28 de outubro de 2012

Agressões voltam a por um ponto final no jogo entre Candal e Oliveira do Douro


Local: Complexo Desportivo do Candal
Hora: 15h
Árbitro: Fábio Silva, auxiliado por Jorge Aguiar e Mário Tibério

Candal: Sérgio, Pedro Santos (Vinagre 70'), Nuno Miguel, Ferraz e Tiga, Andrezinho, Johny e Cláudio (Renato 61'), Marco (Campota int.), Hugo e Pedro Fanisca
Treinador: Paulo Gentil

Oliveira do Douro: Ricardo, Bruno Cardoso, Isidro e Rómulo, João Pinto, Dani (Pereira 80'), Pedrinho (Rochinha 80'), Ruben (Napoleão 64') e Bruninho, Paulo Figueiredo (Miguelito 64') e Hugo Figueiredo.
Treinador: Mário Heitor

Resultado ao intervalo: 0-0
Resultado final: 0-1* (Jogo interrompido aos 88')

Marcador: Paulo Figueiredo (46')

Oliveira do Douro aproveitou a única grande oportunidade de golo que criou

Apesar de dominar o jogo quase todo, o Candal não conseguiu materializar esse domínio em golos

O dérbi entre o Candal e o Oliveira do Douro terminou da pior forma possível, com agressões entre os adeptos dos dois clubes, e com o árbitro do encontro, Fábio Silva, a dar por terminada a partida por falta de condições de segurança.

Candal e Oliveira do Douro proporcionaram uma boa partida de futebol na tarde deste domingo. As duas equipas apresentaram disposições diferentes em campo, com os homens de Paulo Gentil a tomarem conta das operações desde os primeiros segundos do jogo, enquanto os oliveirenses tentaram aproveitar as saídas rápidas para o contra-ataque, através de lançamentos rápidos para os seus homens da frente, Hugo e Paulo Figueiredo. 
Dando a iniciativa de jogo ao adversário, o Oliveira do Douro passou grande parte dos primeiros 45 minutos remetida ao seu meio campo, sem conseguir sacudir a pressão candalense. Porém, apesar de estar sempre no comando das operações os jogadores da casa não conseguiram criar uma verdadeira oportunidade de golo, criando perigo através de remates de fora da área, mas estes encontravam sempre Ricardo pela frente ou iam para fora. No último quarto de hora da primeira parte os oliveirenses conseguiram soltar-se das amarras a que estavam sujeitos e jogando um futebol mais apoiado em detrimento do futebol directo que tinham apresentado até então, conseguiram criar duas oportunidades de golo em apenas dois minutos, com Hugo Figueiredo a esgueirar-se pela esquerda do ataque e a conseguir ganhar a linha, mas o centro atrasado para a área não encontrou nenhum companheiro de equipa. Dois minutos depois foi a vez de Paulo Figueiredo surgir isolado frente a Sérgio Lima, isolado por Hugo Figueiredo, mas o remate do 12 oliveirense saiu por cima. O intervalo chegou pouco depois, com o nulo a imperar, um resultado que se pode considerar justo, tendo em conta as poucas oportunidades reais de golo que existiram.
A segunda parte começou com o golo do Oliveira do Douro, por intermédio de Paulo Figueiredo, que surgiu isolado perante Sérgio Lima conseguindo desviar a bola do guardião candalense. Este golo veio trazer mais emotividade ao jogo, com o Candal a voltar a assumir as despesas, mas sempre de uma forma ansiosa e desconcentrada, o que motivou muitas perdas de bola no último terço do terreno. Já o Oliveira do Douro conseguiu assentar jogo, sair a jogar mais apoiado, mas sem conseguir chegar perto da baliza de Sérgio Lima, exceptuando um lance já perto dos últimos dez minutos do encontro, com Miguelito a conseguir isolar-se, mas depois o centro não foi feito da melhor forma e o guarda-redes candalense interceptou a bola, quando apareciam dois jogadores adversários prontos a empurrar a bola para a sua baliza.
Já nos instantes finais Nuno Miguel teve oportunidade de empatar a partida, mas acabou por cabecear ao lado, depois de uma jogada de insistência pela direita do ataque candalense. Segundos depois o jogador acabaria expulso, por acumulação de amarelos, quando travou em falta um adversário que já se encaminhava para a baliza. 
A três minutos do fim, o momento do jogo. Livre a favor do Candal, com Ferraz, já dentro da área, a cabecear para a baliza do Oliveira do Douro e a bola a entrar. Porém logo a seguir ao cabeceamento e antes da bola entrar, o árbitro tinha já invalidando o lance por falta do defesa candalense sobre um jogador do Oliveira do Douro. Este lance criou um clima hostil, com o árbitro auxiliar que acompanhava o ataque do Candal a ter que interromper o jogo. Esta paragem durou apenas alguns segundos, com a partida a ser retomada, mas nas bancadas já se tinham iniciado cenas que em nada dignificaram o jogo, com os adeptos do Candal a saltarem o gradeamento iniciando confrontos com os adeptos do Oliveira do Douro presentes no estádio. Depois de alguns minutos que obrigou a polícia presente a intervir e a ser necessário o reforço do contingente, Mário Heitor, que por estar castigado não pôde estar no banco, acabou por ter que ser arrancado pelos jogadores, que aproveitando uma interrupção no jogo e vendo as agressões ao seu treinador, puxaram-no para dentro do campo, tendo este sido conduzido para os balneários. Das bancadas, a confusão alastrou-se ao túnel de acesso aos balneários. Mais tarde, o A Bola é Redonda conseguiu apurar que houve uma agressão de um jogador do Oliveira do Douro ao roupeiro candalense, sendo esse o motivo dos desacatos.
Entretanto o jogo já havia sido dado como terminado por falta de segurança, conforme o blog conseguiu também apurar junto de fonte fidedigna.
Caberá agora à AF Porto decidir se terá lugar a realização do tempo que faltava jogar, uma vez que o jogo foi interrompido aos 88', faltando também o tempo de compensação ou se este resultado será homologado, consumando-se assim a vitória do Oliveira do Douro. Seja como for, este é mais um jogo entre as duas equipas que não chega ao fim, relembrando a partida entre estas duas equipas ocorrida a 6 de Março de 2011, relativa à 21ª jornada da 3ª Divisão Nacional, quando o jogo também não chegou ao fim motivado por agressões entre os jogadores e que se alastraram também às bancadas. 
Quanto ao trabalho do árbitro Fábio Silva, dizer que até ao momento da interrupção do jogo este tinha realizado uma exibição agradável, num jogo que até nem foi difícil de dirigir, sem casos. A única situação que pode gerar dúvidas é mesmo a do lance invalidado que dá posteriormente o golo do Candal, sendo certo que o árbitro apitou antes da bola entrar, considerando que houve um empurrão de um jogador candalense a um defensor do Oliveira do Douro.

