17 de abril de 2007

SL Benfica 0-0 Sp. Braga

Estádio: Estádio da Luz
Espectadores: 36.259
Árbitro: João Ferreira

SL Benfica: Quim, Nelson, Anderson, David Luiz e Léo, Petit, Katsouranis, Karagounis e Rui Costa, Nuno Gomes e Simão.
Treinador: Fernando Santos. Jogaram ainda: Mantorras, Dérlei e Manú

Sp. Braga: Paulo Santos, Pedro Costa, Paulo Jorge, Frechaut e Carlos Fernandes, Castanheira, Vandinho e João Pinto, Cesinha, Davide e Chmiest
Treinador: Jorge Costa. Jogaram ainda: Luís Filipe, Diego e Andrade.

O Benfica pode ter dito adeus a luta pelo título, depois de mais um empate no jogo de ontém. com este resultado, aumenta para cinco os jogos sem vencer. A prioridade é agora o segundo posto.

Fernando Santos apostou no 4x4x2 em losango, dando a titularidade a Rui Costa pela segunda vez consecutiva. Simão foi o parceiro de Nuno Gomes na frente de ataque e Léo que tinha estado em dúvida para este jogo alinhou de início. Do lado do Sp. de Braga, Jorge Costa teve que fazer várias alterações, desde logo não podendo contar com Nem e com Zé Carlos, jogando nos seus lugares, Frechaut e Chimiest. Jorge costa apresentou a equipa do Braga num 4x2x3x1, que rápidamente se desdobrava num 4x3x3 em situações de ataque, com Vandinho e Castanheira como homens mais recuados e Cesinha e Davide no apoio a Chmiest. João Pinto jogou na posição de dez no apoio ao polaco.
O jogo começou com o Braga a tentar desde cedo chegar ao golo. Os primeiros minutos da partida pertenceram por completo aos bracarenses que foram criando algumas situações de golo, a primeira das quais logo no primeiro minuto, com Chmiest arematar de fora da área, depois~de se ter desenvencilhado de Anderson e Petit, com Quim a ter que se aplicar. Aliás, nos primeiros cinco minutos, o Sp. Braga teve quatro remates á baliza do Benfica, todos resultantes de situações de falhas de marcação do último reduto encarnado.
Depois de nova má entrada na partida, o Benfica foi aos poucos recuperando o controlo do jogo. Aos 9 minutos surge a primeira oportunidade de golo para os encarnados. Quim bateu o pontapé de baliza que caíu já perto da grande área adversária, com Frechaut a falhar o corte e Simão a não conseguir fazer o remate em boas condições acabando por rematar ao lado da baliza de Paulo Santos, já com a oposição deste. A partir do quarto de hora de jogo, o Benfica conseguiu finalmente tomar por completo conta do jogo e começou a criar algum perígo através de lances rápidos, e a Simão voltou a ter oportunidade de marcar, quando Nelson o desmarcou em profundidade pela direita do ataque e o capitão, mais rápido que o defesa adversário, conseguiu entrar dentro da área, mas o remate foi defendido por Paulo Santos para canto. Neste período o Benfica esteve por cima do Braga, e criou mais duas boas oportunidades, sempre por Simão. A primeira foi aos 20 minutos de jogo, com Simão a voltar a fugir a carlos Fernandes e centrar para o coração da área, tendo apanhado Nuno Gomes um nada adiantado. Dois minutos depois, novamente Simão, desta feita de lívre directo, com a bola a passar muito perto da trave de Paulo Santos, mas com o guardião a controlar. O Braga espreitou o contra-ataque sempre que pôde e aos 30 minutos, teve uma boa oportunidade de golo, depois de Nelson ter perdido mais uma vez a bola na zona de ataque encarnado, permitindo a Cesinha fugir com o esférico. A jogada foi algo confusa e terminou com um potente remate de Chmiest que passou muito perto da baliza de Quim. O Benfica, que só chegava á baliza de Paulo Santos através de remates de meia distância, voltou a ter uma ocasião de golo, com Karagounis a rematar de longe e Paulo Santos a desviar para canto. Já perto do intervalo, foi Petit a ter o golo nos pés, na marcação de um lívre directo em zona frontal, mas a bola saiu á figura de Paulo Santos. O intervalo chegou com o nulo no marcador, algo penalizante para o Benfica, que teve boas ocasiões de golo. O Braga, depois de uma entrada forte, aos poucos foi deixando o Benfica tomar conta do jogo, e com uma excelente organização defensiva, foi controlando os acontecimentos. Neste primeiro tempo de jogo, ficou patente alguma dificuldade do Benfica em articular jogo no último terço do Braga, optando quase sempre por futebol directo e remates de meia distância.

