23 de janeiro de 2007

Os fiascos da I volta da Bwin Liga

A primeira volta já terminou, e o mercado de transferencias está practicamente a fechar. Existem algumas movimentações de última hora, para colmatar saídas também elas de última hora, como acontece no Benfica, mais precisamente com Ricardo Rocha.
Dos três grandes, apenas o FC Porto efectuou uma contratação neste período, com a inclusão no plantel de Lucas Mareque, jogador que veio para ocupar a faixa esquerda da defesa portista. Benfica e Sporting, ainda não têm registo de entrada de qualquer novo jogador, tentando apenas recuperar alguns dos lesionados mais importantes, casos de Miccoli e Rui Costa no Benfica, que serão verdadeiros reforços de inverno, tal a influência que o seu futebol poderá ter no desempenho do clube da Luz, para o que resta da competição. Mas como o mercado ainda não fechou, existe ainda a possibilidade de entrada de mais alguns jogadores, até porque no caso do clube da Luz, existe agora a necessidade de contratar um ponta de lança e um central (caso Rocha vá mesmo para o Tottenham).

Mas neste post, vou apenas falar dos falhanços que foram algumas das contratações efectuadas pelos clubes no defeso de verão, altura em que se fazem a maior fatia dos negócios de uma época.
Assim e abordando os plantéis dos três grandes, podemos encontrar alguns jogadores que foram e continuarão a ser verdadeiros flops de mercado. Alguns até com algum nome na praça, outros á procura de consolidarem o seu futebol, mas que por qualquer motivo acabaram por ainda não demonstrar nada que os valoriza-se.

Assim começo pela ordem da classificação da Bwin Liga, e vou abordar o FC Porto. Os posts serão divididos, pois os casos a abordar são muitos e o post acabaría por ficar muito maçúdo.

