20 de fevereiro de 2006

Benfica quase fora da corrida.

Esta jornada serviu para dissipar algumas duvidas que restassem quanto ao real valor da equipa encarnada, após as contratações de inverno. Esta equipa do Benfica, desde que começou a segunda volta, não tem feito nada para justificar a revalidação do titulo de Campeão Nacional. No sabado a tarde em Guimarães, debaixo de um diluvio, os encarnados podem ter dito adeus ao titulo, depois de mais uma exibição cinzenta e sem caracter. O jogo começou com uma enorme defesa de Moretto a negar o primeiro golo logo no primeiro minuto, correspondendo com excelente defesa a um livre apontado por Neca. A partir desse momento o Vitória de Guimarães, demonstrou querer ganhar o jogo, até para corresponder ao apoio dos seus adeptos. Durante a viagem da equipa do hotel para o estádio, as manifestações de apoio iam-se sucedendo. Sem surpresas o Vitória chega ao golo a passagem do minuto 20, da 1ª parte, num remate feliz do sueco Svard, que desviou em Ricardo Rocha, passando por cima de Moretto para se anichar no fundo das redes. O Benfica a partir desse momento esboçou uma reacção, mas sem nunca perturbar Nilson. Até que aos 35' de jogo, Petit rematou de longe, na cobrança de um livre, e Nilson correspondeu com grande defesa, evitando o golo da igualdade. De referir que este foi o primeiro remate do Benfica a baliza... Muito pouco para quem quer ser campeão. Depois já perto do interválo, Nuno Gomes vai em direcção à baliza vimaranense, mas é placado por Cleber, melhor elemento em campo, que vê e bem o cartão amarelo, pois Nuno Gomes não ficaria isolado, uma vez que tinha já um defesa na dobra. Do livre surge o golo anulado ao Benfica, por fora de jogo de Marcel. No reatamento viu-se um Benfica mais forte, fruto tambem do recuo da equipa vitoriana, mas sem nunca importunar o guarda redes do Vitória. Marcel na area, nunca conseguiu ganhar um lance aos defesas que o marcava, ora Cleber, ora Geromel, e foi impotente para fazer alguma coisa. Com os encarnados já por cima do Vitória, Léo perde uma bola no meio campo, o que origina um rápido contra-ataque culminado com excelente golo de Neca. Até ao fim nada de relevante a apontar por parte do Benfica, que já com Karagounis em campo, mostrou outra disponibilidade para abordar o jogo, mas sem causar mossa na bem organizada equipa de Vitor Pontes. Com este resultádo e depois da vitória do FC Porto, o Benfica vê-se obrigado a ganhar no proximo domingo aos rivais, por forma a não focar arredado de vêz da luta pelo titulo.
Quem beneficiou com a derrota do Benfica foram, Sporting, FC Porto e Sp. de Braga, que viram assim o avolumar da diferença entre os três rivais, tendo o Sp. Braga ultrapassado os encarnados na tabela classificativa. O Sporting quando entrou em campo para defrontar o Paços de Ferreira, já sabia que poderia afastar-se do Benfica e isolar-se no 2º lugar. O Paços entrou bem no jogo e poderia ter-se adiantado no marcador logo aos 7' depois de Didi, ter atirado para boa defesa de Ricardo. Com o passar do Tempo o Sporting foi encostando o Paços de Ferreira, até que aos 26' Moutinho cai na area abalroado pr Peçanha. O arbitro da partida aponta para a marca do penalti, e Sá Pinto inaugura o marcador. O Sporting dominou o resto da partida sem no entanto criar muito perigo, o Paços por seu lado, não mais conseguiu importunar Ricardo, que foi correspondendo quando era chamado a intervir. A passagem do minuto 70, Paulo Bento faz entrar Nani, que substituiu Carlos Martins, e foi dos pés do extremo que jáperto do fim sairam os restantes dois golos da partida, primeiro por Deivid, oportunissimo a boca da baliza, só precisando de encostar, e depois Tello, a aproveitar mais um excelente trabalho do jovem jogador leonino. A vitória ajusta-se, embora por números um pouco exagerados. José Mota, esteve muito critico em relação a arbitragem, chegando inclusivé a dizer, que havia um dirigente de um clube, que não queria o Paços na I Divisão.
O FC Porto defrontou o Maritimo, no Dragão, sabemdo que tambem poderia afastar-se mais do Benfica em vesperas do jogo entre os dois clubes. Com uma exibição personalizada e forte, o FC Porto dominou o jogo todo, no entanto, sofreu um calafrio logo no inicio, quando Kanu fugiu a Bosingwa e atirou ao poste, sem hipotese para Helton. Depois foi o coletivo azul e branco a tomar conta dos acontecimentos, e a encostar o Maritimo, que só em contra-ataque conseguia incomodar Helton. Aos 23', Raul Meireles, estoura do meio da rua batendo Marcos, num grande golo, embora muito consentido pela defesa maritimista. Raul Meireles está num bom momento de forma, e se no inicio da época esteve para ser dispensado, agora é indispensável no onze de Adriaanse. Até ao intervalo, nada a apontar, a não ser uma rábula, tendo Carlos Xistra como protagonista: Lucho remata para a baliza deserta, mas Willians consegue evitar o golo com a cabeça. O arbitro entendeu que tinha sido com a mão, expulsa o jogador e assinala grande penalidade. O auxiliar chamou o seu chefe de equipa a atenção, e este voltou atras na sua decisão, anulando a expulsão do maritimista e a marcação da grande penalidade. Grande mostra de fair play do arbitro, mas ao mesmo tempo uma desatenção do tamanho do mundo, pois é perfeitamente visivel de qualquer angulo, que o maritimista, corta a bola com a cabeça. Após o intervalo o Maritimo veio disposto a mudar o rumo dos acontecimentos, mas esbarrou num Helton em grande forma, que negou o golo por duas vezes a Zé Carlos. Vitória justa do FC Porto que assim deixa o Sporting a mesma distancia e aumenta para oito pontos a vantagem sobre o Benfica.