No início do segundo tempo, Fernando Santos fez entrar Mantorras para o lugar de Léo, que deve ter saído por problemas fisícos, uma vez que ele já tinha estado em dúvida para este jogo. Katsouranis passou para central e David Luiz ocupou a faixa esquerda da defesa. O angolano jogou na frente, apoiado por Simão e Nuno Gomes recuou para a posição de dez.
No entanto, foi o Braga que voltou a dispôr da primeira oportunidade de golo do segundo tempo, com João Pinto a ter tempo para tudo em zona frontal á baliza de Quim, mas na altura do remate, Katsisouranis opôs-se bem. O Benfica voltou a ter o comando do jogo, mas o futebol encarnado continuou lento, sem ligação e só de meia distância é que incomodava Paulo Santos, que na maioría das situações, apenas tinha que controlar a saída da bola.
A passagem dos 60 minutos, Jorge Costa teve uma contrariedade, com Pedro Costa a ter que ser substituido por Luís Filipe. A estratégia de Jorge Costa estava a resultar em pleno, muito por culpa do futebol do Benfica, que não era rápido nas transições ofensivas. Aos 65 minutos, Chmiest deu o lugar a Diego, e o Braga passou claramente a jogar para o empate. Fernando Santos respondeu, e retirou de campo Nuno Gomes, fazendo entrar Dérlei e passando jogar em 4x3x3, com a frente de ataque a ser constituida por Simão, Mantorras e Dérlei. Mas a toada de jogo foi a mesma. O Braga não chegou mais com perígo á baliza de Quim, e o Benfica instalou-se definitivamente no meio campo bracarense no último quarto de hora. A melhor ocasião do Benfica no segundo tempo, surgiu já nos últimos dez minutos da partida, com Simão a ir á linha centrar rasteiro e a apanhar Mantorras sozinho na área, mas o remate do angolano saiu ao lado do poste da baliza de Paulo Santos. Mantorras que voltou a dispôr de uma excelente ocasião para marcar minutos depois, mas voltou a rematar ao lado desta feita depois de boa iniciativa de Dérlei. Nos últimos cinco minutos da partida Fernando Santos voltou a mexer fazendo entrar Manú para o lugar de Nelson. O Benfica forçou e Karagounis teve uma excelente incurssão na área do Braga, fintando três defesas dos visitantes e na cara de Paulo Santos rematou a barra da baliza. Ja nos descontos Anderson ainda chegou a introduzir a bola na baliza de Paulo Santos, mas o lance foi anulado por fora de jogo do defesa benfiquista. Minutos depois o jogo chegou ao fim, com o nulo a manter-se e o Benfica a trasar-se ainda mais na corrida ao título e também na luta pelo segundo lugar, que agora é ocupado pelo Sporting.



O Melhor em Campo.

Na minha opinião, o melhor jogador em campo foi David Luiz. Não me canso de o mencionar como Melhor em Campo, pois tem sido uma agadável surpresa. Ontém voltou a surpreender-me, pois no segundo tempo jogou a lateral esquerdo e teve uma prestação notável, subindo pela linha e apioando Simão no ataque. Foi interessante vê-lo arrancar pela lateral e levar a bola sempre colada ao pé. Denotu também uma boa técnica e capacidade de passe bastante bom. No primeiro tempo, na posição de central, também esteve bem, principalmente na marcação a Chmiest.
Mas há também que destacar a exibição de Simão, que foi um dos mais inconformados no ataque encarnado. As três boas ocasiões de golo criadas na priemira parte surgem dos pés dele.
Do lado do Braga, há que destacar a exibição do irrequieto Chmiest, que ainda deu que fazer aos defesas encanrados. Teve nos pés as melhores ocasiões do Braga, logo a abrir o jogo, e depois á passagem da meia hora, quando rematou de primeira, a centro de um colega. Paulo Jorge e Frechaut, também estiveram em bom plano negando sempre qualquer tentatíva do Benfica pelo ar.

O Positivo do Jogo.

* O Benfica continua sem perder em casa para o campeonato, e também ainda mantém a invencibilidade na prova, depois da derrota em Braga, em Novembro último.

* David Luiz tem sido uma boa surpresa a central, mas ontém também demonstrou que pode ser alternativa a Léo na esquerda.

* Apesar de ter jogado para o empate, após dez minutos de bom futebol, o Braga demonstrou uma excelente organização e espirito de entreajuda entre os sectores, o que foi determinante para o nulo alcançado.

* Depois de quatro maus resultados e apesar de o jogo ser a uma segunda feira com transmissão televisiva, estiveram presentes no estádio mais de 35 mil pessoa.

O Negativo do Jogo.

* O Benfica aumenta para cinco, o número de jogos sem vencer, confirmando um mau momento da equipa.

* Incapacidade do futebol encarnado de ligação de lances de ataque, principalmente perto da área adversária, promovendo os remates de meia distância mas condenados ao fracasso.

* Ficou patente a falta de elementos que façam frente aos centrais adversários, o mesmo que dizer que existe falta de poder de choque na área adversária. O futebol lateralizado do Benfica, não tem seguimento após o cruzamento, pois não há ninguém para cabecear.

O Árbitro.

João Ferreira, esteve bem no jogo de ontém. Um jogo que também não teve casos difíceis de analizxar, e onde os jogadores colaboraram. Houve uma altura em que os nervos estavam a flor da pele para o lado dos encarnados, mas o árbitro geríu bem a situação. O lance do golo anulado ao Benfica foi bem ajuizado pelo árbitro auxiliar, existindo mesmo fora de jogo de Anderson. Na primeira parte, Simão reclamou uma grande penalidade, mas mais uma vez me pareceu acertada a decisão do árbitro em não marcar qualquer falta.

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