14 de março de 2006

Benfica volta a atrasar-se

Este fim de semana de campeonato voltou a causar algumas surpresas em alguns dos campos desta pais. A maior dessas surpresas aconteceu no Estádio da Luz. Sem menosprezar, como é claro, o bom desempenho da Naval, este resultado de 0-0, não deixa de ser surpreendente. O Benfica entrou pressionante, e logo no início da partida poderia ter aberto o marcador, por intermédio de Simão, aos 9 minutos de jogo, depois deste fugir bem, aos defesas que o marcavam. Logo de seguida Beto faz um centro-remate, mas Nuno Gomes não chega a tempo de fazer a emenda. A Naval nunca foi uma equipa que pressiona-se muito a defesa encarnada, que apresentou Ricardo Rocha como par de Andersson, devido a lesão inesperada de Luisão. Só por volta da meia hora de jogo é que os figueirenses se abeiraram da baliza encarnada e mais uma vez devido a insegurança de Moretto, que numa bola facil, não conseguiu segurar, cedendo pontapé de canto. Ao interválo o resultado de 0-0 já era lisonjeiro para os navalistas, tendo em conta as oportunidades criadas pelos encarnados. No reinicio do segundo tempo tudo na mesma. O jogo teve apenas um sentido, que foi a baliza de Taborda, e aos dez minutos da segunda parte, Franco é expulso depois de travar com a mão uma bola que ia direccionada para Nuno Gomes, que ficava isolado. Expulsão justissima do central figueirense. A partir deste momento, a Naval abdicou do ataque, e Rogério Gonçalves, fez sair Fogaça, para a entrada de Nelson Veiga, o que retraiu mais a equipa. Koeman, entretanto, tinha feito entrar Karagounis para o lugar de Manuel Fernandes. O Benfica cresceu e as oportunidades sucediam-se. Primeiro foi mais uma vez Nuno Gomes, com um remate cruzado para boa defesa de Taborda, com o pé, depois foi Simão na marcação de um livre a entrada da area. Taborda efectou enorme defesa, desviando a bola parao poste, esta ressalta para o centro da area onde aparece Andersson, que com a baliza escancarada, não conseguiu fazer o golo. Até ao fim o Benfica pode-se queixar de uma grande penalidade não assinalada por Carlos Xistra, por falta sobre Léo, e mais uma perdida incrível, por parte de Marcel, que sozinho no coração da area, conseguiu atirar ao lado da baliza de Taborda. Com este resultado o Benfica atrasou-se na corrida ao titulo, que fica agora a 7pts de distância. A Naval cosegue um ponto muito importante na sua luta pela manutenção, e já esta acoma da linha de agua. Desde que Alvaro Magalhães saiu do comando técnico, os figueirenses já conseguiram 7pts, fruto de duas vitórias e um empate.

O Sporting recebeu o Boavista no Sábado. As duas melhores equipas desta segunda volta, ambas com um pecúlio de 7 vitórias e um empate deram ao público e amantes do futebol um bom desafio. O Boavista não pode contar com João Pinto e Cadú castigados, e o seu jogo não foi tão ofensivo como costuma ser. Logo aos 6 minutos o sporting poderia ter-se adiantado no marcador, mas o remate de João Moutinho embateu no ferro da baliza de William. Mas a passagem do minuto 19, Tonel, com mais um golo de calcanhar abria o activo, na sequencia de um livre. Depois deste momento, o Sporting passou a ser mais atacante e antes do interválo poderia ter ampliado a vantagem, mas a bola cabeceada por Liedson embateu no poste da baliza axedrezada. No segundo tempo o Boavista cresceu um pouco, como lhe competia, e tentou procurar a igualdade. Carlos Brito no fim da partida, queixou-se de uma grande penalidade sobre Fary e com razão, pois havia motivos para a marcação da falta, uma vez que Tonel impede o senegalês de saltar a bola, mas tambem é verdade, que o lance deveria ter sido invalidado, pois o boavisteiro encontrava-se em fora de jogo. Até ao fim espaço ainda para uma grande penalidade a favor dos leões, que Sá Pinto desperdiçou. Este resultado permite ao Sporting manter a dista^ncia para o FC Porto e aumentar para cinco os pontos de diferença, para o Benfica.

