30 de maio de 2011

Primeiros 45 minutos ainda fizeram acreditar


Local: Estádio Rei Ramiro (Candal)
Hora: 17h
Árbitro: Ivan Vigário, auxiliado por José Ferreira e José Ricardo Ferreira

Candal: Castro, Passos, Sidon, Tiago Gil e Dani, João Reis (Digas 69'), Xico (Paiva 83') e Jony, Zé Tiago, Alex e Ansumane (João Amaral 63').
Suplentes não utilizados: Paulo Alegria, Pereira, Ricardo e Bruno Costa.
Treinador: Israel Dionísio

Oliveira do Douro: Pedrosa, Dudu, Ricardo Pinheiro, Rómulo e Coutinho, Nuno Cardoso (Isidro 55'), Zé Coutinho (Miguelito int), Galeão e Napoleão, Hugo Figueiredo e Rabaça (Zézé int).
Suplentes não utilizados: Ricardo, Adilson e Pedrito
Treinador: Mário Heitor

Resultado ao intervalo: 3-0
Resultado final: 3-0

Marcadores: João Reis (30'), Xico (36') e Passos (40')

Crónica

Candal somou os três pontos que se revelaram insuficientes para a manutenção

Oliveira do Douro foi um opositor fácil para os candalenses na primeira parte

Candal e Oliveira do Douro entraram em campo com o destino praticamente traçado, se bem que para os candalenses ainda existia uma réstia de esperança em conseguir a manutenção na 3ª Divisão Nacional. A precisar de vencer por uma margem bastante folgada e diga-se, daquelas que já não se usam no futebol actual, o Candal ainda assim dependia sempre do resultado de terceiros para garantir essa permanência. Contudo, a formação de Israel Dionísio entrou melhor em campo e logo aos cinco minutos poderia ter aberto a contagem. Ansumane surgiu isolado perante Pedrosa e conseguiu tirar o guarda-redes do caminho fazendo passar a bola por cima deste e quando já se gritava golo nas bancadas, o avançado atirou por cima da trave da baliza deserta para desespero de todos os candalenses presentes no estádio. De seguida o Oliveira do Douro respondeu, com Galeão a ter uma boa oportunidade dois minutos depois, após amortecimento de Rabaça em zona frontal, mas o remate do médio oliveirense saiu fraco e à figura de Castro. Aos 15' de jogo, gritou-se golo pela primeira vez e a favor do Candal, mas o lance viria a ser anulado pelo árbitro, pois Alex em vez de cabecear a bola, desviou-a com a mão. Numa toada de parada e resposta neste minutos iniciais, Rabaça tentou o golo no lance seguinte, depois de bem desmarcado por Zé Coutinho, que ganhou a bola em falta não assinalada pelo árbitro sobre Jony, mas o remate do avançado saiu por cima da baliza.
Aos 22' de jogo nova falha clamorosa do ataque candalense, desta feita por Xico, que depois de um centro da esquerda abordou mal a bola e a cabeçada acabou por sair ao lado da baliza, quando tinha tudo para inaugurar o marcador. Pouco depois foi Zé Coutinho a fazer suspirar os adeptos candalenses, na marcação de um livre directo que tirou tinta ao ponte de Castro, que não tinha qualquer hipótese de defesa, caso a bola tivesse levado melhor direcção. E tantas vezes o cântaro vai a fonte que acaba por partir. Aos 30' numa falta batida da direita do ataque do Candal, João Reis desviou a bola no coração da área para o fundo das redes de Pedrosa. Este golo acordou os homens da casa, que partiram para cima do adversário e apenas seis minutos depois, Xico não falhou, depois de um passe a rasgar a defesa oliveirense de Alex a ver bem a entrada do sete candalense, que atirou de primeira, sem hipóteses para Pedrosa. Mais quatro minutos e novo golo do Candal, apontado por Passos, no melhor golo da tarde, a rematar de fora da área, sem hipóteses para o guarda-redes do Oliveira do Douro, após um mau alívio da defesa. Com uma avalanche destas nos últimos dez minutos do primeiro tempo, esperava-se uma entrada mais fulgurante do Candal na segunda parte, na procura de mais golos, mas tal não se verificou. Ao intervalo, Mário Heitor mudou o 4x4x2 inicial, passando a jogar em 4x3x3, com Miguelito, que entrou para o lugar de Zé Coutinho ao intervalo, Hugo Figueiredo e Napoleão na frente, Rabaça também saiu ao intervalo e deu o seu lugar a Zézé. A segunda metade da partida acabou por ser monótona, com ausência de situações de golo e com os dois conjuntos conformados à sua sorte. Na parte final do jogo, o Oliveira do Douro passou a jogar mais no meio campo candalense, mas os argumentos não eram os melhores e o resultado acabou por não sofrer alterações. O jogo chegou ao fim, passavam três minutos dos noventa com o Candal ainda à espera de saber o resultado do Vila Meã-Mondinense, que terminou com vitória dos amarantinos por 3-2, desfazendo assim qualquer dúvida que ainda houvesse quanto aos clubes que descem de divisão esta temporada. Assim, o Candal acompanha o Oliveira do Douro na descida à Divisão de Honra da AF Porto, que para o ano será bastante competitiva e terá várias equipas a lutarem pela promoção. 

Declarações

Israel Dionísio: "Era um jogo onde havia alguma esperança. Acredito que há qualquer erro na FPF, pois ninguém sabe o que é preciso para o desempate e a própria Federação ainda não nos conseguiu comunicar ao certo. Falando dos quatro jogos que estive cá, o que marca é o do Leça. Eram preciso quatro vitórias e ainda dependiamos de terceiros. Foi um mês bom, pois o Candal em 18 pontos tinha feito dois e em 12 fez sete, queriamos fazer o pleno mas não conseguimos. Quanto ao jogo de hoje, foi uma vitória que acabou por ser magra, em relação ao jogo e às oportunidades. O nervosismo já existia quando cá cheguei. Equipa cria muitas oportunidades de golo e em cinco marca uma. Aqueles golos falhados não foi nervosismo, a equipa já funciona mesmo assim. Cria muitas oportunidades de golo, faz boa posse de bola, na hora de finalizar é uma equipa que precisa de muito trabalho. Há muito a falar, da parte da direcção já foi feito o convite desde o início, tentei sempre por resistência devido ao trabalho que poderia efectuar pois é uma experiencia nova. convite está de pé, mas é preciso conversar sobre várias coisas".

Mário Heitor: "Estava à espera de ter conseguido passar a mensagem durante a semana que era preciso acabar bem e acabar bem significa com uma vitória. A época foi muito desgastante, um último jogo com pouco para ganhar e não foi fácil motiva-los para a partida e notou-se na primeira parte uma atitude mais relaxada. Faltou um pouco de atitude. Espero por esta equipa, com os novos jogadores, a ganhar e regularmente, para estarmos nos primeiros lugares e poder discutir uma eventual subida. A subida de divisão será muito complicada pois só um sobe directamente. Existirão muitos clubes com a mesma ambição, por isso subidas não vou prometer, mas posso prometer lutar pelos três pontos em todos os jogos".

Melhor em Campo

Xico marcou um bom golo e falhou outro. Foi um dos melhores elementos do Candal

Xico (Candal): "Acho que mostramos ser uma equipa unida e embora tenhamos tido uma semana difícil, conseguimos provar que temos valor. tivemos alguma infelicidade, quer no jogo com o Sousense, quer nesta fase final. Provamos o valor verdadeiro da equipa. Na próxima época ainda não sei como será. De qualquer forma ainda cá estou, mas para o ano não sei, pois a minha vida escolar também será determinante".

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