pouco depois do minuto 15, quando Geovanni consegue fugir pela direita e efectuar um bom cruzamento para a rea, onde Nuno Gomes, não consegue fazer a emenda nas melhores condições, fruto de um desvio providencial de um defesa do Rio Ave. Já perto do interválo, Simão dispõe de outra boa oportunidade dentro da area, mas atira por cima da baliza. O início do segundo tempo, continuou com a mesma toada atacante dos Campeões Nacionais, que logo na abertura dispuseram de mais uma boa oportunidade, no entanto desperdiçada por Manuel Fernandes que rematou muito por cima. O Rio Ave cedeu por completo, e abdicou de atacar para defender com onze jogadores atras da linha da bola, saindo para o contra-ataque muito esporadicamente. Nessa toada oúnico de relevante que foi feito por os homens de João Eusébio, foi um cruzamento de Milhazes, com Moretto a ceder canto, escusadamente. Do canto nada resultou. A partir deste momento o Benfica continuou a carregar e seria Simão a voltar a falhar mais uma clamorosa oportunidade depois de ser isolado por Nuno Gomes. O capitão atirou as redes laterais da baliza de Mora. À passagem da meia hora, Manduca isolou mais uma vez Simão que só com Mora pela frente atirou a barra, causando um ataque de nervos aKoeman, que ia assistindo a toda esta inoperâcia do banco, assim como aos outros jogadores que estavam no terreno de jogo. Com todo este azar, Koeman chamou dois jogadores que iriam ter mais algumas oportunidades. Aos 65' Robert rendeu Manduca e a 15 minutos do fim, Karagounis rendeu Manuel Fernandes. O Francês pouco fez, mas o grego, deu mais acutilância ao ataque, criando mais algumas oportunidades desperdiçadas. A cinco minutos do tempo regulamentar, o lance polémico que marca o jogo: Moretto mais uma vez muito mal, cede canto escusadamente, na sequência da marcação, Danielson toca a bola para Evandro à boca da baliza fazer o golo. No entanto o fiscal de linha já tinha anulado o lance, por supostamente Danielson ter tocado a bola já fora do terreno. As imagens televisivas são inconclusivas, no entanto fica a ideia que o arbitro auxiliar esteve mal na decisão que tomou. Esta decisão levou os vilacondenses a uma ataque de nervos, que desorientados permitiram o contra-ataque rápido do Benfica, que Robert de cabeça não soube aproveitar, quando tinha tudo para fazer o golo. Já nos descontos, seria o mal amado Mantorras, entretanto lançado por Koeman quando faltavam dez minuto para o fim, a fazer o golo encarnado, depois de ter sido o único jogador do Benfica a acreditar no centro de Simão, e com uma entrada a ponta de lança, desvia bola de Mora, que ainda lhe toca. Era a explosão de alegria de todos os que apoiavam o Benfica no estádio, assim como de todo o banco encarnado, que via assim ser quebrada a malapata das balizas. Com esta vitória, os encarnados estão ainda dentro da corrida para o titulo. De realçar que a vitória tenha sido conseguida talvêz de forma irregular, mas premiou a equipa que mais a procurou. O Rio Ave continua aflito, e neste jogo não demonstrou nada que permita a equipa pensar noutros voos.




O FC Porto jogou no Sábado, no Dragão, contra um Paços de Ferreira muito macio, para quem luta pela permanência. É certo que o adversário era o lider da prova, mas também a exibição não foi daquelas que se possa dizer que foi razoavel. Os azuis e brancos foram a equipa que mais procurou a vitória e nos primeiros minutos teve algumas oportunidades para o conseguir, sendo a mais flagrante protagonizada pelo miúdo Anderson, que mereu a confiança de Adriaanse. Aos 31 minutos de jogo, Pedro Emanuel faz um passe longo para as costas da defesa pacense, e encontra McCarthy, que em posição legal, parte para a baliza, contorna Peçanha e atira a valer, para a primeira explosão de alegria dos adeptos. Depois dos dois golos ao Marítimo, para a Taça, que valeram a passagem as meias-finais da prova, o sul-africano volta a marcar. No primeiro tempo, o melhor que o Paços conseguiu, foi um remáte de Júnior, na marcação de um livre directo, que passou por cima da barra da baliza de Baía. O segundo tempo começa com o golo de Adriano. O ponta de lança, aproveita da melhor forma um excelente passe do miúdo Andersson e com um toque súbtil desvia a bola de Peçanha. Com este golo, o FC porto garantia practicamente os 3pts, e a partir deste momento terá começado a pensar no jogo com o Sporting na quarta feira. Até o fim apenas mais um golo dos azuis e brancos, este da autoria de Lisandro Lopez, entretanto entrado para substituir McCarthy, que remata cruzado depois de um bom passe de Lucho Gonzales. Os pacenses ainda tentaram uma reacção, mas esbarravam sempre na boa postura defensiva dos dragões. Vitória justa e que dá mais consistência a liderança do FC Porto.

O Sporting viajou até Leiria, sabendo que não podia desperdiçar pontos. O jogo com o FC Porto, para o campeonato, está aí à porta e não pode haver nenhum deslize. Surpreendentemente, foi o Leiria que mais atacou e que mais procurou o golo junto da baliza de Ricardo, tendo sido a equipa mais rematadora no primeiro tempo, sem no entanto causar muitos estragos junto da defesa leonina. Fábio Felício e Maciel, foram os jogadores mais inconformados dos leirienses, tendo sido os elementos mais em foco no primeiro tempo. Do lado do Sporting, apenas um remáte com algum perigo, protagonizado por Carlos Martins à passagem do minuto 35, com Costinha em grande plano a ceder canto. No primeiro tempo pudemos observar um jogo muito equiibrado, em que osleões procuraram atacar apenas pela certa, cedendo em alguns momentos, a iniciativa de jogo aos locais. No reatamento da partida surge o golo do Sporting. Nani, numa jogada de insistência, consegue entrar na area, e já junto a linha de fundo, faz o passe atrasado, que é desviado por Éder, que por sua vêz trai Costinha que ainda toca na bola, mas não consegue impedir o golo. Sem ter feito muito por isso, o Sporting adiantava-se no marcador. Três minutos depois os leões poderiam ter ampliado a vantagem, com mais um tiro de Carlos Martins, que bate num jogador leiriense e esbarra-se na trave da baliza de Costinha. O golo abanou com os leirienses, que nunca conseguiram responder da melhor forma às oportunidades criadas. Até ao fim o Sporting, mais sereno, conseguiu gerir a vantagem importante que possuia. Já perto do fim da partida, alguma confusão instalou-se perto da bandeirola de canto, depois de Macial, ter pontapeado claramente João Moutinho, quando este tentava, atravéz da posse de bola, esgotar os minutos que faltavam para o fim da partida. Esta confusão, valeu o cartão amarelo a Tello, que empurrouMaciel, tendo o leiriense passado impune pela agressão que cometeu. Este resultado é revestido de grande importância, pois mantem os leões colados ao FC Porto e afastados do Benfica, além de estabelecer novo recorde na liga, ao atingir a oitava vitória consecutiva, para o campeonato.

No resto da jornada, O Nacional da Madeira continua o seu calvário e vai de derrota em derrota, afastando-se do objectivo europeu. Esta derrota é aterceira consecutiva, o que faz com que o Nacional não vença desde a 23ª jornada, quando derrotou o Penafiel, por 2-1. A Naval com esta vitória vê a permanência mais perto, e começa a practicar um bom futebol, algo que ainda não tinhamos visto com muita frequência esta epoca, na equipa figueirense. Desde que rogério Gonçalves tomou conta da equipa, a Naval conseguiu 7pts, fruto de duas vitórias e um empate. Já antes Fernando Mira, tinha conseguido uma vitória, no terreno do Belenenses, elevando assim para 4, os jogos sem perder.

O Vitória de Guimarães recebeu a Académica. Os vimaranenses, tinham que vencer para poder sair da zona proibida, mas um golo de Joeano aos 27 minutos estragou as contas. Saganowski, iria empatar no minuto seguinte, mas até ao fim os vitorianos não conseguiram materializar em golo, as oportunidades que foram criando. Os estudantes saem do Afonso Herriques, com um ponto precioso e mantêm-se acima da linha de agua. Com mais este empate, o Vitória aumenta para sete os jogos sem perder, mas no entanto apenas conseguiu 3 vitórias, tendo empatado 4 jogos, dois deles com adversários directos na luta pela permanência.



O outro Vitória, o de Setúbal, deslocou-se ao terreno do Estrela da Amadora, onde foi derrotado por uma bola a zero. O golo dos estrelistas foi apontado por Semedo, logo aos 9 minutos de jogo. Este golo é duvidoso, uma vez que parece que Semedo esta em posição irregular, na altura do passe. O Vitória de Setúbal, nada fez para inverter o resultado negativo, e foi uma equipa sem ambição e sem garra que se foi arrastando pelo relvado. Esta vitória é muito importante para as contas dos tricolores, que ocupam agora a 11ª posição com 33pts. o vitória continua na 7ª posição com 39.

O Boavista parece ter sido abalado com a derrota em Alvalade, na passada jornada e numa semana já perdeu por três vezes, se contar-mos com o jogo da taça. No Sábado os axedrezados receberam um Belenenses, a precisar de pontos para garantir a permanência. O Boavista foi uma equipa em nada igual àquela que iniciou a segunda volta, e mais uma vez sem João Pinto, que ficou de fora por ter sido expulso frente ao Setúbal, no jogo da Taça. No primeiro tempo, os homens do Bessa dispuseram de uma flagrante oportunidade para se adiantarem no marcador, mas Zé Manuel, desperdiçou a grande penalidade que Fary sofrera. Até ao interválo e no reatamento, um jogo desinteressante e sem muitas ou nenhumas oportunidades de golo. A um quarto de hora do fim da partida, José Pedro arrancou um remate potente e colocadissimo, ao qual William não conseguiu corresponder, dando então oportunidade aos azuis do Restelo de se adiantarem no marcador. Estes dois clubes mantêm uma luta entre ambos, pela posse do titulo de quarto grande, e essa luta pendeu novamente para o lado do Belenenses, quando minutos depois do primeiro golo, Meyong, ampliava a vantagem. Até ao fim, os azuis conseguiram manter a importante vantagem, e levaram os três pontos do Bessa.

Depois de ter sido derrotado por este mesmo Belenenses na ronda passada, o Braga recebeu mais uma equipa aflita, e que estrou novo tecnico no banco. Falo do Marítimo. Mas os insulares foram incapazes de bater os bracarenses e fica em situação muito aflitiva na tabéla. Nem a moral trazida por Ulisses Morais, foi suficiente para garantir qualquer ponto, e aumentar assim para três os jogos sem vencer. Os bracarenses, por seu turno, voltaram as vitórias, e ficaram moralizados, para a visita da proxima semana ao Estádio da Luz, onde vão defrontar o Benfica. Diga-se que em caso de vitória, o Sp. de Braga ultrapassa o Benfica na tabéla, ficando assim com uma vantagem muito importante na luta por um lugar na Liga dos Campeões da proxima época, objectivo principal dos comandados de Jesualdo ferreira. Um jogo muito seguro e sempre no comando das operações, permitiu ao Braga ir para o interválo já a vencer, com um golo do central Paulo Jorge, aos 17 minutos de jogo. No reatamento da partida, o inevitável João Tomas garantiu os três pontos, com mais um golo numa jogada de insistência do ataque bracarense. Com esta vitória o Braga deixa o Boavista a seis pontos de distância e mantem-se na cola do Benfica.


Por último, o já despromovido Penafiel recebeu e empatou o Gil Vicente que procura desesperadamente, os pontos necessários para garantir a permanência. Com 27pts, e ocupando a penúltima posição, a atitude da equipa de Paulo Alves não foi a melhor, o que tornou o jogo desinterssante, para os poucos adeptos que se deslocaram ao 25 de abril. Golos só no segundo tempo, a passagem da meia hora, quando Gregory correspondeu a um bom centro de Nandinho, na sequência de um canto. Mas cinco minutos depois Bibishkov, estabeleceria o resultado final, após passe de Diallo. E seria Diallo, a desperdiçar excelente oportunidade de por o Penafiel em vantagem, com Paulo Jorge a corresponder com excelente defesa. No fim da partida, Paulo Alves, disse ainda acreditar na resposta positiva do plantel, e na manutenção. Luis Castro, por seu turno, deu como consumada, aquilo que já toda a gente sabia, que é a descida de divisão do conjunto penafidelense.

A proxima joranda volta a trazer jogos interssantes, pelo menos por aquilo que os clubes têm que fazer, pois vamos ter um Benfica-Sp. de Braga, assim como um Gil Vicente-Vit. Guimarães, e um Académica-FC Porto. O Sporting recebe o Penafiel.

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