23 de janeiro de 2006

Sporting volta a atrasar-se....

Falta apenas um jogo para terminar a jornada, que devido as eleições, foi antecipada, tendo sido disputada entre 5ª feira e Sábado, ficando para hoje o último jogo, o U. Leiria-Belenenses.
Olhando de uma maneira geral para esta ronda, não houve grandes surpresas, se olhar-mos para uma perspectiva de continuidade de alguns clubes... E olhando para esse aspecto, conseguimos entender o porque do empate do Sporting em casa frente ao Maritimo... É certo que os Leões, podem ter sido perjudicados, mas aquele golo que o Liedson falhou...
Assim e começando por este jogo, o que se viu em Alvalade, foi simplesmente a mesma coisa que se viu em Braga e em Belem, ou seja, o Sporting demolidor e senhor do jogo no primeiro tempo, mas depois a deixar que o seu adversário o domine no segundo... Podemos quase falar de uma equipa masoquista, que gosta de sofrer e fazer sofrer os seus adeptos.
No que toca ao jogo, o Sporting entrou muito bem, dominando e encostando o Maritimo, o que cedo lhe valeu o primeiro golo, apontado por Romagnoli. O jogador encontrava-se sozinho a entrada da area e depois de uma excelente iniciativa de Liedson pelo flanco direito, atrasou para o remate final do argentino, que assim se estreia a marcar em jogos oficiais pelos leões. Depois o Sporting foi perdendo o controlo do jogo, fase que coincidiu com o acertar das marcações e a afirmação do futebol dos insulares e o Sporting começou então a recuar, até que permitiu já quase ao intervalo o golo do Maritimo, lance em que Ricardo não fica isento de culpas, pela forma como afastou a bola. Na segunda parte, temos o lance que dá origem a grande penalidade depois de mais uma vez Sá Pinto ter empurrado um jogador dentro da grande area. E Ricardo solucionou o problema com uma boa defesa, mesmo estando lesionado, ao remate de Souza. No fim, os dirigentes leoninos queixaram-se muito da equipa de arbitragem.
Recuando um pouco, na quinta-feira, o Sp. Braga deslocou-se a Penafiel, naquele que é o terreno maldito para os bracarenses a algumas épocas. E isso voltou-se a confirmar, pois e apesar de dispor de uma grande penalidade, o Braga saiu com um nulo do terreno de jogo. Wender, que nos últimos dois jogos tinha sido a figura da equipa ao apontar golos que valeram pontos, desta vez não conseguiu desfeitiar Vinicius, e assim o Braga perdeu dois pontos. O Jogo só teve um sentido, e nem se notou muito a falta de Nunes e Jorge Luiz, na defesa bracarense. Pelo meio houve ainda um golo mal anulado ao Braga por suposta carga de Nem.
O Benfica jogou em Barcelos na sexta-feira, e podia subir a liderança nem que fosse por um dia. E assim foi. A equipa, imune a pressão de poderem ser lideres, entrou bem no jogo, embora tenha sido apontada uma grande penalidade, por carga de Simão sobre Carlitos, logo aos 7' de jogo. O toque existiu, fica só a duvida se sria o suficiente para derrubar o extremo do Gil, ao ponto de necessitar de assistencia medica. Nandinho é que não quis saber disso, e apontou o golo, pondo assim fim a uma serie de oito jogos sem sofrer golos, por parte das aguias. Sol de pouca dura, pois 8' volvidos o arbitro da partida volta a apontar para a marca do penalti, desta vez a castigar mão na bola de Marcos António, apos um corte pouco ortodoxo, a um centro de Nelson. Simão tambem não se inibiu e restabeleceu a igualdade. Neste jogo Koeman voltou a fazer mexidas no onze, e voltou a deixar Léo no banco, dando o flanco esquerdo a Nelson e o direito a Alcides, e voltando a emparelhar Luisão e Andersson no eixo defensivo. Manuel Fernandes voltou ao onze, e Miccoli cedeu o seu lugar a Manduca. Este jogador cotou-se como uma das melhores unidades do Benfica, e quando Koeman solicitou uma troca posicional entre Geovanni e Manduca, passando o nº 11 do Benfica para a posição de segundo ponta de lança, nuca esperaria que volvidos 2 minutos Manduca isolasse Nuno Gomes, que depois cedeu a bola a Geovanni para este na passada dar a reviravolta no marcador e por o Benfica a vencer por 1-2. Até ao intervalo o Benfica dominou por completo e poderia ter ainda chegado 1-3. Golo que surgiu logo no inicio do segundo tempo, mas anulado de pronto pelo juiz da partida, por pretenso fora de jogo de Nuno Gomes. Mais tarde haveria de surgir um dos golos mais caricátos do campeonato. Gregory, sentindo-se apertado por um adversário atrasa a bola a Jorge Baptista, que dá um monumental chuto na atmosfera, e a bola, essa, foi rolando até entrar na baliza gilista, e sentenciar practicamente a partida. Até ao fim, o Gil Vicente tentou reduzir a vantagem encarnada, mas as pretensões esbarraram no poste da baliza de Moretto. De realçar ainda as três perdidas de Nuno Gomes que poderia ter avolumado o marcador.
No fim o treinador gilista Ulisses Morais, culpa o terreno de jogo e o arbitro pela derrota, dizendo que este se sentiu pressionado pelo penalti assinalado logo aos 7', e que isso condicionou o seu trabalho.
No Dragão assistiu-se a uma segunda revolução feita por Co Adriaanse no plantel portista. Vitor Baía, Pedro Emanuel, Paulo Assunção e Diego ficaram de fora do onze portista, sendo o afastamento de Baía o mais surpreendente de todos, tanto mais que o jogador cumpriria 400 jogos no escalão maior do nosso futebol. A exibição é que não foi das melhores, mas mesmo assim o FC Porto venceu por 1-0, o que motivou assobios do publico no fim da partida, com a agravante de o golo portista ter sido conseguido atraves de... um autogolo de Fernando, capitão da Naval. O FC Porto não foi tão mordaz como costuma ser fruto de se ter deparado com um novo esquema: 3x3x4.... Adriano estreou-se a titular em jogos oficiais do FC Porto, mas a sua presença não foi notada, sendo vitima da falta de entrosamento que ainda existe com o resto da equipa. A Naval é que esteve arrumadinha no sector defensivo, e se não tivesse sido o autogolo do capitão, seria uma exibição imaculada e com o consequente pontinho.
No resto da jornada, de realce a primeira vitória de Helio como treinador do Vit. Setúbal, em Paços de Ferreira, e mais um empate do Nacional, desta feita no terreno da Académica. O Vit. Guimarães, continua o seu calvário, e nem a jogar contra dez, conseguiu levar de vencida o Rio Ave. O Boavista venceu em casa o Estrela da Amadora, com um Zé Manuel em grande momento de forma, a apontar mais um golo decisivo.
Como já disse, logo joga-se o último jogo da jornada, que opõe a União de Leiria ao Belenenses, as 20:30, com transmissão em directo na Sport Tv.

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