Na sexta-feira, o FC Porto deslocou-se ao Bonfim, terreno onde não perde a 22 anos e onde vence consecutivamente a seis. O Jogo só teve um sentido, que foi a baliza sádina, pois este Vitória não demonstra argumentos capazes de contrariar nenhum adversário. Com alguma surpresa o golo dos azuis e brancos tardava em surgir, fruto de algum desacerto dos avançados portistas. O FC Porto dominava claramente, e ao minuto 41 conseguiu materializar esse dominio em golo, com um cabeçeamento de Adriano, a corresponder a excelente cruzamento de Raúl Meireles. O guarda-redes do Vitória, não fica isento de culpas neste lance, pois a cabeçada da-se dentro da pequena area, ou seja, no raio de acção do guardião. Mais uma vez o FC Porto, faz um golo numa altura crucial do desafio. No reatamento os setubalenses apareceram mais afoitos, mas nem por isso mais perigosos. Ao minuto 51, Vitor Baía, na sequência de um canto, põe a bola nos pés de Quaresma, que corre de uma area a outra, para depois fazer um cruzamento milimétrico para a cabeça de Raúl Meireles, que o acompanhou desde o início da jogada. Com mais este golo num momento fundamental, os dragões mataram o desafio, e ate ao fim foi só gerir o resultado e a exibição. Houve ainda espaço para uma grande defesa de Rubinho, a defesa da noite, a remate de Lucho, estirando-se para evitar o golo. Com este resultado, o FC Porto caminha firme para a conquista do campeonato.

No resto da jornada, o Nacional, já nos vai habituando a maus resultados e este fim de semana coleccionou mais um, ao perder em casa com o Estrela da Amadora por 1-2. Os nacionalistas vêm assim a europa por um fio, enquanto que os estrelistas com estes 3pts, vêm a manutenção mais facilitada. Manu apontou um grande golo à passagem do quarto de hora, Chainho na sequência de um canto importunou um jogador estrelista, com isso fazendo-o introduzir a bola na propria baliza. Na segunda parte ejá muito perto do fim da partida, Rui Borges estabeleceu o resultado final na sequencia da marcação de um livre directo. Com este resultado os madeirenses aumentam para 3 as derrotas desde que comecou a segunda volta. Muito pouco para quem quer atingir uma competição europeia.

O Maritimo empatou com o Rio Ave em casa a zero, naquele que foi talvêz o pior jogo desta época destas duas equipas. O Rio Ave, até foi quem mais procurou a vitória e teve o golo nos pés de Agostinho, já no segundo tempo. Antes, Caíco poderia ter aberto a contagem para os da casa. Num jogo sem história, deixa apenas a demissão do treinador Paulo Bonamigo, que passa a ser o segundo treinador dos insulares despedido esta época.

Paços de Ferreira e Vitória de Guimarães, encontraram-se num jogo de aflitos. O Vitória nunca perdeu na Mata Real, e manteve a grande falange de apoio que tem seguido a equipa para todo o lado. Antchouet marcou para os vimaranenses já perto do fim da partida e numa tentativa de defender o resultado, por parte de Vítor Pontes, que fez entrar Dragoner para o eixo da defesa, o mesmo jogador faria um autogolo, tendo estabelecido o resultado final.

A Académica defrontou o já despromovido Penafiel e venceu por 1-0, golo de Filipe Teixeira, no reatamento da partida. Os estudantes sentiram algumas dificuldades inesperada, pois o Penafiel vendeu cara a derrota e até dispôs de algumas ocasiões para se adiantar no marcador. Este resultado põe a Briosa na primeira metade da tabela com algum ar respirável, mas sem nunca poder baixar os braços.

O Gil Vicente perdeu em casa com a U. Leiria, no primeiro jogo de Paulo Alves à frente da equipa. Os gilistas até começaram bem o jogo e adiantaram-se no marcador, com um grande golo de Bruno Tiago à passagem do minuto 35. Já em cima do intervalo, Lourenço estabeleceu a igualdade. Ao minuto 65, Fabio Felicio, que tinha entrado na primeira parte para o lugar de Toure, fez o 1-2 final. Com este resultado os gilistas caíram para o penultimo lugar com 27pts.

No último jogo da ronda, Belenenses e Braga que têm objectivos diferentes encontraram-se no Restelo. A vitória surriu para os azuis que vêm assim a sua situação mais definida, embora não esteja segura. Os golos foram apontados por Sandro Gaucho ao minuto 17 e por Meyong, já no segundo tempo, ao minuto 51. Com este derrota os bracarenses perderam uma oportunidade de ouro de voltarem a subir ao terceiro lugar da Liga. O Belenenses saltou quatro posições na classificação e ocupa agora o 11º lugar com 31pts.

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