22 de outubro de 2012

Jogo atípico termina empatado a uma bola


Local: Estádio do Serzedo
Hora: 15h
Árbitro: Nuno Lopes, auxiliado por Bruno Nogueira e André Vilaça

Serzedo: César, André, Tiago Dias, Luis e Diogo (Nuno Velha 61'), Domingues (Ruizinho 61'), Rui Franco, João Reis (Veiga 82'), Joãozinho (Vitinha II int.) e Vitinha, Pedro Gabriel.
Treinador: Pedro Dominguez

Perosinho: Rui Leite, Andrade, Gerson, Hélder (Ivo 64') e André (Fábio 56'), João Alves (Neves int.), Joel (Barbosa 64') e Marco, Ricardo, Pedro e Pedrito.
Treinador: Allen

Resultado ao intervalo: 0-1
Resultado final: 1-1

Marcadores: Pedrito (14') para o Perosinho e Nuno Velha (84') para o Serzedo.


Serzedo esteve 45' à deriva, mas ainda foi a tempo de conseguir somar pontos

Perosinho esteve por cima do jogo durante a primeira parte mas não foi além uma igualdade

O Serzedo recebeu o Perosinho, numa partida que teve uma boa moldura humana presente no estádio, apesar do tempo pouco convidativo. Numa partida marcada pelas excessivas paragens de jogo, o resultado acaba por se aceitar.

O Serzedo entrou mal no jogo e acabou por conceder 45' de domínio do Perosinho, que não se fez rogado e fez o que quis durante toda a primeira parte, sem que os jogadores da casa conseguissem alterar o rumo dos acontecimentos. A jogar com pouca agressividade ao homem da bola e dando muitos espaços, os comandados de Allen foram criando situações de golo ao passo que os serzedenses não conseguiam encontrar os caminhos para a baliza de Rui Leite e apenas de fora da área foram criando situações de perigo. O Perosinho acabou por chegar à vantagem aos 14' de jogo, curiosamente numa fase em que ninguém havia conseguido ainda incomodar qualquer guarda-redes, com André a desmarcar Ricardo, que centrou para a zona de grande penalidade onde apareceu Pedrito a desviar. Porém, após o golo, o jogo entrou numa fase com menos ritmo, com constantes paragens para assistência dos jogadores visitantes, o que foi causando bastante nervosismo na assistência e no banco o Serzedo. Já na fase final da primeira parte o Perosinho poderia ter chegado ao golo por duas ocasiões, mas tanto Tiago Dias como César evitaram males maiores a remates de Ricardo e Marco respectivamente. O resultado ao intervalo acabava por ser lisonjeiro para o Serzedo, que pouco ou nada fez para alterar o rumo dos acontecimentos.
A segunda parte trouxe disposições diferentes nas duas equipas. Se o Serzedo entrou determinado em dar a volta ao marcador, já o Perosinho preocupou-se em segurar a vantagem. Forçados a fazer substituições ao intervalo, ambas por lesão, com Neves a substituir João Alves no Perosinho e Vitinha II a render Joãozinho no Serzedo, os homens da casa foram ganhando os lances a meio campo, obrigando o Perosinho a recuar, o que proporcionou diversas ocasiões de golo falhadas, para desespero dos adeptos. Logo aos 47' João Reis surgiu isolado frente a Rui Leite, mas apesar do forte remate este foi à figura do guardião. Três minutos depois, numa boa jogada de entendimento do ataque do Serzedo, Vitinha II apareceu sozinho do lado esquerdo do ataque, mas o centro não encontrou ninguém na área. O Perosinho tentava de todas as formas segurar a vantagem, mas o Serzedo mantinha o empenho em virar os acontecimentos e aos 69' Pedro Gabriel atirou à barra, depois de uma boa jogada de João Reis pela direita do ataque. Do lado do Perosinho, as constantes paragens para assistência dos seus jogadores foi retirando algum brilho ao jogo, quebrando o ritmo do mesmo e levando os adeptos do Serzedo a um autêntico ataque de nervos nas bancadas. À passagem dos 75' os adeptos do Perosinho ficaram a reclamar grande penalidade, mas o lance não foi claro e segundos depois João Reis teve o golo nos pés, mas depois de uma jogada de esforço de Nuno Velha que lhe deu o golo de bandeja, o extremo chegou um nada atrasado para rematar. Mas tanto esforço acabou por ser recompensado, com Nuno Velha a marcar o golo do empate, depois de uma excelente jogada de entendimento entre Pedro Gabriel e Vitinha II a terminar com o centro do 9 serzedense para Velha apenas ter que encostar.
Os minutos finais foram de bastante intensidade e, já no período de compensação, o Serzedo dispôs de soberana oportunidade para marcar, quando o juiz da partida apontou jogo perigoso de um defesa do Perosinho dentro da área, motivando a marcação de um livre indirecto. Depois de uma primeira oportunidade em que um jogador do Serzedo introduziu a bola na baliza, mas antes do árbitro ter dado ordem para marcar, invalidando o lance, à segunda a bola não passou da barreira perdendo-se assim uma boa chance de virar o marcador. Segundos depois o jogo chegou ao fim, com algum nervosismo à flor da pele, com algumas trocas de empurrões entre os jogadores das duas equipas.
Relativamente ao trabalho do árbitro, este acabou por desempenha-lo de forma aceitável, pecando apenas no tempo de compensação. Se na primeira parte os seis minutos se ajustam, no segundo tempo os cinco minutos concedidos foram poucos, tendo em conta as substituições efectuadas e as paragens para assistência dos jogadores visitantes. Quanto ao lance da grande penalidade sobre Ricardo, fica o benefício da dúvida. O empate registado no final acaba por ser justo, tendo em conta aquilo que as duas equipas fizeram durante os noventa minutos.

Têm a palavra

Pedro Domingues (Treinador do Serzedo): "Falharam várias coisas neste jogo. Entramos mal e na primeira parte quase não existimos. Na segunda entramos melhor, mais agressivos, com mais qualidade na procura de espaços e na circulação de bola. Os jogos têm 90' e acabamos por pagar caro pela primeira parte. Depois de perdermos dois pontos em casa, podemos agarrar-nos a tudo. As paragens do jogo acabaram por quebrar o ritmo, independentemente do árbitro ter dado tempo extra. Quero acreditar que os jogadores quando pedem assistência, precisam mesmo dela".

Allen (Treinador do Perosinho): "Faltou termos mais serenidade na saída para o ataque. Poderíamos ter aproveitado da melhor forma os espaços que o Serzedo nos deu. Em relação ao jogo, tivemos que alterar algumas coisas pois fomos obrigados a fazer três substituições forçadas, com os adeptos e dirigentes do Serzedo a acusarem-nos de fazer anti-jogo e com queixas do árbitro. Apenas posso dizer que analise primeiro o jogo e depois digam quem tem queixas do árbitro".

Sem comentários: