15 de dezembro de 2006

Taça UEFA - Sp. Braga 2-0 Grasshoppers

Estádio: Municioal de Braga
Espectadores: 11.048
Árbitro: Nikolay Ivanov (Rússia)



Sp. Braga: Paulo Santos, Luís Filipe, Paulo Jorge, Nem e Carlos Fernandes, Vandinho, Ricardo Chaves e João Pinto, Maciel, Wender e Zé Carlos.
Treinador: Rogério Gonçalves. Jogaram ainda: Cesinha, Castanheira e Marcel

Grasshoppers: Coltori, Sutter, Weligton, Denicola e Jaggy, Voser, Léon e Salatic, Roberto, António e Ristic.
Treinador: Krasimir Balakov. Jogaram ainda: Renggli, Blumer e Fletscher


O Sp. de Braga carimbou a passagem à fase seguinte da Taça UEFA, com um golo inventado por Camacho, aquando da sua passagem pelo Benfica. A raça e vontade dos jogadores bracarenses, foi premiada, no entanto o seu presidente queria mais apoio por parte dos associados.

A primeira parte deu-nos um Sp. de Braga um pouco nervoso, pois tinha a obrigação de vencer, caso quisese seguir em frente. Rogério Gonçalves, apresentou o esquema habitual de 4x3x3, com dois trincos, Vandinho e Ricardo Chaves, e João Pinto a jogar no vértice do triangulo, no apoio a Zé Carlos. Do lado dos suiços, o 4x3x3 com apenas um trinco, dava um pendôr mais atacante à equipa.
Talvês por causa do nervosismo, o futebol do Braga, foi um pouco atarantado, sem agressividade e mostrou uma finalização muito aquém do esperado e necessário, para garantir a passagem. Foi no entanto o Grasshoppers, ao minuto 12 que poderia ter marcado o primeiro da noite, numa jogada de entendimento entre Ristic e António tendo Paulo Santos correspondido com boa defesa. O jogo arrefeceu um pouco, com o Sp. de Braga a tentar deixar os suiços adormecerem, e a entrada para o último quarto de hora da primeira parte, a equipa de Rogério Gonçalves pressionou mais e terminou por cima da turma suiça, tendo no entanto desperdiçãdo algumas boas situações para marcar, por falta de pontaria. Já perto do final, os bracarenses queixaram-se de uma grande penalidade sobre Zé Carlos, mas fica a impressão que o atacante brasileiro é que faz falta no início da jogada, agarrando o central Weligton.

No segundo tempo, o Braga manteve o pendôr atacante os últimos minutos da primeira parte, e Zé Carlos voltou a ter algumas boas oportunidades de abrir o marcador, mas acabaria por não o conseguir, tendo no entanto entrado ele próprio pela baliza dentro, num lance em que toda a gente gritou golo. João Pinto continuava a carregar a equipa, com sucessivos cruzamentos e jogadas de grande nível, tendo conseguido, através da tecnica, libertar-se da marcação cerrada que lhe moveu Voser no primeiro tempo.
Aos 60 minutos, Maciel apontou um lívre, que mais parecia um canto curto, e encontrou João Pinto lívre de marcação na cabeça da área, com o ex-internacional português a rematar de primeira, sem hipoteses para Coltori. Este golo fêz lembrar os lívres introduzidos por Camacho, na altura em que esteve à frente dos destinos do Benfica, e tantas vezes copiado sem sucesso.
O Grasshoppers tentou responder e teve uma soberana oportunidade minutos depois do golo de João Pinto, mas Roberto Pinto, que se isolou quando a defesa bracarense parou a pedir um fora de jogo inexistênte, rematou frouxo e ao lado da baliza de Paulo Santos para descanço dos bracarenses presentes no estádio. O coração terá falado mais alto....
Já nos descontos, Castanheira apontaria o golo do descanço, depois de cruzamento de Luís Filipe e deu início à festa nas bancadas.

No final da partida, António Salvador falou aos jornalistas e esqueceu por completo a vitória histórica, para dizer que estava desiludido com a afluência de público ao Municipal, para um jogo de capital importância para o futuro do clube, entre outras coisas disse que "esperava mais do que os 9 mil adeptos presentes", tendo no entanto oficialmente terem sido dados 11 mil espectadores nas bancadas, e disse que "talvês o Braga precise de mudar de cidade, para Barcelos ou Guimarães, para ter mais apoio". A indignação do presidente continuou, dizendo que não admite ser "questionado por ninguem, caso venda algum jogador em Janeiro, ou no início de época", e terminou dizendo que "trabalhar assim não vale a pena. Dá que pensar".

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