FC Porto

Nos azuis e brancos, as movimentações de mercado iniciaram-se ainda a época de 05/06 não tinha terminado por completo. João Paulo (U. Leiria) e Diogo Valente (Boavista), surgem ligados já ao Dragão logo após a conclusão da última ronda. Mais tarde chegariam Ezequias (Académica), Tarik Sektioui (AZ Alkmaar) e Jorge Fúcile (Liverpool de Montevideo). De todos estes jogadores apenas Fúcile, tem sido utilizado com regularidade no onze de Jesualdo Ferreira, tanto á direita, sua posição de raíz, como a esquerda, numa feliz adaptação. Assim, pode-se verificar que a contratação de Ezequias a Académca, foi um autêntico flop de mercado, pois o lateral esquerdo foi apenas utilizado pr duas ocasiões, uma para o campeonato e outra para a Liga dos Campeões, frente ao CSKA de Moscovo, onde até nem esteve muito mal. O jogador neste momento faz parte dos quadros do Beira-Mar, onde jogará por emprestimo até ao final da temporada. Quem também sentiu necessidade de ser emprestado foi Diogo Valente. O extremo contratado ao Boavista, ainda por indicação de Co Adriaanse (só Fúcile foi indicado por Jesualdo), nunca foi uma opção clara para Jesualdo Ferreira. A contratação de Diogo Valente, assim como a de Sektiui, vinham para preencher lugares de um esquema táctico algo arrojado, do treinador holandês, que privilegiava o jogo pelas alas. Como Adriaanse acabou por sair e Jesulado aos poucos foi mudando o sistema de jogo para o seu 4x3x3, os dois jogadores foram perdendo alguma da importância que poderiam ter. Assim o português, apenas foi utilizado 20 minutos, em Alvalade, mas sem resultados practicos. Procura agora, relançar a carreira no Marítimo, clube que o acolheu neste período de transacções. Quanto ao marroquino, o seu estatuto no plantel é incerto, assim como o seu futuro. Com Jesualdo, apenas foi titular duas vezes, e foi suplente utilizado outras duas, na Bwin Liga, o que perfaz um total de 198 minutos, tendo apontado um golo, ao Beira-Mar, na quarta jornada. João Paulo, tem estado a braços com uma lesão contraída na pré-época, e apenas foi utilizado por uma vez, durante 45 minutos. Mas há outros jogadores que vieram a perder alguma influência e se revelaram verdadeiros flops. O caso mais sonante nos dragões é o de Adriano, ponta de lança contratado no período de inverno da última temporada, quando representava o Cruzeiro de Belo Horizonte. O jogador foi ardúamente disputado pelo FC Porto e pelo Sporting, mas a decisão do Nacional da Madeira, clube que ainda tinha direitos sobre o jogador, acabou por coloca-lo no FC Porto, por não querer, nas palavras do presidente do clube insular, vê-lo num concorrente directo do Nacional. Adriano acabou por ser bastante influente no futebol azul e branco, tendo sido utilizado em 15 jogos, sendo que foi titular em 14, tendo apontado 7 golos, na corrida do FC Porto para o título de campeão. Mas não foi só na Liga que Adriano se destacou, também na Taça de Portugal ganha ao Vit. Setúbal, pois o único golo da partida teve o cunho do avançado brasileiro, assim como na Supertaça de Portugal, ganha frente ao mesmo clube, com o primeiro golo a ser apontado por Adriano. As coisas até começara a correr bem ao ponta de lança, que foi titular nas 4 primeiras jornadas, jogando 90 minutos nas duas primeiras, 64' na 3ª e apenas 45' na 4ª, voltando a aparecer como suplente utilizado no jogo frente ao Boavista, referenta á 12ª ronda, tendo actuado 14 minutos, o que perfaz um total de 303 minutos de utilização, tendo apontado um golo logo na 1ª jornada frente á U. Leiria. Depois da 12ª ronda eclipsou-se por completo. É certo que teve uma lesão que o prejudicou, e o excelente momento de Postiga acaba por contribuir para o apagar deste jogador, mas o certo é que nem para o banco Adriano é opção. Até Bruno Moraes, tem mais crédito junto de Jesualdo Ferreira. O artilheiro brasileiro, já foi conotado com o Sp. Braga, sendo envolvido na transferência de Diego para o Dragão, mas nada se concretizou. Também já foi conotado com o Panatinaikos, mas nada se resolveu. Adriano diz querer mostrar o seu valor no FC Porto, mas o certo é que não deverá ser opção do treinador, caso fique. Outro flop desta primeira volta ainda no reino do Dragão é Ricardo Costa. O jogador que já envergou a braçadeira de capitão do FC Porto, apenas foi utilizado por Jesualdo em duas ocasões, frente ao Marítimo na 6ª jornada, tendo jogado 45 minutos e depois apenas voltou a aprecer na 14ª, frente ao Paços de Ferreira, tendo actuado 18 minutos no último jogo do ano, jogo esse, que se chegou a dizer que sería o da sua despedida, por já ter tudo acertado com o Marselha, onde jogaría por emprestimo até final da época. Entretanto, Pepe e Bruno Alves lesionaram-se, e Jesualdo catalogou Ricardo Costa de intransferível e o negócio com os franceses gorou-se. O central é presença habitual nas convocatórias do professor, mas em termos de minutos jogados a sua utilização é bastante reduzida, e talvês o emprestimo fôsse uma boa oportunidade para Ricardo Costa mostrar o seu valor, até porque começou a ser chamado por Scolari para integrar a Selecção Nacional. No reino do Dragão continuam a haver jogadores que não convencem, casos de Alan e Jorginho. Está temporada, os dois jogadores brasileiros contratados ao Marítimo e Vit. Setubal respectivamente, ainda não demonstraram o porquê de estarem no seio do plantel azul e branco. O extremo apenas jogou 70 minutos esta temporada, enquanto que Jorginho actuou um pouco mais, 276 minutos de jogo, divididos por 3 jogos a titular e 3 jogos como suplente utilizado, sendo que só actuou os 90 minutos por uma vez, frente ao Vit. Setúbal, na 9ª jornada.
Outro craque adiado é Ibson. O centrocampista brasileiro tem qualidades inegáveis, mas tarda em afirmar-se. Raul Meireles e Paulo Assunção são os preferidos de Jesualdo, num meio campo onse só Lucho tem estatuto de indiscutivel. Ibson, começou bem a época, foi titular frente á U. Leiria, mas na segunda ronda, uma lesão atirou-o para o estaleiro durante algum tempo. Nessa altura Ibson estava a ser acompanhado por Dunga, assim como Anderson, Pepe e Helton, para poder ser convocado para a selecção brasileira. Após o regresso, Ibson perdeu terreno claramente para os outros dois jogadores acíma referidos, e só tem jogado a espaços, o que não o beneficia. Ibson foi titular duas vezes, mas só por uma vez actuou os 90 minutos, e foi na 12ª jornada, frente ao Boavista. De resto tem sido suplente utilizado por Jesualdo Ferreira. Até ao momento, o centrocampista totaliza 263 minutos nesta edição da Bwin Liga.
Estes são os casos mais claros de jogadores que até foram influêntes noutras equipas, ou noutras alturas, mas que por qualquer motivo não singraram no FC Porto. Numa equipa tão bem estruturada, e que practica um futebol bonito e eficaz como a dos dragões, salta a vista o elevado número de jogadores que acabaram por ser contratações falhadas.

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