Têm a Palavra

Paulo Gentil: "Se o jogo acabou, está a dar-me uma novidade. O que sei é que ainda faltavam jogar dois minutos. Apanhamos um Oliveira do Douro a jogar em contra-ataque, acabamos por num erro individual sofrer um golo, fomos para cima e acabamos só com três defesas, fizemos um golo e não vou falar dos árbitros, porque não falo de árbitros. Nesta perspectiva, se o jogo acabou assim, parece-me um bocadinho inglório pelo que os meus jogadores fizeram, mas de qualquer maneira o campeonato continua. Em relação ao que se passou não percebi. Apercebi-me de um aglomerado de jogadores do outro lado da bancada e o árbitro a dar o jogo por interrompido. Não posso dizer mais do que isto. Tenho um balneário destroçado, pois não estávamos à espera. Já na primeira parte merecíamos o golo. Estou de acordo consigo, pois após o golo sofrido a equipa abanou bastante, ainda não tínhamos sofrido nenhum até agora. De qualquer maneira, mesmo a jogar em inferioridade serenamos e justificávamos o empate. No global, penso que dominamos o jogo e merecíamos ter outro resultado. Vamos continuar a trabalhar".

Do lado do Oliveira do Douro não foi possível recolher qualquer tipo de declaração.

2 comentários:

Anónimo disse...

A solução é todos os gaienses e oliveirenses em geral não se deslocarem mais a esse campo de...!
conforme fizeram os avintenses e grijoenses há muito tempo.

Anónimo disse...


Quando o meu clube se deslocava ao candal sempre fui bem recebido e nunca tive problemas, é preciso saber estar no futebol e quem procura problemas de certeza que os encontra.

Parabéns ao Candal e Oliveira do Douro que são duas grandes instituições das melhores e maiores de Vila Nova de Gaia.