3 de dezembro de 2010

Arcozelo sofre empate no fim e queixa-se novamente da arbitragem

O Arcozelo empatou no passado domingo com o Avintes em mais um dérbi gaiense. A equipa de Miguel moreira marcou primeiro, ainda na primeira parte, por parte de Litos mas viria a consentir o empate já no último lance do jogo.
Miguel Moreira, treinador do Arcozelo, mostrou-se bastante agastado com o trabalho do árbitro da partida, André Neto: "O que se passou no jogo com o Avintes é fácil de descrever. Foi uma vergonha, em que o Arcozelo foi roubado e impedido de vencer o jogo, por um personagem chamado André Neto, que gozou com o clube e que devia sentir vergonha em usar e exibir as insígnias de árbitro". O treinador explica ao 'A Bola é Redonda' o que se passou nesse jogo: "Neste jogo, apenas um dos jogadores do Arcozelo que entraram de início não foi admoestado com cartão amarelo", dando conta de alguns dos lances onde os gaienses mostraram alguma estupefacção: "Houve um cartão amarelo mostrado ao Litos ainda na primeira parte, porque após ter sofrido uma pancada forte no pé, o árbitro só à terceira vez que foi junto dele, deixou entrar assistência. Quando o nosso capitão de equipa o confrontou por esse facto, ele mostrou-lhe cartão amarelo e disse que não mandou entrar assistência antes, porque ele não tinha pedido. De seguida mostrou um cartão amarelo ao Marlon, porque segundo o árbitro, quando sofreu uma falta por ele não assinalada, "gritou muito alto". Na segunda metade do jogo, mostrou cartão amarelo logo ao segundo ou terceiro minuto de jogo ao nosso guarda-redes, aquando da marcação de um pontapé de baliza, porque estaria - a mais de 40 minutos do fim do jogo - a perder tempo! Aos 89 minutos, o árbitro resolveu fazer algo que eu em 24 anos de futebol nunca tinha visto: Mostrou o segundo cartão amarelo e consequente vermelho ao Tiago, por ter efectuado mal um lançamento lateral".
Com este resultado, o Arcozelo continua a ocupar um dos lugares de descida e perdeu uma excelente oportunidade para ter deixado essa zona. O técnico gaiense continuou a mostrar o seu desagrado com o trabalho de André Neto, dando conta de mais algumas ocorrências durante a segunda metade do jogo: "Nesta segunda parte, o árbitro foi ameaçando os nossos jogadores de que se se atirassem para o chão, iria mostrar o cartão amarelo, o que considero uma medida intimidatória de alguém que tinha o claro intuito de prejudicar o Arcozelo". Miguel Moreira tem queixas também dos lances de bola parada marcados pelo juiz da partida, um dos quais deu o golo da igualdade: "O Avintes apenas jogou futebol directo para os seus avançados, não tendo ao longo de toda a partida criado nenhuma jogada de perigo para a nossa baliza, a não ser nos inúmeros livres que o indivíduo que andava de apito nos lábios resolveu oferecer-lhes. No final da partida foram dados seis minutos de desconto, sem que nada o justificasse e foi no decorrer deste período que o Avintes, acabou por marcar o golo do empate na sequência de um dos inúmeros livres que o indivíduo que tinha a obrigação de ter apitado a partida marcou".
A indignação do técnico vai ainda mais longe: "Foi uma vergonha o que se passou neste jogo. Foi um indivíduo que tinha como obrigação ser imparcial que fez com que nós perdêssemos dois pontos, uma vez que cada vez que passávamos do meio campo, ele cortava a jogada e cada vez que disputávamos uma bola, ele marcava falta contra nós. Como ainda assim não chegava, resolveu reduzir-nos a dez por causa de um lançamento lateral e só não nos expulsou mais jogadores, porque os atletas do Arcozelo foram sérios e inteligentes e mostraram-se pessoas muito mais integras do que o personagem André Neto, que demonstrou ser um incompetente, indigno de usar as insígnias de árbitro. São indivíduos e arbitragens como estas que dão mau nome aos árbitros, quando a grande maioria deles são pessoas sérias e competentes".
Apesar de tudo, o técnico do Arcozelo deixa elogios à sua equipa: "Queria ainda realçar a atitude, empenho e maturidade que os meus jogadores tiveram nesta partida, uma vez que fomos sempre superiores e mesmo com uma arbitragem provocadora, que nos prejudicou imenso, souberam manter a calma e mostraram serem pessoas bem superiores a esse sujeito que apitou o jogo. Os meus jogadores estão de parabéns, porque fizeram tudo para ganhar este jogo, só que não nos deixaram" e deixa um reparo curioso: "Estranho é que ao intervalo, quando nada de muito anormal se estava ainda a passar, tenha mandado um familiar retirar a sua viatura do parque do nosso estádio. Dá toda a ideia de que sabia o que ia fazer na segunda parte".
Mas as peripécias neste jogo não terminam por aqui. Depois do final da partida, a actuação da GNR de Arcozelo também foi questionada pelo treinador: "Queria lamentar o que se passou no final da partida, em que os meus jogadores, que obviamente estavam indignados com o que se tinha passado, foram metidos dentro do balneário à bastonada e à joelhada, quando não havia necessidade de o fazer, uma vez que em momento algum a integridade de ninguém foi posta em causa, por isso não compreendo a razão de isso ter acontecido".

Com este resultado, o Arcozelo ocupa a 16ª posição, com nove pontos e no domingo desloca-se ao terreno do Infesta. líder do campeonato, ás 15h.

1 comentário:

António disse...

Eu não vi o jogo e li apenas o artigo. Mas uma coisa é certa, o nível dos árbitros que apitam nos distritais do Porto é muito fraco. Não sei se por falta de formação, se por falta de condições de trabalho (nem sei se treinam), mas o certo é que se vê arbitragens que roçam a pura incompetência. É certo que também há jogadores, treinadores e dirigentes menos capazes, mas, no geral, os campeonatos são bastante competitivos e a qualidade até é alguma, comparando com o futebol praticado noutras associações. Já tempo de acabar com arbitragens tipo Cândido Bessa, Casanovas e outros que pra lá andam sem saber o que fazem.