No resto da jornada, o Sp. de Braga sentiu algumas dificuldades para bater uma desesperada Naval, que depois de se ver ultrapassada pelo Vit. Guimarães e acrescer cada vêz mais a diferença pontual para a salvação, foi um adversário a altura. O Braga não esta na sua melhor forma, e Paulo Santos evitou ainda males maiores para a sua equipa. Cesinha que tinha entrado aos 57', apontou o golo 8' depois de ter entrado. Assim o Braga consegue ascender a 3ª posição, tendo ainda que viajar a Luz, para defrontar o Benfica.
O Belenenses coseguiu mais uma boa vitória, num terreno dificil como é o do Estrela da Amadora. Numa tarde inspirada de Silas, o Belenenses, teve sempre o dominio do jogo, traduzindo isso em golos antes do intervalo. Em 3 minuto o Belenenses aponta dois golos, o primeiro por Silas, o segundo por Ruben Amorim depois de excelente trabalho de Silas. O Estrela nunca conseguiu marcar o português, o que dificultou e muito o trabalho da equipa. Mauricio a um quarto de hora do fim da partida, ainda reduziu, mas o Belenenses conseguiu sempre controlar as operações. Este resultado permita aos azuis respirar um pouco melhor, embora não permita muitas veleidades, pois a luta pela permanencia está ao rubro e qualquer deslize pode ser fatal. O Belenenses ocupa agora o 9º lugar, mas apenas a 3pts do 15º ocupado agora pelo Paços de Ferreira.
Gil Vicente e Académica, protagonizaram o jogo mais empolgante desta 23ª ronda. O resultado final foi de 4-3 para os gilista, o que atesta bem o nível de competitividade neste jogo, até porque era um confronto directo na luta pela permanencia. Num jogo de parada e resposta, Joeano abriu o activo logo aos 6 minutos para os estudantes. Ezequias acabou expulso logo aos 18' de jogo o que condicionou um pouco a estrategia de Nelo Vingada, e permitiu ao Gil Vicente em 4 minutos dar a volta ao marcador, primeiro por João Pedro aos 21' e depois Mateus aos 23'. A Académica não baixou os braços e Joeano voltou a marcar empatando assim o jogo aos 35'. Mas Gregory 4 minutos volvidos, volta a por os gilistas em vantagem, resultado com que se chegou ao interválo. O Gil dominou a vantagem embora a Académica desse mostras de inconformismo, e foi assim que chegou a igualdade a 20' do fim do jogo , novamente por Joeano, apos transformar uma grande penalidade. Já perto do fim Carlos Carneiro estabeleceu o resultado final, muito importante para os de Barcelos, que assim saltaram da zona de despromoção para um confortavel 11º lugar, sem no entanto poder descançar muito. Nacional e Penafiel protagonizaram mais um bom jogo de futebol, com o Penafiel a tentar contrariar o favoritismo dos insulares. Mas Goulart encarregou-se de demonstrar o contrário ao apontar o primeiro golo do jogo. O Penafiel correu atrás do perjuizo, e já perto do interválo, chega a igualdade, por intermedio de Orahovac, na marcação de um livre directo. Aos 66' Chilikov, estabeleceu o resultádo final, que afunda ainda mais o Penafiel, e permite ao Nacional não perder de vista o Benfica que esta agora a apenas um ponto de distancia.
Na sexta feira realizou-se o primeiro jogo desta ronda, com o Boavista a receber o Rio Ave. Os vilacondenses vinha a procura de três ponto tranquilizadores e quase conseguiram, pois entraram a ganhar, com um golo apontado por Bruno Mendes logo aos três minutos de jogo na sequencia de um canto. O Boavisa que procurava a 6ª vitória seguida correu atras do prejuizo, e perto do interválo chega ao golo atraves de Ricardo Silva, tambem de bola parada. No segundo tempo o Boavista foi mais ofensivo, e teve três oportunidades nos primeiros 20', mas Mora opos-se com grande estilo aos remates dos axedrezados. Ja em tempo de descontos Mora não conseguiu parar um livre superiormente marcado por Manuel José, que já tinha avisado minutos antes. Assim o Boavista cola-se aos 5 primeiros e entra na disputa por um lugar na europa.
Para hoje ficou o U.Leiria- Vit. Setubal, que em caso de vitória leiriense, permite a equipa de Jorge Jesus, ultrapassar os sádinos na classificação. O Jogo realiza-se as 20:30, no estádio Dr Magalhães Pessoa e tem transmissão em directo na Sport Tv.

1 comentário:

Anónimo disse...

Como tu próprio dizes, a bola é redonda e, até ver, o Benfica não hipotecou nada. E depois, contra tudo e todos, a grande nação benfiquista nunca se abate! Por isso mesmo, amanhã vamos assistir ao Inferno da Luz e vencer o Liverpool. Porque um benfiquista acredita sempre!